sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pra não entender mesmo...

Que tipo de sentimento escolher num turbilhão deles? São tantos, fortes, intensos, uns nem tanto, mas vários o suficiente para causar danos. Acredito que a caminho é somente um, vem pré determinado desde semente, já nasce junto conosco, e cabe a nós lapidarmos a nossa maneira, deixarmos o mais parecido possível nossa cara metade. Acontece que neste caminham trilham várias vidas, todas com seus sonhos e desejos, quase sempre diferentes dos nossos. Que fazer? Procurar um caminho único ou se adaptar ao caminho conjunto? A inconstância faz parte de nossas vidas, por natureza sempre queremos mais e melhor. O coletivo é sempre mais difícil, pois trás a divisão, o individualismo nos deixa sempre o caminho livre para transitarmos como reis, sem regras nem obstáculos. Estar certo ou errado em pensar assim é motivo de crítica, mas acredito que nos mantém vivos, e nos possibilita condições de estarmos sempre preparados para acharmos a melhor maneira de caminharmos no meio do turbilhão e agüentarmos os trancos e intempéries no trajeto...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O verão ta chegando, e com ele...

Verão ta chegando, e com ele a total impossibilidade de esconder os pneus abdominais e aquela “massa muscular” localizada estrategicamente acima da cinta apertada, sempre virada para baixo como se quisesse descer para os pés. Camisas curtas, camisetas, shorts e outros apetrechos para o clima quente, mostrando a todos aquilo que o inverno escondia sobre várias roupas quentes. Não existe outra maneira, tem que fazer dieta, exercício, caminhada, tudo para tentar eliminar (o que eu acho impossível no meu caso) essa massa adiposa, fruto de muita massa, doce, vinho, carne gorda, que acumulamos no decorrer do inverno, exatamente para nos preservar dos dias rigorosos. Isso a medicina explica cientificamente, a necessidade que nosso corpo tem de fazer reservas de gordura para o frio, é coisa intrínseca, inerente a nossa vontade, de natureza biológica. Mas em contrapartida, a medicina não explica o porquê com a chegada do verão o corpo não diminui nossos impulsos direcionados a geladeira, a cerveja gelada, as panelas no fogão. Tem coisa errada aí, com a proximidade do inverno nosso organismo biologicamente nos induz a consumirmos mais alimentos calóricos, mas com a chegada do calor ele não faz nada, nos entrega a própria sorte, nós que conscientemente teremos a árdua tarefa de emagrecermos, pois nessa hora nossa biologia informativa fica descansando até o próximo inverno. Como não sou cientista médico para explicar isso, fico por aqui, mas deixando meu protesto registrado. Mas voltando ao assunto em questão, nesses últimos dias após o banho, ao me vestir, me defronto com aquele baita espelho na frente da minha cama, situação que no inverno me parecia desapercebida, agora não, constantemente me enxergo, principalmente ao colocar as meias, pois quando me abaixo parece que minha barriga fica querendo entrar entre as meias e os pés, é dose ver esta cena, humilhante para qualquer mortal de vergonha na cara. Por causa dessas constantes cenas degradantes me matriculei numa academia!! Que chique, uma sala cheia de aparelhos, um som forte, apropriado para ginástica, ritmo corrido e tal, gente malhada, suada, uns até nem tanto, bem gordinhos, até um obeso vi na entrada, o que me ajudou muito psicologicamente. Após fazer uma avaliação músculo-adiposa, com direito a compasso cravado na barriga atrás de algum feixe de músculo que poderia e deveria existir por ali. Após esta avaliação, tive de ouvir do professor, com idade para ser meu filho, 10’ de explicação sobre os problemas para a saúde que o excesso de gordura trás para nós, dããrrr... Quem não sabe disso, me deu vontade de dizer a ele que na sua idade, eu jogava futebol, vôlei, corria alguns quilômetros , e não cansava, e que após tudo isso, no banho ainda “descontava” uma... Isso todo dia!!!!! Mas fiquei quieto, é a profissão dele, tem obrigação de dizer aquilo, de repente tem algum vivente que não sabe dos problemas que o sobre peso trás a saúde e acaba aprendendo. Voltando ao assunto, com uma ficha na mão e a prescrição de exercícios a fazer, parti para o alongamento e os vários exercícios que vieram, um após o outro, já acendendo a luzinha amarela que indica por que fui me matricular nessa porra...Terminando, após 40’ de exercícios e bicicleta ergométrica, fui para esteira, fazer meus 30’ finais a velocidade de 3 Km/h, coisinha fácil para qualquer maratonista... Tava tudo correndo bem, até que aconteceu o pior, ao meu lado entra uma “rata de academia”, toda malhada, durinha, etc. Ligou sua esteira já nos 6 km/h, isto é , 3km/h mais que a minha. Não tive dúvidas, aumentei na mesma hora mais 3 km/h , estávamos os dois caminhando na mesma velocidade, não iria ficar para trás. Depois de 5’ ela aumenta sua velocidade até os 8 km/h, o que já não é mais caminhada, é corrida, e o macho aqui não poderia deixar barato isso, aumentei a minha também para a mesma velocidade dela, estávamos os dois “correndo” na esteira. Isso tudo, pra mim, durou mais ou menos 2’, comecei a sentir que estava ficando perigosamente para trás da esteira, quase caindo fora dela, resolvi que era minha deixa, tinha que parar urgente sob pena de fazer o maior fiasco, ainda levei aproximadamente 30 segundos para conseguir chegar na frente da esteira e acertar o botão “desliga”. Quando a esteira parou, por segundos não sabia mais onde eu estava, a tontura era tanta que devo ter ficado alguns segundos agarrado na esteira para voltar para esse mundo. Voltei pra casa de carro claro, o freio, embreagem e acelerador pesando uns 30 kgs cada, me deitei e adormeci umas duas horas, com uma taquicardia dos diabos. Fica aqui mais uma questão para os cientistas médicos: por que nós machos frente a fêmea, nosso organismo nos provoca, nos induz a sermos superiores, nos mostrarmos, parecermos sempre fortes, muitas vezes não sendo nada disso??? Por que não deixa a razão ser mais forte que os hormônios? A propósito, isto tudo foi a 6 dias atrás, e até agora não me recuperei do primeiro dia de academia. Não sei quando voltarei... ou se voltarei. Até a próxima...

domingo, 18 de outubro de 2009

Sem assunto...

Tentar escrever alguma coisa quando não se tem a mínima noção do que escrever, nem do assunto a abordar, só deve ser interessante para quem quer estrear o note novo, ou quem já está acordado as 6h00 da manhã na fazenda, tomando um chimarrão bem gostoso, com erva uruguaia, daquelas que não há necessidade de dizeres a alguém que queres tomar teu mate solito, pois ao reconhecerem a erva bruta dos castelhanos, já refugam por si só. É tão amarga, que com certeza só toma quem já provou e gostou, do contrário é melhor não experimentar, sob pena de um stress intestinal. Diria até que é erva pra tomar pitando cigarro, daqueles fedorentos deles, singela combinação de quem está se auto punindo, tipo no corredor da morte, ou abandonou a amada na rodoviária e se arrependeu. No meu caso particular, foi por ter colocado minha coluna e sua parceira, a hérnia de disco, a extrema pressão, mesmo sabendo que não podia ter feito tal excesso, resultando numa noite sem dormir de tanta dor nas costas, e bota não dormir e dor nisso. Além de ter tentado encontrar uma boa posição para ficar na cama, que diminuísse um pouco a dor, o que me levou a três cãibras na parte interna da coxa, perto do joelho, que parecia que a articulação deste, estava vindo em direção a minha bunda, dor que não recomendo até pros meus inimigos, nem pra Dilma, nem pro Lula, pois eles não merecem isso, pois não sabem o que estão fazendo. Mas voltando ao meu assunto, ontem fui plantar abóbora, melancia, melão, mogango e outras cositas más, o local escolhido foi no meio de um bosque de eucaliptos que está sendo cortado para produção de madeira, corte parado nesta época com reinício só para fevereiro, tempo suficiente para que consiga colher minha produção. Até aí tudo normal, mas primeiramente tive que cercar a área, instalando um fio de cerca elétrica, os entendidos diriam, nossa um fio de arame e o cara não dormiu a noite? Esperem, estou no início da minha jornada, tem mais coisa antes de intimamente me condenarem, achando que é pouca coisa. Após correr todo o fio de arame por entre as árvores para delimitar a área, colocar os isoladores, esticar bem o fio com máquina de arame, tudo isso passando por cima das toras caídas no chão, dos inúmeros galhos, das pilhas de lenha já cortadas e das coronilhas com seus famosos espinhos chamando tuas botas, afim de mostrarem que são duros o suficiente para ultrapassarem a sola da bota, as meias e teu pé, terminamos a primeira fase de nosso projeto, a fase da proteção do plantio contra entrada de invasores. Passada esta fase, mais ou menos inteiro, e ainda com pique de trabalho, chegamos ao plantio propriamente dito. Cabe aqui uma explicação do porquê o dito local foi escolhido para o plantio. Como sabem, um bosque de árvores é o local escolhido para que os animais de refugiem ou como queiram, se recolham aos seus aposentos após se alimentarem, então, multipliquem isso por 60 anos, que é a idade das árvores em questão, teremos sessenta anos de folhas caídas, esterco e matéria orgânica curtida, portanto é o melhor local que existe na propriedade para se fazer um bom plantio das frutas . Voltando ao sacrifício, digo, ao plantio propriamente dito, após pegar na enxada e rumar para o local da primeira cova, noto a imensidão de sujeira, inços e espinhos existentes, frutos de um solo hiper adubado, o que levou todos os inços da região de Pedras Altas e Herval do Sul, a escolher ali o melhor local para morarem, reproduzirem e viverem felizes para sempre. Era tanta sujeira que juro, na hora me deu vontade de bater a cabeça no troco de um eucalipto dos grandes, me perguntava, como vou fazer para plantar nessa sujeirama toda? Capinar cada local destinado a cova? Que situação me coloquei, e pior é que não podia desistir, pois a Josi já tinha feito o sacrifício dela, isto é, “abrir o primeiro pacotinho de sementes”. Depois de todo o trabalhão que ela teve na abertura daquele pacotinho, não poderia mais fugir de minhas pequenas obrigações, de capinar todos os locais das centenas e centenas de sementes que deviam ter naqueles vários pacotinhos que ela tinha na mão. Depois de pensar mais uma vez em desistir, ter um ataque epilético ou me fingir de morto, olho pra ela com o pacotinho de sementes abertas me olhando com aquela cara de questionamento, “daí, vamos plantar?”!!!! Não teve outro jeito,me atraquei a capinar feito doido, e abrir as ditas covinhas, para que ela colocasse duas sementinhas em cada, na maioria da vezes sem se curvar para não estragar sua coluna e tapasse a covinha com o pé. Depois de umas quatro horas de capina, corte de coronilhas, tocos e espinhos que se encontravam pelo caminho, com uma sede dos diabos, uma dor nas costas insuportável, veio a grande deixa dela, “vamos para por hoje?” Ela já estava com dor nos dedinhos de abrir os pacotinhos e gentilmente achou melhor parar o serviço, pois além do sacrifício desprendido, a noite já estava chegando. Foi minha salvação naquele momento, mas não sabia eu que o pior estava por vir a noite, quando todo o sofrimento dessa fatídica jornada ia mostrar suas garras, a ponto de achar nesse momento, que minha cuia de chimarrão ta pesando 30 Kg ou mais. Terminando, fica aqui uma idéia para que todos pensem e debatam com seus cônjuges tranquilamente antes de iniciar um sacrifício, digo, um plantio desse: vale a pena tudo isso? Qual o custo benefício final dessa empreitada? Quem capina e abre as covas? Quem abre os pacotinhos e joga a semente lá de cima? Enfim, só sei que são tantas coisas pra analisar antes de colocar a coluna a um esforço desta magnitute, que vale a pena fazer um chimarrão bem gostoso, sem a erva uruguaia é claro, sentar do lado da patroa e argumentar com ela, que agora, nessa época, em plena safra de melancia, abóbora, etc, os preços estão muito baixos, de repente é melhor comprar na feira somente as frutinhas que queremos comer no dia. Pensem bem nisso, não tomam decisões precipitadas. Até a próxima, enquanto eu fico aqui sofrendo com minha hérnia ...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

É isso..

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

sábado, 10 de outubro de 2009

Sem erva é dose!!!

Cada um de nós tem as suas manias ao acordar, e quantas manias devem existir por aí, particularmente tenho a minha, o “mate amargo” cedo da manhã é uma das coisas boas da vida. Sou daqueles que ao contrário da noite, só conseguem raciocinar melhor ao acordar, as coisas fluem melhor, planos, projetos, até os sonhos são melhores pela manhã. Conheço muitos que ao contrário, é na noite que conseguem melhor seus feitos, com isso se aventuram noite adentro em seus projetos, a cama ali perto quentinha a esperar e eles curtindo e trabalhando no horário que para mim, só os morfeus trabalham. A noite com certeza é para dormir mais ou menos cedo de preferência, só uma festa me tira da minha cama noite adentro, aí saio com maior prazer, pois acho que ela foi feita também para se divertir. Mas, voltando a meu mate amargo, aquela fumaça quente que bate no rosto, o gosto tão característico, a liturgia toda para se chegar ao produto final, tudo isso tem séculos de significado e prazer. É como um sonho realizado, um gol marcado, uma transa gostosa, uma festa em família, o declínio “dele” nas pesquisas, entre tantas coisas... Agora, ao contrário disso tudo, digo aos amantes do bom chimarão, tem coisa mais doída, que te deixa puto da vida, do que ao acordar não encontrar erva para o mate? Cedo, nenhum bar aberto, os vizinhos dormindo, a água quase quente e a cuia vazia. É pior que tiro no pé, gol do adversário, transa ruim, Ele subindo nas pesquisas de opinião, da vontade de sair aos gritos pela casa e acordar meio mundo. Por que não estava na lista do mercado a bendita erva? Alface, repolho, tomate tinha, mas erva não. Quem estipulou que arroz, feijão, óleo de soja, entre outros, é mais importante que erva? São 6 hs da manhã, e eu aqui, sentado na frente deste computador, sem mate, na barriga um vazio parecido com fome, mas sei que não é fome, neste momento todo meu organismo ta pedindo aquele líquido amargo, com ervas e nada. Pra piorar ta um pouco frio, até o Kenny G ta tocando de um jeito diferente, com certeza é por falta do mate amargo. Bem, já que não vou acordar ninguém mesmo para reclamar, nem os vizinhos, pois eles não têm culpa que na lista do mercado tenha dezenas de verdes e enlatados e não conste minha tão desejada erva, vou ficando por aqui com minha promessa de que comprarei alguns kilogramas de erva, ela estará no local de sempre, na geladeira, no freezer, e se a patroa deixar até no meu armário vou deixar um pacote. Não vai mais acontecer isso, logo num sábado, que tinha grandes planos e projetos a fazer, mas, sem mate necas, não faço mesmo, me recuso, é do tipo “auto punição” mesmo... Até a próxima, e com certeza tomando um gostoso chimarrão...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frustração novamente...

Como nossas vontades e desejos são relegados a segundo planos nesses tempos corridos de hoje. São tantas as situações a resolver, mais importantes e decisivas antes de fecharmos questão em nossos sonhos, que normalmente não conseguimos alcançar os objetivos de nossos desejos em detrimento de tantos obstáculos, alguns reais, outros de caráter legal, monetário, e outros tantos não tão importantes no contesto, mas importantes na convivência entre pessoas. Simplificando, nem lembro mais as vezes que tenho feito planos de viajar para visitar meus filhos, confesso que foram algumas vezes, e a grande maioria delas frustradas. Dessas, muitas me arrependo amargamente de não ter ido ao encontro deles, te-los curtido ao máximo. Ao programar uma viagem, primeiramente vem a “emoção”, estar junto, do toque, do abraço, do cheiro, das muitas risadas e brincadeiras, eta coisa boa, sensação inexplicável de prazer e amor. Depois vem a maldita “razão” a se fazer importante, será que posso ficar todos esses dias longe do trabalho? Despesa tão grande versus pouco tempo de convivência, entre outras tantas situações que muitas no final funilam numa só, a tal questão monetária, que determina no mundo de hoje as pessoas que podem das pessoas que querem mas não podem, ou daquelas que devem protelar seus desejos por tempo indeterminado. Mais uma vez não poderei visitá-los, depois de programar. Minha frustração é grande, do mesmo tamanho das outras vezes em que não pude realizar este desejo. Acredito que não vai ser a última vez, espero que sim, que possa sempre visitá-los quando planejar. Não quero mais frustrações desse tipo, já basta a distância e as poucas noticias. Mas o que mais importa nesse momento é que sempre surge a “esperança” da proximidade de encontrá-los em breve. A esperança em nossos sonhos nos mantém de pé, firmes para trabalhamos e vivermos nossas vidas, com a certeza de que logo ali vamos estar juntos rindo e nos abraçando... Meus filhos, amo vocês muito, estes obstáculos me dão mais força ainda para sonhar em estar o mais breve possível junto a vocês... Até a proxima...