sábado, 24 de dezembro de 2011

Final de ano especial...


                Ontem, surpreendi meus pensamentos, curtiam aquele momento sem par...
                 Todos ao meu lado, juntos num papo maravilhoso...
                Rindo um riso feliz, comungando uma união indestrutível...
                Dei graças ao meu bom Deus por mais essa benção...
                Acrescia minha felicidade, a presença da netinha Ana Luiza...
                Um serzinho lindo em todos os sentidos, um sorriso cativante, uma áurea exuberante...
                Veio para unir mais, nos fazer crescer mais, e adoçar mais nossa vida...
                Obrigado minha neta por este final de ano maravilhoso que estou tendo, tua presença na minha vida a torna mais feliz, mais completa, e da uma nova dimensão, que só eu posso quantificar a importância.
                Só me resta agradecer mais uma vez a Deus, por me proporcionar toda essa felicidade...
               

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

TE METE CONOSCO...

Gaúchos devem chegar em Marte nos próximos 5 anos.
Agora é oficial.
Já se sabia que a tecnologia espacial estava bem avançada na República Rio-grandense, mas agora o projeto vai deslanchar.
Segundo a Agência Espacial Gaúcha (AGESGA), a Marcopolo assinou um contrato com o Governo dos Pampas para construir a primeira nave gaúcha.
A espaçonave terá lugar para 10 viventes e contará com churrasqueira, fogão de campanha, cambona para aquentar a água pro chimarrão, despensa com 14 tulhas, bagageiro, quarto de banho, uma latrina de assento e duas de fazer acrocado.
Já estão confirmados na viagem o gaiteiro R.B., o tocador de violão T.M.R. e o tocador de bumbo-legueiro M.A.G., que tem os nomes preservados por razões de segurança nacional Rio-grandense.
As tulhas de mantimentos estarão sortidas com de tudo um pouco: erva-mate, bergamota, rapadura, charque, linguiça, torresmo, arroz, feijão preto e de cor, bolacha e, principalmente, canha e vinho.
Segundo o chefe da AGESGA e responsável pelos estudos, Aphilóquio Licurgo Fagundes, taura muito inteligente, "crânio" em matemática, física e exímio no jogo-do-osso, os americanos jogaram a toalha na corrida espacial, porque não tinham a tecnologia para revestimento da nave, já que esta é uma patente gaúcha.
Trata-se de uma combinação de casca-de-cana, gordura de capivara, barro vermelho de Santo Ângelo e pedra moura moída (aquela lá das quebradas do Nhanduí) que, segundo os cientistas, gera um material resistente a altíssimas temperaturas, além de também servir para curar bicheira e sarar cobreiro.
A propulsão do foguete será à base de uma mistura de cachaça marisqueira de Osório com graspa de Ana Rech, que os pesquisadores gaúchos afirmam ser dezenas de vezes mais potente do que o combustível atualmente utilizado pela NASA. E é combustível renovável.
Há décadas que esta tecnologia vem sendo desenvolvida - em segredo - na Estância Porteira Fechada (perto da estação do Guaçu-boi, no Alegrete).
Dizem que o único momento tenso do projeto foi quando uma chinezada andou por lá para espionar, mas foram corridos no laço pelo capataz da estância e 4 cachorros ovelheiros.
Os americanos - que tentavam desenvolver um trabalho parecido na Área 51 - foram convidados a visitar o projeto.
Foram recebidos com um assado de costela no fogo de chão (daquelas que levam 8 horas para assar), tomaram uns mates e gostaram do que viram, mas saíram mais quietos que guri cagado nas calças.
Em nota à imprensa os nossos cientistas disseram: "Mostramos tudo a eles, mas desde o começo ficaram desacorçoados, de boca-aberta. Não entenderam bosta nenhuma. É uma tecnologia anos-luz na frente da deles."
Fagundes acrescentou: "Estamos a passos largos para a conquista de Marte. Não vai 5 anos e teremos gente apeando por lá e começando a fazer cercas e criar invernadas. Pelo menos uma prenda já vai junto, na missão, para organizar o primeiro CTG espacial, ou CTG-ET (extra terrestre)... Vamos em paz, mas pelo sim, pelo não, levaremos na mala de garupa uma carneadeira coqueiro deitado, um trançado de 8 e uma espingarda de cano duplo Boito (Boito, tiro dado, bicho deitado). Vai que lá também tem marciano castelhano"...

Massss Baaaah! Tche...
aUTOR dESCONHECIDO!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Minha bênção...


                Diz o ditado que criar bem os filhos é saber perdê-los.
                Acho que não concordo totalmente com essa expressão...
                Talvez perde-los seja muito forte, por que jamais os perdemos...
                Os compartilhamos com o mundo, com os outros, com os amigos e seus amores,
                Minha filha, meu eterno bebê, jamais deixará de ser minha filha...
E não vou perdê-la por apenas dois motivos...
Ela faz parte da minha vida da mesma maneira que o sol vai surgir todos os dias...
Segundo,  por que sempre que ela lembrar das coisas boas da sua vida, com certeza eu terei uma participação importante...
                Encontrar seu amor foi uma benção, pois para alguém especial como ela, uma pessoa especial como ele com certeza ia surgir...
                Abençôo esta união e desejo que todos os dias da vida de vocês sejam diferentes, lindos e cheios de amor...
                Que o companheirismo, a cumplicidade,  a alegria e honestidade sejam o norte da vida de vocês...
                Ia esquecendo... Que traga muitos netos para mim....
                Amo vocês...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Eu quero ser lembrado...


                 Eu quero ser lembrado pelo que fiz, não pelas coisas que abdiquei de fazer...
               Eu quero ser lembrado por me fazer presente, mesmo que as vezes exageradamente...
                Eu quero ser lembrado pelo amor incondicional a meus filhos, que não julguem meus erros ou acertos, somente a intenção de ajudá-los e tê-los a meu lado felizes...
                Eu quero ser lembrado pela dedicação e amor a minha parceira, pelos momentos bons, pela cumplicidade e dedicação a relação, e desejo de sempre ser feliz...
                Eu quero ser lembrado pela necessidade de sempre estar com a família reunida, mesmo naqueles momentos de estresse geral...
                Eu quero ser lembrado pela minha honestidade e bons propósitos, independente de que em determinadas situações saia prejudicado...
                Eu quero ser lembrado como Pai, esposo, irmão, filho, amigo, sogrinho, vovô, que valeu a pena ter passado na vida de todos....

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Dos Males o Menor" Narrado por minha norinha

Abaixo um vídeo feito pela norinha Jú, o que surpreende nele, além da apresentação dos slides, ótimos dentro do conceito da brincadeira a que o texto se propõe, mas a rapidez com que ele foi feito. Quando liguei para a norinha pedindo que lesse o texto e me desse uma opinião, até o momento em que esse vídeo foi feito passaram poucas horas, mostrando mais um dos inúmeros predicados desta pessoa maravilhosa, o dom para edição e imagens. Obrigado Jú por dares mais vida a meu texto. Beijão bem grande do sogrinho preferido...

Dos males, o menor...

O velho Tibúrcio desde muito antes dos anos lhe pesarem nos ombros e a geada cobrir-lhe os cabelos, já era dado às flatulências descontroladas e de odores que faziam com que a memória não se esquecesse dos anos passados em Guaíba, cerca daquela fábrica fedorenta, tempos difíceis aqueles que por lá passaram e queriam esquecer. Seus filhos um tanto pelo respeito outro tanto pelo costume dos anos de convivência já não davam mais atenção. Mas, o grande problema era a visita da Maria para o almoço de domingo, primeira namorada do filho José, o mais velho, ela fazia muita questão em conhecer seus pais. Isso sim era um problema, como seria sua reação quando o Pai largasse seus primeiros gases na frente da amada? Maria, moça prendada, estudada na capital em colégio de freira, um achado de José, que não cansava de agradecer a graça de ter ido ao velório do compadre Moisés, coisa que não lhe era boa idéia no dia, mas que lhe foi de grande proveito e serventia, pois foi nesse dia fúnebre para a família do defunto que ele conheceu a sua amada. De antemão o velho Tibúrcio, pouco afeito a muitas delongas nos palavreados, já avisava o filho: - Nem na noite que estendi pela primeira vez os pelegos pra tua mãe se deitar não contive meus gases, não será na visita da tua amada que será diferente. Eles independem da minha vontade não escolhem horário nem palco para mostrarem sua independência, seria como tentar segurar o Minuano em noite chuvosa de agosto, uma tarefa inglória, portanto já prepare a moçoila para que não tenha surpresas do que pode se “assuceder”.
José sabia que não adiantava solicitar o impossível a seu Pai, contra a natureza nem reza braba resolve. Sempre foi assim, não mudaria nunca, talvez esta seja a única coisa que ainda nos traz à mente os três anos vividos perto daquela fábrica fedorenta, o cheiro que surgia segundos após aquele som, que mais lembrava o vento querendo levar consigo o canto da barraca mal atada nos dias de praia no Cassino, emanando pela culatra das bombachas largas que papai ainda relutava em usar. Segundo bocas pequenas, conta a história, que foi praga daquele capuchinho da paróquia em Rio Grande, quando papai lá estudou, depois da última vidraça quebrada nos fundos da igreja, coisa de criança levada e bodoque na mão, mas que não merecia tal magnitude praguejante. Domingo chega trazendo aquele sol de outono, desacompanhado do vento que certamente ficou fazendo parceria com a primavera que já tinha passado. Temperatura amena, palco perfeito para a despedida das andorinhas, que nas suas últimas revoadas, sabedoras das friagens que se aproximavam, retornavam rumo a pagos mais amenos de melhor feição às suas estripulias esvoaçantes. O cordeiro carneado na véspera, desde cedo já se mostrava pras brasas, numa distância respeitosa, como não querendo atropelar a tradição, nem fugir da história. Na cozinha, Edelbrina sua mãe temperava o feijão, que mais tarde teria parceria da farinha de mandioca no preparo do feijão mexido, tão famoso no boca a boca dos arredores, cuja receita nem lembrava mais sua nascença. Tudo tão perfeito conforme José havia pensado, até o Patrão Celeste lhe premiava com aquele dia criador, sua amada Maria teria um dia inesquecível com sua família. Seus irmãos estavam preparados para permanecerem distantes das estripulias e mal criações, e isto teve seu preço! Prometera a eles um dia inteiro solitos com a tubiana velha, a petiça sogueira, para extravasarem suas vontades perniciosas. Mas com certeza valia a pena o prometido, até porque no fundo acreditava que a petiça bem que gostava daquelas fugidas na direção do mato, no piquete atrás das casas. Saber que os irmãos se comportariam frente sua noiva, em troca de um dia com a tubiana, já lhe aquietava pela metade as idéias preocupantes. Restava tão somente a mais importante, as flatulências do “véio” Tibúrcio, este sim o grande problema, de impossível resolução e de grande arrependimento no momento, pelo fato de não ter de antemão avisado a amada desta desgraça. Só de pensar que sua mãe desprovida de malícia servira ontem na janta sobremesa de batata doce com mel, esquecida do somatório dos malefícios que essa guloseima trazia aos intestinos do marido, lhe exacerbava por demais as preocupações. Mas como diz o ditado, quem morre na véspera é peru, então deixemos que as coisas sigam o rumo normal dos acontecimentos, pensava José. E tempo já não resta mais para nenhum preparativo, a charrete que trazia a sua amada já despontava na porteira, ponteada por seu pai, o coronel Gomercindo e sua mãe dona Corina, mais entonados que pica-pau em tronqueira. O velho segurava as rédeas da condução como se segurasse toda a história da sua família, que no diz-que-me-diz-que das conversas de galpão apontavam origem pouco enaltecedora para as muitas sesmarias de campo da família. Mas isso não vinha ao caso e José não era de meter a mão em toca de marimbondo. O importante era a visita de sua amada, “cousa” que ele não tinha certeza se era idéia dela ou desejo do sogro no afã de fazer juízo da sua família. Todos na frente da casa na espera das visitas, último tapa na orelha do irmão mais novo que por momentos esquecera-se do trato feito em troca da petiça e já queria travessurar, muita água de cheiro no corpo, e a certeza de que os odores da recente pestilência do véio Tibúrcio segundos atrás já se dissipava no ar. O coração de José parecia querer sair pela boca e ir de encontro a Maria, estava mais faceiro que égua com dois potrilhos, aqueles cabelos negros, os olhos verdes eram visão dos deuses, agradecia ao Patrão Celestial por tê-la conhecido e a certeza de amá-la para sempre.
A chegada da condução com as visitas não podia fugir a tradição, foi num cumprimento curto e altivo por parte dos patrões, olhos baixos e respeitosos pelas esposas e com olhos ávidos de paixão na busca um pelo outro por parte dos enamorados. Apresentações feitas e convites a adentrar a sede principal para eles sorverem um amargo e elas um licor de butiá bem doce e com pouco álcool, foi quando nesse momento Maria num gesto suave, tocando a mão de José lhe disse que necessitava de um aparte importante antes dos “continuantes”. Numa fração de segundos muitos pensamentos revoaram em sua mente, o que poderia ser tão importante nesse momento que deveria ser contado aqui na varanda, a sós, como num confessionário de igreja? Sua amada terminaria ali com seu amor? Não compartilhava com intensidade dos mesmos sentimentos que ele? Conseguindo disfarçar sua preocupação e pavor com o que estava por vir da boca de sua amada e refreando sua vontade em pedir que ela não dissesse nada que pudesse manchar aquele dia que iniciara tão lindo, perguntou educadamente se não gostaria de guardar até mais tarde seu assunto, que pelos gestos da amada lhe preocupavam por demasia. Suas feições mais tensas e preocupantes indicavam a pressa e urgência do assunto, e José por um segundo sentindo-se que nem palanque em banhado, num gesto tranqüilo por fora, consente que a amada fale, já na espera do pior. Maria, envergonhada sem saber quais palavras usar no momento, pois sua educação franciscana lhe ensinara sempre colocar as palavras certas nos momentos certos, para que jamais transparecesse pouca educação, mostrando uma vermelhidão na face até então desconhecida por José, lhe confessa ter que lhe contar um segredo até então escondido do amado. Nova revoada de idéias acompanhadas de arrepios pelo corpo lhe apoquentam por breves segundos, o que seria tão importante para ela ter omitido a ele, mesmo após as juras de amor eterno trocadas, e promessas de ausência de segredos? Sem mesmo permitir que outros pensamentos pudessem surgir em José, sua amada lhe confessa que para sua vergonha e de sua mãe, seu pai era dado à flatulências continuadas e ruídos altos que mais pareciam trovões prenunciando os temporais do final do outono. Mas, lhe tranqüilizava, pois os mesmos não vinham acompanhados de odores fétidos. Era um problema que acompanhava seu progenitor desde jovem e não tinha compostura nem remédios que o ajudassem. Com os olhos marejados, sua amada confessava seu medo desse infortúnio trazer problemas para o amor deles. A gargalhada de José com certeza se ouviu lá no galpão, rapidamente explicada a Maria, que já mudara sua feição da delicadeza para raiva por estar o namorado rindo daquela maneira da desgraça de seu pai, o namorado foi explicando que sua indelicadeza no momento deveria ser perdoada, pois também escondera de sua amada as flatulências do seu Tibúrcio, que só se diferenciavam das do Coronel Gomercindo, por serem silenciosas e acompanhadas do odores mefíticos. Naquele momento José teve a certeza que Maria seria sua companheira para o resto de sua vida, pois além do grande amor que compartilhavam e o gosto pelo licor doce com pouco álcool de suas mães, existia as flatulências de seus pais. Do coronel Gomercindo a lembrança dos trovões de final de outono e do velho Tibúrcio, o cheiro daquela fábrica em Guaíba, que parelha perfeita faziam na benção da união de seus filhos. Assim contou a história de boca em boca...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PITACOS NO DIA 16.09.2011

Pena não ser cartunista. Como gostaria ao menos por um dia ter esse dom, me ajuda Falcão... Faria uma imagem de uma grande vaca Holandesa, com um imenso ubere, cheio de leite, repleto de inumeras tetas, e na sua volta centenas de terneirinhos famintos babando....
"Isso para mim representaria bem o Congresso do PMDB ontem, todos aplaudindo a presidente e mirando um daqueles tetos suculentos e cheios de leite"...



Excelente a matéria do David Coimbra na ZH sobre cantar ou não o(s) hinos do Brasil e Rio Grande antes dos jogos. Temos que ter muito cuidado com o nacionalismo exacerbado, que pode passar rápidamente da ingenuidade para nocividade. Até por que grande parte do povão que ta lá dentro do estádio é ingênuo e semi analfabeto, de fácil manobra - para o mal. Vamos respeitar o Hino Nacional..."As maiores atrocidades cometidas no mundo nasceram do nacionalismo" D.C.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

1ª MARCHA CONTRA CORRUPÇÃO

De repente pensei: por que não participar da 1ª Marcha Contra CORRUPÇÃO? Tanto critico a situação endêmico-oficializada que ela se encontra no país, não poderia deixar de dar minha humilde contribuição contra esses merdas corruptos que tomaram conta do BRASIL... Caso contrário perderia minha razão em protestar no dia a dia.
Travestido de “HOMEM DO MENSALÃO”, um deles ao menos, pois são centenas deles no país, fui, gritei, tentei fazer minha parte. Ouvi algumas críticas, tipo, isso não adianta nada, fizestes papel de palhaço, etc. Ouvi também palavras de incentivo, muitas palavras, mais que de críticas, e isso me fez bem. Vamos fazer novamente, quero participar da próxima, conta comigo, etc...
Maravilha, vamos reunir cada vez mais bandos de palhaços e doidos que não compactuem com esses bandidos lá de cima, que protestem, gritem e mostrem força.
Se for adiantar alguma coisa não sei. Se vamos mudar alguma coisa, provavelmente não, pois o "crime organizado" é muito forte. Mas com certeza vamos dormir tranqüilos como dormem aqueles cidadãos que lutam pelas coisas erradas que acontecem...
Abaixo umas fotos do Palhaço em ação....
Até o próximo...




















terça-feira, 6 de setembro de 2011

TEMPO

Indo embora os momentos que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas de uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo que venha mostrar-lhe o caminho

Cansado de deitar-se na luz do sol, ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa e há tempo para matar hoje
E depois, um dia você descobrirá que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr, você perdeu o tiro de partida

E você corre e corre para alcançar o sol mas ele está se pondo
E girando ao redor da Terra para nascer atrás de você outra vez
O sol é o mesmo de uma forma relativa, mas você está mais velho
Com pouco fôlego e um dia mais próximo da morte

Cada ano está ficando mais curto, você parece nunca ter tempo.
Planos que dão em nada ou em meia página de linhas rabiscadas
Aguentando em desespero quieto é o jeito inglês
O tempo se foi, a canção terminou, pensei que tivesse algo mais a dizer

Em casa, em casa novamente,
Eu gosto de estar aqui quando posso
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom esquentar meus ossos ao lado do fogo
Muito longe, atravessando o campo
O badalar do sino de ferro
Convoca os fiéis a se ajoelharem
Para ouvir feitiços ditos em voz suave.
PINK FLOYD...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Situações diferentes, reações diferentes...

Existem diferentes momentos na vida que colocam nossa masculinidade a prova. Não vou especificar as situações, pois não é regra, para uns caminhar no mato a noite é difícil, para outros nadarem mar adentro é complicado. Para outros a presença de um camundongo já faz balançar. Não vou aqui julgar nossos medos, até por que esse sentimento na maioria das vezes ajuda muito, pode até salvar uma vida, portanto ele não é tão desprezível assim.
Queria neste, comentar uma situação particular que passei semana passada, para mim “coisa de macho”, uns podem até creditar como a consciência de estar frente a uma situação irreversível fazendo surgir uma força extra que estava dormente em algum lugar de cérebro, ou, analisando de outra maneira, bate um desanimo tão grande que impossibilita qualquer reação, tipo, já vivi um bom tempo de vida, curti meus filhos, noras, família, netinha (p/ vídeo), amigos, viajei, ri, chorei, plantei uma arvora, tenho blog, comprei um carro com meu dinheiro, fui a Paris, já pedi desculpas aos que ofendi (ao menos acredito que sim), etc, etc, então posso morrer, mas que fique bem claro se partir para outra, que o fui contrariado.
Retornando ao que interessa, fui a Porto Alegre fazer uma cirurgia de coluna, e como tenho um pouco de conhecimento do “corpo humano” dos animais, e sei que anatomicamente é idêntico ao “corpo humano” dos homens, presença de medula, enervações e tal, essa situação exigiu um preparo psicológico muito grande da minha parte. Claro que não adiantou nada na hora, mas deixa pra lá. Aqui um adendo a este, posso afirmar tranquilamente que Cirurgia marcada e Cheque Pré-datado são a mesma coisa, os dois um dia chegam e tens que enfrentar, portanto aqueles que têm uma cirurgia marcada ou cheques pré-datados preparem-se o dia vai chegar. Retornei de POA a 40 dias atrás com cirurgia marcada para dia 23/08 tranqüilo pelo tempo que ainda faltava para o procedimento, me senti na época forte e preparado, tinha bom tempo para assimilar tudo e enfrentar como “macho”. Acontece que a tal data chegou, sem aviso prévio, sem massagens relaxantes, sem divã de psiquiatra, simplesmente chegou, e tive a impressão que vinha com um sorrisinho irônico na boca, assim como chega á data de um cheque pré-datado, com o sorriso idêntico ao do cachorro Mutley do Dick Vigarista. E aí gente é fod...
Deitado na sala de espera, junto a outras tantas vítimas, todas caladas, apavoradas, querendo correr, gritar e espernear, com olhos fixos na “porta” do Bloco Cirúrgico na torcida para que não se abra ou se abrir que seja para os outros e não para os próprios, o vivente só não se caga por que esta de jejum a 10 hs, os intestinos estão vazios. Talvez aí uma das indicações do jejum pré cirurgia, não se cagar na sala de espera. Confesso que é inúmeras vezes pior que perder Grenal, que furúnculo na barriga, que sentar na frente do gerente do banco para pedir papagaio a fim de quitar “aquele” cheque pré-datado e ouvir um não, que bater o dedinho do pé no pé da mesa, etc, são momentos para não esquecer nunca mais. Eu com certeza não vou esquecer.
Mas, disso tudo, o que fica resume-se na frase que Chico Xavier tinha num quadro na parede do seu quarto e servia como orientação diária “isso também vai passar”, é a mais pura verdade, e tento sempre pensar da mesma formar, se estamos felizes demais “isso também vai passar”, se estamos tristes demais “isso também vai passar”. Ninguém morre na véspera (exceção ao Peru), o crescimento é lento, os degraus das escadas ora são baixos ora são altos, o caminho algumas vezes tem asfalto outros barro e buracos, mas o mais importante é que tenhamos sempre a certeza de que “isso também vai passar“.
A cirurgia passou, eu me curei, o cagaço do dia, mesmo estando registrado na memória aos poucos vai sendo esquecido. Muitas coisas apreendi, que sou macho pra enfrentar uma situação daquelas, ou covarde para não reagir naquele momento na sala de espera e fugir pela janela, que vou pensar duas vezes antes de dar cheques pré-datados, e principalmente aprendi que a saúde, a busca pela boa saúde tem que ser diária e constante. Cortar o sal, o açúcar, gordura, diminuir a carboidrato é um bom começo. Mas, NUNCA cortar a cerveja, vinho, whisky, churrasco, estes itens estão do lado bom da vida, desde que moderadamente é claro (todo dia), pois se tivermos que abdicar destes também para uma vida melhor aí a vida perde um pouco da graça. Outro item fantástico, mas nos é proibido no dia a dia, somente lá no hospital, uma lástima, é a Morfina, “eta injeçãozinha bem gostosa”.
Até o próximo...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nós podemos sim...


Quem acompanha ou acompanhou os noticiários políticos dos últimos dias, com certeza encontra-se, ou deveria encontrar-se no mínimo indignado com tanta corrupção que "campeia" este país. Todos, ou no mínimo a grande maioria dos políticos e partidos usurpando com muita gana dinheiro público, NOSSO DINHEIRO, sem o menor constrangimento e preocupação. Sabedores do corporativismo na impunidade e defesa dos seus interesses, que são de enriquecimento e projeto de estabilidade política, zombam de nós nas suas impunes atuações criminosas.
Examinando mais friamente a situação em que o país se encontra frente estas quadrilhas, além do pessimismo, da angústia, do sentimento de sentir-se palhaço e usado, fica a certeza, infelizmente, de que uma mínima parcela da sociedade se preocupa e reclama desses desmandos. Parte por acreditar que não adianta reclamar, parte por ter a certeza de que se vive no país da impunidade e uma grande parte por ser corrupto de nascença mesmo.
Se ultrapasso sinal vermelho, se furo fila, se não devolvo o troco a mais recebido por me achar na vantagem, se faço outras tantas coisas erradas, sou igual a eles e me preocupo tão somente em dar um jeito de entrar no esquema também. Se os "caras" estão ficando milionários no esquema, quero participar, afinal sou filho de Deus também.
Esta, infelizmente, é a realidade. Somos parte de uma matéria-prima, podre, incompleta, sem moral, corrupta, portanto como vamos querer que o produto final saia bom? Impossível, qualquer empresário, médico, engenheiro, pedreiro ou dona-de-casa sabe, se usar ingredientes de segunda, o resultado é desprezível. Tentem fazer um churrasco com acém ou carne de pescoço...
Admito também que é muito difícil ir contra o sistema, ele é forte, sem escrúpulos, apoia-se nas leis e no corporativismo, a tarefa é quase impossível. Que posso fazer aqui na minha cidade de interior contra esses bandidos lá na capital do Estado e do País? Como posso condenar e dizer umas verdades para o Dirceu, Palocci, Sarney, e demais da quadrilha? Que atitude tomar contra a quadrilha do mensalão, contra a liberação do empresário banqueiro ladrão, etc, etc... De fato, é impossível esse tipo de reação, nem pensar, é utopia ou história para boi dormir, um simples mortal aqui atingir bandidos altamente protegidos. Não tentem, pois quem vai se dar mal são vocês mesmos. Eu, particularmente á anos atrás tentei enfrentar um órgão público, usando os meios legais calcado na total certeza de ter 100% da razão, e o que consegui? Ganhei a batalha, mas perdi a guerra, nunca mais consegui crédito com eles...
Mas sempre há maneiras de fazer acontecer, seja na denúncia das contravenções no seu bairro, na sua rua, etc. Seja ensinando seus filhos que colar é errado, que existem também deveres e não só direitos, que não estudar ou não fazer os temas são coisas graves e vão prejudicá-los no futuro, não serão competitivos no mercado de trabalho, e por aí afora. Ensiná-los a serem honestos.
Finalizando, num sistema político de total desmando como o nosso, me atreveria a dar um conselho, até por que é de graça e ninguém é obrigado a segui-lo, temos nas mãos uma ferramenta mais forte que eles, temos o voto. Não me refiro aqui dessa ladainha eterna que ouvimos dos bem intencionados, pesquisem os candidatos, acompanhem seus projetos, isso é balela, ficção. Refiro me a JAMAIS VOTAR EM CANDIDATOS QUE JÁ FORAM ELEITOS, não vamos reeleger ninguém, votemos sempre em pessoas novas. Independente se teu candidato foi bom ou excelente, acreditem é OBRIGAÇÃO deles serem bons legisladores, pois estão entre os mais bem pagos do mundo para isso, vamos mudar de tática, ABAIXO A REELEIÇÃO.
Não sei se vai adiantar alguma coisa, eu faço isso sempre, mas no mínimo esses bandidos carimbados á anos vão desaparecer, isso tenho certeza. Esse poder nós temos e não podem fazer nada para nos proibir de usá-lo.
Pensem nisso, quem sabe é um bom começo. Teu voto é secreto e intransferível, vale á pena tentar.
Até o próximo...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Diferenca entre banhos....

BANHO DAS MULHERES

1. Tira a roupa e coloca num cesto de roupa suja.

2. Vai para o banheiro de roupão.

3. Se cruza com o marido no caminho, cobre o corpo.

4. Pára diante do espelho e analisa o corpo.

5. Força a barriga para fora para poder se queixar que está mais gorda do que realmente está ...

6. De costas, empina a bunda para verificar se tem celulite.

7. Antes de entrar no box, organiza a toalha para o rosto, a toalha para os cabelos ea toalha para o corpo.

8. Lava o cabelo com xampu.

9. Enxágua Longamente.

10. Repete o processo de lavar o cabelo com o xampu.

11. Enxágua Longamente de novo.

12 .. Enche o cabelo com condicionador e deixa por 15 minutos.

13. Lava o rosto com Sabonete Esfoliante até que o rosto fique vermelho.

14. Lava o resto do corpo com sabonete hidratante para o corpo.

15. Tira o condicionador do cabelo.

16. Este processo leva 10 minutos. Ela DEVE estar segura que todo o condicionador foi retirado.

17. Depilação de axilas, pernas e área do biquíni.

18. Desliga a ducha. Escorre toda a água dentro da ducha.

19. Sai da ducha e se seca com uma toalha do tamanho da África Meridional.

20. Enrola uma toalha super absorvente na cabeça ...

21. Revisa mais uma vez o corpo em busca de detalhes.

22. Retorna ao quarto com o roupão.

23. Se encontra o marido, se cobre mais ainda e corre para o quarto ..

24. Uma hora e quarenta minutos depois, está vestida e pronta.


O BANHO DOS HOMENS:

1 .... Sentado na cama, vai tirando toda a roupa, arrotando, peidando e jogando tudo no piso em frente.

2. Cheira as meias ea cueca, para após lançá-las sobre o montinho formado.

3 .. Vai pelado até o banheiro.

4. Se encontra uma esposa no caminho, balança o pinto imitando um ventilador.

5 .. Pára defronte ao espelho para ver o físico.

6. Encolhe a barriga .

7 .. Faz pose de halterofilista.

8 .. Checa o tamanho do pinto.

9 .. Por fim, coça o saco.

10. Entra na ducha.

11. Não se preocupa com toalhas. Se não tiver por ali uma de banho, vai se secar com a de rosto mesmo.

12. Lava o rosto com sabão.

13 .. Se mata de rir com o eco que faz dentro do box quando peida.

15. No banho, deixa cabelos do saco no sabão.

16. Lava o cabelo com qualquer xampu.

17. Não USA condicionador.

18. Faz um penteado punk.

19. Sai da ducha para ver no espelho como ficou seu penteado punk.

20. Morre de rir.

21. Mija dentro do box.

22 .. Faz toda a vizinhança ouvir quando assoa o nariz dentro do box.

23. Tira o xampu e sai Imediatamente da ducha.

24. Não se dá conta de que todo o banheiro está molhado pois, tomou banho com o box aberto.

25. Quase seco, pára outra vez diante do espelho.

26. Contrai os músculos e revisa o tamanho do pinto.

27. Coça o saco.

28. Sai do banheiro e deixa a luz acesa.

29. Deixa pegadas Molhadas com espuma de sabão.

30. Volta para o quarto.

31. Se encontra uma esposa no caminho, volta a balançar o pinto, imitando ventilador.

32. Dá um tapa na bunda da esposa.

33. Chuta as roupas que estão no piso do quarto para um canto.

34. Quatro minutos depois está vestido, pronto e perguntando se a esposa ainda vai demorar muito.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Assino embaixo....

Queridos
Hackers que invadiram os sites do "governo",
parabéns!

Na
esperança que um de vocês leia meu blog, torço
para que não apenas acessem, mas divulguem para
o Brasil e o mundo as falcatruas, tráficos de
influência, obras superfaturadas, enfim,
divulguem e façam uma
campanha contra o maior esquema de corrupção
jamais visto neste país!

Pode
ser o começo de uma reação à essa quadrilha que
mantém o povo alienado com bolsas-anestesias, e
saqueiam
esta nação com uma
avidez despreocupada com punições!

Não
passa uma semana sem que surjam escândalos
ligados ao "partido da
ética e da moralidade na política!".
Trinta e
oito ministérios para
"empregar" os capangas, que, ou perderam
eleições, ou precisam de uma
"boquinha...

Denunciem a cooptação de
todos os poderes, a evidente falta de
governabilidade, com o palanqueiro Lulla
mantendo em verdade um governo
paralelo!

Não esmoreçam! Enviem denúncias
para o Tribunal de Haya, sobre os constantes
assassinatos de líderes rurais; o abandono das
populações indígenas... Enfim, vocês sabem
melhor do que eu o caminho da sagrada indignação
a ser tomado!

Convoquem marchas de
protesto em todo o país! Vocês possuem o domínio
de uma tecnologia que pode arrancar o
povo e os poucos intelectuais honestos, de uma
letargia que termina por ser cúmplice da
roubalheira generalizada!

Estamos
juntos


Postado
por Carlos Vereza às
18:55

Não desisto nunca...

Nunca desisti e com certeza não será desta vez que isso acontecerá! Apesar da situação “sui generis” do momento, acredito que vai melhorar, e como diz o ditado: sempre que uma porta se fecha outra abre da mesma forma. A tristeza que bate é ver o tempo passando, as horas correndo e com eles passando os momentos que mais prezo, a presença, o toque, o sangue, a risada boba, as reuniões, o contexto todo de união vai ficando pra trás num passado muito próximo.
Não escondo de ninguém o prazer que sinto naqueles momentos e a falta que me fazem, me completam a alma e me fortalecem. Também não culpo a situação, pois é mais forte que a razão.
Otimista confesso acredito na mudança, no poder do amor e no retorno da razão.
Enquanto isso fico na espera, e mesmo de longe me intero das últimas por lá, e rezo para que nossas ligações desta vida e de outras passadas, com os acontecimentos atuais estejam resgatando os “nossos” objetivos traçados antes desta encarnação.
Fica só meu desejo de que esteja cumprindo fielmente o que me propus, e quem sabe, quando nos encontrarmos na próxima, seja para trocarmos mais amizade e amor que desta vez.
Até aproxima...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nada é melhor que a companhia dos que amamos...

Nada é melhor que a companhia dos que amamos, preenche os espaços, fortalece o coração e dá paz de espírito...
Nada é pior que a ausência deles, dá um aperto no peito, uma mudança de humor e uma insegurança sem explicação...
E quando a ausência deles é de difícil compreensão, pois estão tão perto, visíveis e palpáveis? Quando somente uma alteração orgânica ou química é a barreira suficiente para esta ausência?
Jamais quantificaria ser esta ausência pior que a física, pois a certeza de saber que estão lá, a sua maneira vivendo e interagindo, dá um falso conforto e tranqüilidade.
Mas, e aquela ligação que vem junto com o nascimento?
De sangue diriam uns,
De Deus outros,
Genética os mais estudiosos,
Sem necessidade de explicação diria eu...
Aquela que faz o coração apertar, o sentimento aflorar, e uma necessidade grande de querer mudar essa incompetência pra reverter tudo? Onde ela fica?
Deixar que a vida siga o curso normal é muito simplista. Esquecer e continuar vivendo é cruel. Ficar sofrendo calado faz mal.
Dar tempo ao tempo talvez seja o melhor. Rezar a Deus que “aqueles” sentimentos, de sangue, de Deus, genéticos ou sem necessidade de explicação, aflorem, reajam e consigam ser mais fortes que tudo.
Assim a companhia dos que amamos, preencha os espaços, nos fortaleça e nos dê paz de espírito...
Até o próximo...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma Mulher inteligente falando dos homens...

O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.
Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem os Homens!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
1. Habitat
Homem não pode ser mantido em cativeiro.
Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.
Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.
2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.
3. Carinho
Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.
Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.
4. Respeite a natureza
Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros? Case-se com uma Mulher. Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.
5. Não anule sua origem
O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.
6. Cérebro masculino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.
Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurônios a menos).
Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade.
Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você.
Não fuja desses, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.
Não faça sombra sobre ele...
Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.
Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.
E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!
Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!
Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.
Com carinho,
Fernanda Montenegro..

sábado, 18 de junho de 2011

Cavalo...

Zaino, tordilho, baio, picasso,mouro, alazão, alto, petiço, corredor, troncudo, de tantos outros pêlos, tamanhos, especialização e beleza...
Querido por uns, machucados por outros, continuas sendo o mais belo animal da natureza.
Tens por cama a flexilha e pro carona o infinito.
Por sina nascer livre, viver servindo e na morte pouca lembrança de teu ajutório.
Tua imagem na chegada da lida, narinas abertas, pêlos molhados, respiração ofegante, são teus sinais da dedicação, do teu destino, e da força de quem é duro na queda e servidor fiel.
Muita coisa no teu exterior nos faz bem a nosso interior.
Reconheces nossa fraqueza e confiança, alegria ou tristeza, e a tua maneira nos conforta com tua imponência e determinação.
Tenho dúvidas se Deus te deu a sina certa, se não merecias mais liberdade e paz!
Mas o reconhecimento de que és belo, forte e determinado me responde a dúvida: “a dedicação de tua vida a lida,me mostra que o destino não esta no tipo de trabalho que fazes mas na determinação com que te dedicas a ele sem reclamar nem descansar”.

domingo, 12 de junho de 2011

Babão Confesso

Ela chegou esta semana e retorna hoje,
Não conseguimos conversar, pois seus compromissos são muitos.
Retorna sem que consiga os momentos que gostaria.
Mas não importa, ela esta em casa, almoça, janta e dorme aqui.
Vejo-a todo dia, e mesmo na correria consigo curti-la, tocá-la e beijá-la. Até uma breve massagem nos pés significa muito, um resgate a lembrança de quando era pequena, dependente, com tempo e muito mais minha.
Mas a vida é assim, possui o seu ritmo e seus caminhos, e graças a Deus hoje ela é forte, independente, responsável e feliz.
Então, como diz aquele ditado: “vou comendo pelas beiradas”, agradecendo pela oportunidade de tê-la em minha vida, admirando seu profissionalismo e competência. E, vendo-a feliz, de bem com a vida, credito um pouco disso no amor que sempre dediquei a ela, dos beijos, apertões e abraços dados quando tive mais oportunidade.
Sou um babão confesso pelos meus, não escondo esse sentimento de ninguém, por mais que para alguns possa ser exagero ou exacerbação sentimental doentia, não me interessa. Sou assim e continuarei assim, afinal, eles são o que tenho de melhor, “tive o cuidado de ficar com o que tenho de pior só para mim” .
Finalizando, tenho mais o dia de hoje para curti-la e vou aproveitar muuuito, afinal sou o pai e mereço. Já estou até planejando mais uma sessão de massagens nos seus pés. Até por que quem não procura, não encontra.
Eu? Vou correr atrás com certeza...
Até o próximo...

domingo, 5 de junho de 2011

MEU PEDIDO ESPECIAL...

Ela ta chegando de mansinho, tranqüila, maravilhosa e muito amada,
Vamos recebê-la sem que sinta nossas mágoas, nossos dissabores e nossas dúvidas,
Temos o direito de fazê-la acreditar na pureza dos gestos e na firmeza dos bons propósitos,
Temos o dever incondicional de ensinar-lhe que a família sempre será o mais importante na sua vida,
Falaremos baixo, num timbre meigo, feliz e de muito amor,
Abraçaremos forte, mas com a ternura necessária para que se sinta protegida,
Beijaremos com paixão, mas com a leveza e ternura que merece,
Ana Luisa, desde já saiba que teu avô te espera:

Ansioso, para conhecê-la e tê-la nos meus braços,
Feliz, de uma maneira que acredito só os vovôs sabem explicar,
Amando, de uma maneira especial e diferente, pois é mais forte, mais calmo, mais terno e muito mais intenso,
Particularmente, prometo que serei o melhor vô do mundo, terás muito colo, muito carinho, te protegerei e te ajudarei sempre,
Afinal, ser vô é ser pai duas vezes, portanto já te amo duplamente,
Seja bem vinda minha neta querida, TE AMO DE PAIXÃO...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pilates Cerebral...

Sabe aqueles dias em que acordamos felizes, particularmente mais que o normal. Sempre afirmei que sou otimista por natureza, e acrescento mais um adjetivo a minha auto-analise, sou feliz por natureza. Não tenho como normalidade estar triste ou carrancudo, raramente amanheço assim, ao contrário, agradeço a Deus por isso.
Mas todo esse “intróito” é para relatar o que me aconteceu hoje, como expliquei acima, hoje acordei feliz e bem humorado, fiz meu mate e acessei meus e-mails, obrigação primeira de meu trabalho. Dentre eles, um me chamou a atenção, me foi encaminhado por minha irmã Tanira, gostei, interessei-me e acreditei tanto que na mesma hora já repassei aos amigos da agenda. Tratava-se de exercícios que se deve fazer, principalmente depois dos 30, para manter os neurônios ativos e bem nutridos. Como diz o título do e-mail, “Pilates para o Cérebro”. Com o passar dos anos vamos tornando nosso dia uma seqüência contínua de procedimentos que não provocam nos nossos neurônios uma exigência de maiores funções por se tratar de repetições em cima de repetições. Com isso eles vão ficando mal nutridos e diminuem suas funções.
Resolvi naquele momento praticar um pouco fazendo alguma coisa de maneiras diferentes. Como estava pronto para tomar meu banho matinal achei por bem iniciar de imediato meus exercícios. Achei que se fizesse todos os procedimentos pré, durante e pós banho com os olhos fechados, coisa que nunca fiz, conseguiria exercitar meus neurônios a contento. Fui até meu quarto peguei roupas limpas e me direcionei ao banheiro, ao “adentrar” no recinto fechei os olhos e dei início à aventura da fuga da mesmice neural.
Inicialmente me senti muito seguro, pois coloquei minhas roupas e cueca tranquilamente em cima da cesta de roupas a lavar, e não vi nenhuma dificuldade neste ato, senti uma força interna que me impulsionava a seguir enfrente. Tirei minha roupa e joguei-a no chão como faço normalmente, já começando a gostar da mudança radical e sentindo cada vez mais segurança e força, procurei a toalha e vi que não havia toalhas no local, aí surgiu um pequeno probleminha, nada grave com certeza, tinha que abrir a porta e chamar a empregada para que me trouxesse a dita cuja até o banheiro, tive que abrir levemente a porta a fim de esticar o braço para apanhar a toalha. Meu temor era de que a pequena fresta que abri na verdade não fosse tão pequena e a D. Nilza me visse peladão e com os olhos fechados. Com certeza seria uma cena que ela jamais esqueceria e com certeza teria de enfrentar os tribunais por assédio sexual, porque ela nunca iria entender que estava daquele jeito por estar “exercitando os neurônios”. Acredito até que o juiz me internaria num sanatório pela cena e explicação que a ele daria.
Mas tudo bem, as coisas aconteceram normalmente, ela me entregou a toalha, como não gritou nem esperneou, interpretei como tudo nos conformes. Fechei a porta, coloquei a toalha no lugar e procurei a porta do Box. Neste momento surgiu outro problema, me deparei com a porta fechada, e acreditando ser a porta da direita espichei o braço para esquerda a fim de encontrar a outra e acabei esbarrando na prateleira onde ficam as centenas de cremes, xampus, desodorantes, cotonetes e outras “cositas más”, derrubando boa parte delas. Sorte minha que não tinha nada de vidro, pois não consegui identificar nos vários sons que se seguiram, nenhum parecido com vidro quebrando. Não interpretei como falha minha, apenas um obstáculo de percurso, que no mesmo momento creditei aos neurônios, pois com certeza “eles” deveriam saber identificar uma porta da outra. Mas tudo bem, quando abrir os olhos após o banho colocarei as coisas que caíram no lugar. Mudei de direção meu braço direito e consegui identificar a porta que faltava, o do lado direito. Abri as duas e entrei no palco principal de minha aventura. Após alguns segundos procurando a torneira do chuveiro, ao conseguir retirar meus dedos do meio das esponjas dependuradas na dita cuja, consegui identificá-la, girando-a para esquerda numa velocidade de quem é dono da situação, aconteceu o imprevisto, que também creditei a “eles” toda culpa não a mim, eles não previram que os primeiros jatos de água seriam totalmente gelados, com isso os recebi na cabeça e no peito como se fossem canivetes afiados a me penetrarem a pele. Meu grito foi imediato, PUUUUUUTA QUEEEEEE PARIUUUUUUUUUU. Recuei imediatamente sem me dar conta de que o Box é minúsculo e quase atravessei para o outro lado com uma porta grudada nas costas. Como o espaço dentro do box é muito pequeno tive de agüentar os vários estágios que se sucederam até aquecer a água no peito, utilizando todo meu potencial de macho. Foi difícil segurar aquela água gelada, mas agüentei!
Passado esse momento estressante que foi o choque de temperatura, com a água quente caindo sobre meu corpo, neste momento já feliz e tranqüilo, saí a procura do xampu. Confesso que mesmo sabendo que ele fica pouco acima de minha cabeça, numa pequena prateleira, foi muito difícil achá-lo, consegui encontrá-lo ao lado do meu pé esquerdo junto a outras coisas que derrubei. Lavei a cabeça tranquilamente, mesmo tendo gasto muito mais xampu que o normal, pois não conseguia sentir o volume dele nas mãos e derramei mais da metade do pote. Mas nada que possa estragar minha aventura.
O momento mais crucial foi achar o sabonete, também o derrubei no chão entre as duas dezenas de mais cremes e xampus que a Josi deixa no piso do Box, que posso jurar que alguns ali estão a 5 anos com o mesmo estoque. Mas deixa pra lá, isso é assunto que não devo entrar pois certamente ela tem suas respostas prontas a me derrotar. Ao procurar o dito cujo espalhei potes, os mais diversos e diferentes por todo o box, e confesso que não são poucos. Após vários segundos, duas batidas com a cabeça na parede e alguns quase “escorregões” resolvi abrir os olhos, pois senti que não teria condições de terminar meu banho sem uma tragédia. Na hora me espantei com tamanha bagunça que tinha feito, mas tranqüilo pois eram estragos fáceis de conserto.
Finalizando, credito com sucesso o meu exercício de Pilates para neurônios, fiz coisas que nunca tinha feito, a maioria de maneira errada, mas fiz e isso é o que importa. Com certeza meus neurônios mais do que elétricos devem estar também cansados pela quantidade de exercícios não habituais praticados. Só aconselho aqueles que querem praticar o Pilates Neural, que os façam com coisas mais simples como comer com o garfo e faca em mãos trocadas, caminhar pela casa de costas, ou quem sabe ou assitir TV de cabeça para baixo, mas nunca tentem tomar banho sem enxergar, não conseguirão atingir os objetivos e podem se machucar ou quebrar algo valioso.
Fico por aqui, até o próximo. Mas meus exercícios neurais com certeza vão continuar...

domingo, 8 de maio de 2011

Nada mais me espanta na Ilha Brasil...

Por desinformação confessa, esta semana me espanto ao saber por um amigo do salário que recebe sua esposa, professora do Estado, prestes a se aposentar após longos anos lecionando quase sempre no interior do município. Até aí tudo normal, as crianças necessitam aprender, estejam onde estiver, e ao fazerem concurso para preenchimento dessas vagas os professores antecipadamente sabem das imensas provações que terão pela frente. As infindáveis esperas por caronas para economizar o dinheiro do ônibus, o frio e a chuva a lhes fazerem companhia nos meses de inverno rigoroso, a obrigação “transmitida” pelos pais de educarem seus filhos problemas, os levando a perder tempo no que realmente interessa que são o estudo e o estímulo para que possam ser alguém num futuro próximo.
Após esse pequeno intróito, confesso meu espanto frente ao salário que escuto do amigo que recebe sua esposa, R$ 800,00 (oitocentos reais) por mês, isso mesmo, “toda” essa grana é paga ao profissional que deveria ser o mais importante do país. No nosso caso, deveriam ser os profissionais mais importantes, mas sabemos que não o são, tratados como babás dessa maioria dos jovens bitolados, mal educados e sem criatividade, diariamente sujeitos a agressões de toda ordem, sem estímulos para progredirem como cidadãos.
Meritocracia? Somente para aqueles que roubam em Brasília deixando uma farta comissão para o partido custear as próximas eleições, estes sim galgam degraus, conceito e moral, Delúbio que o diga. Assim como não existe quem os defenda (CPERGS), que por direito teriam esse dever, são pelegos do partido, filiados agem como cabos eleitorais dando amém às ordens do governador e companheiros vindas do politburo acima, e fazendo política de terra arrasada quando seu partido não está no governo.
Mas não quero entrar na área política, pois todos sabem minhas idéias e já cansei de dar soco em ponta de faca, por isso retorno aos professores e seus salários “fabulosos”, relatando aqui que o encarregado da propriedade rural da família recebe hoje um salário mensal de R$ 775,00. Isso mesmo, praticamente a mesma coisa que a professora estadual esposa do meu amigo.
Ele, o funcionário da fazenda, acredito estar recebendo o que merece, o salário acima com carteira assinada e todos os benefícios por lei, trata-se de um trabalho de responsabilidade que é cuidar da criação, colocando no papel os números dos animais que nascem e dos que são vendidos.
Sinto um misto de vergonha e raiva por ter de assistir impotente às manobras de um governo sem o mínimo interesse em educação, manobra essa que é uma das premissas da perpetuação do poder, dar esmolas mensais aos analfabetos, e que usem as páginas de um livro ou jornal somente na hora de irem ao banheiro.
Desculpas professora pela falta de reconhecimento, desculpas pelo salário que recebes, desculpas pelas poucas condições de trabalho que tens, mas infelizmente não sei como fazer para ajudá-los, a não ser colocando aqui meu repúdio à tua situação. Vamos torcer para que o Deputado Tiririca lhe ajude, com leis circenses (ir)responsáveis na comissão responsável pela Educação.
Até o próximo...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pura verdade...

O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS


Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)

D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...




Luis Fernando Veríssimo.




























O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS


Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)

D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...




Luis Fernando Veríssimo.







O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS


Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D - Delegado
L - Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

L - Não era para mim não. Era para vender.

D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L - Mas eu vendia mais caro.

D - Mais caro?

L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L - Os ovos das minhas eu pintava.

D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)

D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..

D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.

D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L - Às vezes. Sabe como é.

D - Não sei não, excelência. Me explique.

L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...




Luis Fernando Veríssimo.