quinta-feira, 31 de março de 2011

DIGA NÃO ÀS DROGAS!!!...

Luiz Fernando Veríssimo

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural" , da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: Não ligue a TV no Domingo a tarde; Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo; Não entre em carros com adesivos "Fui ... "

Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; Mulheres gritando histericamente é outro indício; Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela! Eu sei que você consegue! Diga não às drogas.

domingo, 27 de março de 2011

Tudo tem o seu tempo...

Cada um tem o seu tempo, o seu jeito, a sua maneira. O fantástico nisso tudo é que nunca serão iguais, parecidos em alguns detalhes até podem, mas são únicos em suas virtudes e maneiras. Muitas qualidades, poucos defeitos, ops, na verdade não sei se teria poder e direito para usar a palavra “defeito”, pois é muito forte e não me faz bem.
Queria hoje falar “dele”, único e exemplar, antes extrovertido, hoje mais calado e no momento muito preocupado. A vida lhe pregou uma peça, impactante no início, preocupante no transcorrer e com certeza maravilhosa no final.
Aprendi na vida que nada acontece por acaso, tudo tem seu motivo, seja para crescer como pessoa ou apenas amadurecer como homem. Também aprendi que os obstáculos só são apresentados aqueles que de fato podem transpô-los, nunca aqueles que não podem ultrapassá-los, pois o fundamento e objetivo deles é o crescimento, não o sofrimento.
Sinto com certeza uma dificuldade de comunicação, muitos motivos e situações interagiram no nosso relacionamento nos últimos anos e uma barreira de comunicação se faz presente. Nada tão significativa que mereça preocupação, mas também nada tão insignificante que não possamos resolver de coração aberto, sem barreiras nem tentativas de convencimento.
Geralmente erro, ou me faço entender de maneira diferente das minhas intenções, quando nas tentativas de apresentar meus desejos e anseios, diga-se de passagem, sinceros e puros nas intenções, mas mal colocados no afã que a maturidade e experiência poderiam me dar o direito de dizê-los de outra maneira.
Como pedir perdão ou me desculpar se as coisas me saem do coração, da alma e do amor que tenho por ele? Como posso exigir compressão das minhas palavras se me falta o dom de colocar as palavras certas nas horas certas? Por outro lado, polemizar e interrogar nos é inerente, ou pelo menos a um pai que anseia pela felicidade de seus filhos, mesmo que isto implique em conflitos passageiros...
Finalizando, me entristece o pouco tempo de convivência, o tempo é cruel por colocar objetivos diferente para nós, ainda mais cruel em apressar desfechos mais rápidos a nossos objetivos. Mas oque me conforta e me deixa feliz é a nossa história, nosso amor, nosso respeito próprio e os laços que “sempre” nos unirão contra tudo e todos. Isso independe de qualquer coisa e está acima de tudo.
Mas, como seria bom que o tempo parasse de repente, os dias tivessem mais de 24 hs, nossos objetivos alcançados e pudéssemos, quem sabe, sentar embaixo de uma árvore ou numa cadeira na beira de um rio sereno e abrindo nossos corações ríssemos e chorássemos juntos repassando coisas do passado, do presente e projetos do futuro.
Amo-te muito, tu és especial, não esqueça de que TUDO TEM O SEU TEMPO, temos só de esperar o nosso, confiando sempre naqueles que nos amam.
Até o próximo...

sábado, 26 de março de 2011

"Orelhano"...

Uns o chamam de “Orelhano”, outros que não necessita de passaporte nos caminhos do Pampa, alguns poucos, que o fato de ter nascido cerca dos Castelhanos, lhe da o direito de ser livre e forte como o Minuano nos meses de agosto.
Mas, o que importa, é que ele possui o respaldo do sangue Charrua, sua história, seus feitos, e a certeza da defesa da história e dos princípios necessários para fazer parte da tradição gaúcha.
Podem comentar, se enciumar, e até desconsiderar, mas, por mais que falem e desfaçam, o Gaúcho sempre será exemplo de amor a sua terra, a sua tradição e estará na história como representante maior na defesa do Estado que orientou os rumos da liberdade do Brasil.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mais um dia de vida, graças a Deus...

Mais um dia de vida, graças a Deus.
Saúde razoável, a pressão um pouco acima do normal, diga-se de passagem, está assim nos últimos cinco anos me obrigando a tomar uma pílula todo dia.
Muito trabalho, muita coisa á resolver com pouco tempo e saco para me dedicar a eles.
Sobrepeso, e uma imensa dificuldade para eliminar o “sobre”,
Muitos cabelos brancos, talvez fosse melhor dizer, alguns cabelos pretos ainda, e nas laterais para que outros os vejam.
Uma hérnia de disco tipo casamento antigo, até que a morte os separe, e exibida como ela só, o dia inteiro se mostrando.
Miopia galopante e desenfreada, mas neste caso tenho minhas defesas, cinco pares de óculos estrategicamente colocados raramente me deixam na mão, salvo as inúmeras vezes em que realmente é vital tê-los ao meu alcance e não estão.
Cada vez mais sinais aparentes de esquecimentos, seria Alzheimer? Acho que não, no máximo médios sinais de senilidade. Que tava escrevendo mesmo?
Aumento progressivo, mas lento de atitudes ranzinzas, pelo menos é o que ouço me dizerem, mas não noto nem acredito muito. Poucas coisas me irritam, como o latido do cachorro do vizinho, as pessoas falando alto, o som do rádio, as pessoas explicando muito um assunto quando podem resumir em poucas palavras, novela, sopa, jornal nacional com seus dramas, o governo, os políticos, criança chorando, o grêmio, o Pt, os empregados rurais, as leis trabalhistas, viajar de carro, cerveja quente, ginástica, ônibus, buzina, sinaleira, cheiro forte de perfume, gente gripada, sinusite, e mais algumas centenas de pequenas coisas, nada alarmante e que mereça preocupação.
Pequenos e constantes gemidos ao levantar ou deitar, ainda não consegui diagnosticar o porquê desses sons todos. Uns, quando apresso o passo sei que vêm do joelho, outros, quando levanto sei que vem da lombar, até um, quando mexo o braço esquerdo rapidamente sei que vem do ombro, mas têm diversos que nem imagino suas origens.
Apesar dessas pequenas e irrelevantes coisas, o importante é que to vivo para curtir mais um dia de vida, curtir minha família, minha mulher, meus filhos, até a primeira neta, a Ana Luiza vem a caminho para me abençoar, e saber que a ausência de regras, é uma regra que depende do bom senso. Por isso que luto pelas coisas que acredito e isso não me faz um tolo, seria sim um se mentisse ou omitisse as coisa que defendo.
Para finalizar, pois já estou ficando de saco cheio, ranzinza e esquecendo por que to escrevendo esse texto, coloco aqui uma frase, não sei o autor, mas seja lá de quem for eu concordo, “DE TUDO, O QUE FICA É O SEU NOME, E AS LEMBRANÇAS DE SUAS AÇÕES”. Amem.
Até o próximo...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Me julguem certo...

Não me julguem sem razão, mas pelo que defendo,
Não me julguem pela intempestividade, e sim pelo conteúdo das intenções,
Não me julguem pelas palavras ditas sobre pressão, mas sim pelas idéias que defendo nas calmarias,
Não me julguem por dizer a verdade, mesmo que machuque, mas sim por ficar calado,
Mas peço que me julguem sempre que me vejam agindo de maneira diferente daquilo que defendo.
Ultimamente me vejo calando em situações que normalmente não calaria, não por medo nem receio, mas pela inutilidade que vejo das minhas idéias naqueles que gostaria que as escutassem. E, esse arrefecimento, seja pela idade, amadurecimento ou simplesmente derrota não me faz bem, me angustia e me deixa um sentimento de impotência.
O pior de tudo é que sou daqueles que não gosta de esperar o "tempo" para provar minhas intenções.
Até o próximo...

domingo, 13 de março de 2011

Colocando os pés pelas mãos...

Sabe aqueles dias em que se acorda com a sensação que vais meter os pés pelas mãos, fazer algo que não deveria e te arrepender por algum tempo? Pois bem, amanheci com esse pressentimento e como sou daqueles que paga para ver o estrago não fugirei à regra, darei margem que minha intuição siga o curso normal. Resolvi fugir um pouco a regra geral dos escritos e colocar aqui um assunto deveras polêmico, “a culpa da mulher no arrefecimento e stress de uma relação”.
É muito difícil iniciar um assunto desses sem que deixe transparecer que as culpe pelo fim de um relacionamento conjugal, pois não é essa minha intenção nem o que acredito. Simplesmente gostaria de colocar a mulher como um ser muito complexo e de difícil compressão, qualidade elas tem inúmeras vezes mais e melhores que nós, desqualidades (gostaria de usar esse termo mesmo ele não existindo) elas tem poucas, mas intensas.
Não vou colocar aqui as virtudes das mulheres, pois são muitas, e tão importantes ao ponto de não conseguirmos viver sem elas. Queria me ater a um “pequeno” detalhe, mas tão importante e determinante que chama a atenção a olhos vistos, que é o fato da mulher NUNCA estar em estado de relaxamento e paz de espírito durante uma relação. Explico melhor, elas estão sempre em constante “campana”, como se não descansassem nunca, e com espírito crítico exacerbado, vigiando os mínimos detalhes e com respostas sempre prontas, como se durante a noite, enquanto dormimos, as estudassem e treinassem para nos mostrar sua posição “data venia” na relação. Apostaria alguns trocados se houver algum casal onde sua parceira passasse um dia inteiro sem criticar, mesmo que levemente, alguma ação ou palavra mal colocada do parceiro! Não me refiro aqui somente a críticas de ciúmes ou olhares a outras mulheres, mas a inúmeras outras situações do dia-a-dia.
Colocar os pés em cima do sofá, deixar um prato sujo na pia, trocar de canal a TV, aquele futebol das quartas, a grama que ainda não foi cortada e outros tantos exemplos nos obrigam a constante policiamento de nossas ações e palavras, aquele sempre alerta companheiro. E como é difícil a nós homens sermos obrigados a pensar sempre antes de qualquer passo ou revisar as palavras antes de falá-las, somos ingênuos por natureza, salvos exceções é claro, falamos e agimos conforme nossos instintos e externamos nossa “troglodisse” ao natural. É muito difícil, por exemplo, ao ver um filme meloso daqueles açucarados com cenas de beijos, sofrimentos e encontros amorosos só no final, falarmos a parceira que foi lindo e emocionante, se foi um saco e maçante. É quase impossível concordarmos com aquele convite para um aniversário de ano da filha da colega de trabalho, que nunca vimos nem por fotografia. É impossível entender porque ficam emburradas ao programarmos a única pescaria do ano com os amigos, num feriado onde todos os amigos (homens) poderão se encontrar e aproveitar ao máximo colocando para fora tudo aquilo que reprimimos em casa, falar de futebol várias horas seguida, contar piada e rir quantas vezes quiser, deixar o prato sujo na mesa até a hora da janta para limpá-lo, não estender a cama nem por decreto, essas coisinhas básicas.
Não quero me estender muito, apesar do estrago já estar consumado na primeira frase acima, mas antes queria deixar para análise uma das muitas teses que defendo, aqueles meus conhecidos sabem das inúmeras que tenho, típicas de que tem o hábito de prestar atenção a detalhes insignificantes a maioria dos mortais, e que no caso deste tema tem tudo a ver: com certeza devem existir casais na face da terra que passem sua existência praticamente sem brigas numa harmonia daquelas igual aos outros casais normais quando estão dormindo, isto se o parceiro não estiver roncando é óbvio, neste caso até durante a noite a confusão está armada, nestes casos raros com certeza, duas situações ocorreram para tal feito, ou o parceiro homem tem concentração de hormônios femininos acima do normal para sua espécie , ou a mulher está com sua Testosterona lá em cima. Em ambos os casos com certeza a convivência deverá ser mais harmônica, pois as visões das situações do dia-a-dia são mais parecidas. Fica aqui um adendo, as concentrações aumentadas dos hormônios de um ou outro lado devem ser de uma maneira equilibrada, caso contrário, quando o homem tiver muito estrogênio poderá haver muita confusão por excesso de competição de mando em casa, e no contrário, quando a mulher estiver com muita testosterona vai haver muita encrenca também, pois falar só de futebol, pescaria, tarbalho e bobagens o dia inteiro é um saco.
Finalizo pedindo escusas as nossas parceiras, mas para a grande maioria das mulheres que são intuitivas e perspicazes, nas entrelinhas fica nossa importância em tê-las ao nosso lado. E só peço a Deus que não me faça mais acordar dessa maneira, pois posso me encrencar mais ainda. Até o próximo...

terça-feira, 8 de março de 2011

O primeiro dia de praia é inesquecível...

O primeiro dia de praia é único, "sui generis", todos os planos que fizemos para curtir nas férias: caminhadas, corridas, pescaria, churrasco, cerveja, passeios de bicicleta, entre outros tantos, acreditamos devam ser feitos todos neste dia tão esperado. Acorda-se cedo, o dia maravilhoso sem vento e nuvens, tudo indica o início de um “descanso” inesquecível. Então vou curti-lo, eu mereço á tanto tempo que não saio de casa para me divertir e descansar.
Ops, esqueci que chegamos tarde ontem e não temos nada em casa, necessito ir ao super, caneta e papel na mão vamos a lista. Colocam-me em mãos uma lista daquelas de quem espera ficar ilhado por longo tempo pós tsunami, uma folha (frente e verso) completa de itens importantes para um veraneio, tem até descaroçador de azeitonas, um protetor solar que é ao mesmo tempo hidratante e rejuvenescedor fabricado no norte da Dinamarca (será que eles lá têm experiência em sol?), etc. Como poderíamos ficar sem esses itens? La vou tranqüilo rumo ao super, se não fosse a dificuldade para estacionar, somente um mercado pequeno para uma cidade de tamanho médio, portanto temos um agradável problema. Mas nada abala minha expectativa nem tranqüilidade do primeiro dia de praia, após conseguir vaga para meu carro, vem a tentativa para conseguir entrar no recinto, pequena dificuldade tipo entrar num show Shakira segundos antes dela entra no palco, coisinha fácil a qualquer mortal. Algumas horas depois do embate dentro do super para conseguir comprar “quase” toda a lista, pré tsunami, faltou o tal descaroçador e um quebrador de nozes, esses não encontrei, até os funcionários não conheciam tais apetrechos, rumei para casa, acreditando ter feito uma grande jornada, mesmo tendo esquecido um item, menos importante que os acima, “o gelo” para as cervejas.
Após uma pequena tentativa de linchamento por ter esquecido o gelo, retorno rapidamente ao armazém mais próximo (6 Km da casa) na busca do item gelo, que no momento era o mais importante.
Agora sim, tudo pronto, geladeira abastecida, casa abastecida, nós abastecidos, vamos á praia. Um pequeno transtorno se apresenta, cadeiras, guarda-sól, caixa de isopor, lanches, frutas, bolsas com diversos itens dentro, jogos, malas com roupas para as quatro estações (caso uma frente fria chegue de repente não nos pegará desprevenidos, pois até casacos temos), bicicletas, caniços, e outras “cocitas” mais não couberam no carro! Humildemente pergunto: quem sabe as malas de roupas de inverno, os notebooks, as duas lixeiras grandes (não podemos poluir a natureza, portanto levamos duas) e as bicicletas deixemos em casa? Os olhares que recebi foram malignos, tipo, por acaso queres ficar na praia sem esses itens? Estas doido? Mais uma vez perdi, voto vencido fiz o trajeto até o local do “acampamento” três vezes e consegui levar tudo, mesmo com esse pequeno obstáculo lá estava eu adentrando nas areias da praia no meu primeiro dia de férias, feliz, pois eram só meio dia e meio e tinha muito tempo ainda.
Outra pequena dificuldade, mas não tão grave assim, o transporte da traia de praia até o local apropriado! Mesmo a praia estando quase vazia, levamos só 20’ para encontrar o local certo. Iniciamos o transporte dos kits sobrevivência, esporte, alimentação, locomoção e bem estar, e num piscar de olhos de 35’ estávamos no local do acampamento. Que maravilha, férias merecidas.
Enquanto uns pegam as bicicletas, outros as raquetes de frescobol, alguns colocam as cadeiras em inúmeras posições diferentes sem achar a certa, uns reclamam da areia nos olhos, me toca colocar os dois guarda-sóis em posição. Neste momento outro pequeno obstáculo, eles eram frágeis, quase descartáveis e o vento forte levemente os inverteu de posição deixando somente poucos aros no lugar certo, até hoje não entendi por que eles (os aros que ficaram no lugar) não acompanharam os outros no trajeto inverso, mas isso não importa. Senti vários olhos de reprovação pelo simples fato de ter detonado os dois no primeiro dia e antes mesmo de ser usado, não poderia colocar a culpa no vento, pois ele já estava ali quando chegamos, talvez tenha só dado pouco crédito a sua força e a fragilidade da vítima. Mas isso não seria tão importante para estragar nosso primeiro dia de praia, não vais ser um dia de sol escaldante que nos faria sentir falta do guarda-sól. Eram 13hs o astro reis não estava tão forte, me fiz de desentendido e não prestei atenção aos olhares do povo e fui curtir minha praia. Me sentei na cadeira que estava vazia e a dita cuja se desintegrou comigo, sorte que era baixinha e a areia fofa, devia ter olhado para o lado pois já tinha outro de pernas para o ar esborrachado em outra cadeira. Devia ter prestado a atenção e não teria acontecido comigo o mesmo acidente.
Pós esses quatros itens fora de combate resolvo jogar “tecos” um joguinho parecido com bocha próprio para jogar na areia formado por duas seqüências de seis rodinhas de madeira com uma pequena, esta o objetivo do jogo, protegê-la com as suas das do “inimigo”. Ao abrir o saco com as peças do jogo deixo cair uma encima de um saco plástico que fazia parte de nosso acampamento, seria cômico não fosse a tragédia de dentro do saco de supermercado estarem copos de vidro super frágeis, resultado: dois copos quebrados. Quase entrei em um buraco tipo avestruz, pois vieram putiadas de vários lados. Muita falta de atenção de minha parte, como não imaginar que dentro de um saquinho de supermercado, na areia contenha vários copos de cristais protegidos? Tenho que prestar mais atenção, com esses já são seis itens destruídos antes de molhar os pés na água.
Sem cadeira para sentar, nem guarda sol para proteção vou para o mar, afinal são 15h30min e psicologicamente necessito ter água salgada nos pés. Que dia maravilhoso meu primeiro de praia, viva as férias merecidas.
Até o próximo...