domingo, 19 de dezembro de 2010

Pausa nas postagens... Reflexões de Fim-de-ano

Não ando com muita vontade de escrever, hoje fazem sete dias do último post, e continuo não encontrando a motivação. Este meu domingo começou com uma pequena mudança, esta induzida pela trágica manhã do domingo passado. Fiz meu mate, escovei os dentes, tomei o remédio da pressão, tirei água do joelho e ainda “não li a Zero dominical”. Minha grande estratégia para me manter tranqüilo, deixarei para lê-la mais tarde. Noticias ruins logo cedo não fazem bem à saúde, adverte o Ministério...
A grande motivação de ter todos meus filhos comigo neste Natal e Ano Novo já são motivos suficientes para desviar minha atenção e não conseguir escrever. Uma observação pertinente, quando digo meus filhos, já incluí noras e genros no bolo. Todos são alegres e muito queridos da mesma forma, enquanto não os machucarem é claro (brincadeirinha, rsrsrs).
Esta época nos “imbita” a reflexão do que passou, o que fizemos de bom, deixamos de fazer, poderíamos ter feito fácil-fácil, mas a preguiça e o comodismo não deixaram. Confesso que destes últimos cinco anos, este não foi o melhor de nenhum deles. Classificá-lo como pior não faz parte do meu dicionário, pois só o fato de estarmos todos relativamente bem de saúde já é uma benção e só tenho a agradecer. Mas bem que podia ter sido um pouquinho melhor, isso podia. Mas não vou me queixar deste 2010.
O que interessa realmente é a reflexão, aquela parada para pensar no que fizemos e nossas projeções para o novo que vem aí. De antemão já vou deixando meus desejos, muita saúde e paz no coração de todos. Coragem para mudar aquilo que deve ser mudado e para aceitar as pessoas como elas são (como é difícil para mim isso), manter a união da família acima de tudo, rir muito, chorar muito (de alegria é claro), mais sucesso para os que já têm e para os que estão chegando lá. Menos obsessão pelo material e mais pelo espiritual. Muito abraço, beijo (não to falando só de sexo aqui, hein??), feeling para descobrir onde estamos dando menos e poder compensar rapidamente.
Enfim, temos o Natal, Ano Novo e casamento do Pedro pela frente, vamos ser felizes ao máximo, rir ao máximo e nos manter unidos. Vai ser estas reuniões e comunhões em família que nos darão suporte e força para seguir em frente nossas vidas. Um grande beijão a todos.
E, aos meus imensos leitores desejosos pelos meus escritos, estejam em Torrinhas, terceiro distrito de Candiota, Rincão do Inferno, Água Boa, Vichadero, terceiro distrito de Piratini, segundo de Lavras, Morro da Cebola, entre outros, não teria como enumerá-los, meus desejos de saúde e paz. Mantenham a tranqüilidade, que logo minha motivação volte e continue a escrever normalmente.
Fico por aqui, até o próximo...

domingo, 12 de dezembro de 2010

DOMINGO... Que dia maravilhoso!!!

Quando estou na cidade o domingo cedo é maravilhoso. Acordar “temprano”, antes de escovar os dentes a chaleira já vai ao fogo e a erva para dentro da cuia. Dentes escovados, “joelhos esvaziados”, o passo seguinte é o remédio da pressão, mais que uma rotina é uma operação robotizada. Como não ser assim, a 5 anos que tomo este medicamento diariamente, não tem como não fazer parte da rotina matinal, o ato de tomá-lo tornou-se igual ao da higiene bucal. Este tempo, é o necessário para que a água na chaleira esteja no ponto ideal para o primeiro mergulho na erva na temperatura em que não a queime, nem tão fria de maneira que não traga nenhum benefício ao inchaço da dita cuja.
O estado de espírito é o melhor possível, todos dormindo, silêncio total em casa, nova previsão de chuva, as previsões anteriores não se concretizaram, mas como sou brasileiro, tenho o otimismo de nascença. Todos meus movimentos são acompanhados, a cada cruzada pelo sofá da sala, de um olhar de desejo a Zero Hora dominical. Seria um capítulo a parte falar sobre a edição de domingo, grossa, pesada, cheirosa e com tanta coisa a descobrir, mas deixamos isso de lado no momento, continuemos na minha prazerosa peregrinação matinal até poder sentar no sofá e colocá-la no colo, não sem antes sorver umas três cuiadas bem espumosas.
O silêncio continua total, o mate muito amargo e na temperatura certa, até os gatos estão dormindo, não miaram pedindo comida, com isso menos incomodo tenho. O tempo começa a ficar mais escuro la fora, noto daqui de dentro que a chuva desta vez deve vir mesmo, mais prazer sinto. Que dia maravilhoso, e isso que são só 6:30hs da matina. Promete ser fantástico.
Abro o jornal, mais que um jornal, uma baita fonte de informação para todos os gostos e assuntos. Retiro o caderno de empregos, o de veículos, o caderno dois e uma transformação daquelas que muitos mortais dariam quase suas vidas para conseguir surge na minha frente, com um peso inicial de aproximadamente 500 gramas, meu objeto de consumo se transforma num peso mais ou menos de 120 gramas. Mas venhamos, é 120 gramas de desejo, informação fresquinha, num local tranqüilo com a chuva quase chegando, maravilhosooooo.
Nas primeiras paginas uma matéria sobre professores que fazem os trabalhos dos alunos a pedido de seus pais, e bem pagos por sinal para isso. Já concluo, e fico puto com minha conclusão, como podem os pais pagar a professores para que façam aquilo que seus filhos deveriam fazer? É crime isso, relata um promotor. Reforço dizendo que existem dois criminosos, os pais e os professores e uma futura ameba, o aluno, que acha maravilhoso esse exemplo de seus pais, e de antemão já vão formando a sua base ética nestes exemplos maravilhosos.
Passo pra frente e me deparo com a matéria das inúmeras promessas que o Lulla fez para o Rio Grande e vai deixar de herança para a Dilma (não fazer é claro). Os atrasos nas obras federais, que só se mantiveram num pique digno dos grandes países, (Canteiro de Obras mesmo) antes das eleições. Me deu um aperto no coração, lembrei dos dias pré-eleição, quando tentava alertar as pessoas do mal que seria a continuação do governo PT. Aperto no coração não, to ficando puto mesmo, com raiva. E a chuva não vem, noto que o tempo ta começando a clarear.
Fui em frente, passei para a próxima página, me deparo com “as negociatas e fraudes” que acontecem nos repasses do nosso Orçamento Federal. Milhões e milhões de reais destinados a nada e lugar nenhum. Pqp, nesse momento lembrei que ontem recebi o IPVA do meu carro, 765,00, que loucura, toda essa grana que pago em impostos a partir de agora, até o sexto mês do ano que vem, vão ser desviados, roubados, até para ONGS que não existem meu dinheirinho vai. Vão para as Pts Q os Parius coruuptos de merda. To quase em estado raivoso, e o tempo lá fora ta esfriando, sinal que talvez não chova mais, a erva da cuia esfriou, pois desde a primeira página que não tomei nenhum mate. Caralh............
Mais uma chance te dou jornal de merda, virei a pagina tão rápida que rasguei algumas páginas, ufa, cheguei ao Editorial. O PAÍS DOS TIRIRICAS! Não acredito, milhões de analfabetos funcionais e não funcionais (sei lá o que é isso), muitos deles no Congresso Nacional. Pelo Pisa (órgão internacional que classifica a educação) somos quase os lanternas, ganhamos do Quirguistão (onde fica isso meu Deus), no que diz respeito a proficiência de nossos alunos em leitura, ciências e matemática, aqueles mesmos alunos que os professores da matéria da primeira página que eu me referi anteriormente, estão “ajudando”. Chega, é o fim, joguei o jornal longe, quase derrubo a árvore de Natal, era só o que faltava estragá-la depois de todo trabalho que a Josi teve. Acordei os gatos com meu gesto raivoso, estão miando aqui do lado pedindo ração, o mate esfriou, a chuva não veio, eu to puto, angustiando e raivoso. Que merda de Domingo, por que não fiquei na cama, por que tanta expectativa em cima de um dia simplesinho desses?
Que faço? Tava com vontade de trabalhar com madeira depois de ler o jornal e tomar um mate gostoso no silêncio da casa e ouvindo o som da chuva caindo. Mas, agora nem me atrevo a ligar a serra circular, pois neste estado raivoso que me encontro, sem a concentração necessária sou capaz de decepar a mão (e nem notar), ou antes de chegar na churrasqueira ter uma síncope cardíaca tal o estresse que estou. Vou dar uma caminhada, acompanhada por respirações de grávida, aquelas rápidas, contínuas e intermitentes para me acalmar, caso contrário explodo. Mas antes, prometo que vou ao banheiro e me limpo com esse jornal.
Fico por aqui, enquanto posso. Até o próximo e “Bom Domingo” a todos...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Divagando na Maionese IV

O que leva os indivíduos a cometerem atos insanos contra seus semelhantes? Temos acompanhado a endemia nacional que se tornaram os atos de agressão a homossexuais e às outras minorias, as cenas são diárias, muitas ao vivo apresentando requintes de crueldade. Não sou um “expert” no assunto nem pretendo debater idéias sobre esses acontecimentos, simplesmente colocar meu desprezo sobre os rumos que a sociedade, principalmente às de terceiro mundo para baixo, seguem atualmente.
Não me refiro somente da violência física, mas das outras violências também, como a corrupção, a inversão de valores sociais, a má fé, a falta de educação e vontade de ensinar dos educadores, e saliento principalmente, a ausência do pensamento positivo e crescimento do povo. Nossa matéria prima “povo” já nasce corrupta, sem-vergonha, aprende que ganhar sempre e sozinho é o objetivo maior de vida. Transgredir passou a ser entretenimento, passar o sinal vermelho é ganho de tempo, não devolver o troco recebido indevidamente são sinais de tendências fortes de empresário competitivo, corromper alguém então é a glória, diploma de esperto e bom negociador. Ao sair da boate, em bandos e covardemente bater num mendigo ou homossexual é demonstração firme de juiz, aquele que determina quem deve ser eliminado ou não, sensação enorme de conduta social.
Como é fácil atribuir culpas e responsáveis pelas nossas mazelas, nos lava a alma e nos coloca à margem de tudo. A corrupção é culpa dos políticos e empresários, a falta de educação é culpa das escolas e professores que nada ensinam, transgressão é culpa do sistema que nos mostram os transgressores ricos e felizes. Enfim, a culpa é deles não minha, meus filhos em casa tem uma educação exemplar, nos seus quartos TVs enormes e de última geração, computador mais moderno possível, celular com todas as funções possíveis, Ipod recém saído do forno, entre outros “benefícios” que uso para mantê-los fora do convívio desses marginais. Portanto eu faço a minha parte na educação deles, o problema são os outros pais, deixam seus filhos na rua até tarde, sem cobrança de seus direitos e deveres. Portanto, eu to fora, não me cobrem responsabilidades.
Já me disseram outro dia que tenho que parar de ficar tentando mudar o mundo, que devo mudar sim é minha vida, me disseram que não vivo mais no tempo do Woodstock, do paz e amor, da liberdade de não competir e sim de compartilhar. Os tempos são outros, nosso mundo é extremamente competitivo, temos de matar um leão por dia para nos mantermos nele, essas coisas dos que sabem e podem nos ensinar. Na verdade eu até concordo com muita coisa, a competição é muito grande, temos sim de matar um leão por dia para nos mantermos vivos, temos de ser competitivos e competentes profissionalmente, estar entre os melhores é nosso objetivo, nunca fui contrário a isso. Se é assim que temos de ser, que sejamos os melhores nesse sistema, mas que consigamos na “luta”, manter a dignidade e a moralidade como filosofia de negociação.
Podemos sim ter sucesso de outra maneira, muitos exemplos existem de pessoas que estão por cima e nunca necessitaram do uso dos artifícios modernos para chegarem lá. Eu só contesto as regras modernas de sucesso a qualquer custo, independente dos meios para alcançá-lo. Luto pelo desprendimento da alma, pela aposentadoria dos escudos e das regras imorais na negociação. Não pela volta do Woodstock, pois não existe mais clima nem pessoas para isso, mas quem sabe um meio termo, onde não exista imposição de idéias nem conceitos, mas o sucesso compartilhado com o sócio do lado. Se começarmos em casa esta “revolução”, quem sabe daqui uns séculos voltemos ao paz e amor.
Até o próximo...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Divagando na Mionese III. As Vidraças...

Eles começaram suas vidas mantendo as vidraças de casa sempre limpas. As lavavam e limpavam periodicamente, com isso podiam ver tudo claramente de dentro, e também para aqueles que se atrevessem a olhá-los, os enxergassem como são.
Acontece que o tempo passa, e muito rapidamente cobra no seu percurso a exposição verdadeira de suas vidas. A cobrança do verdadeiro vem a galope, as máscaras caem, os impulsos arrefecem, e por fim a amizade força a compreensão e doação. Acompanha esta fase o desleixo com a limpeza das vidraças, não sabem eles ao certo se é para que não enxerguem o que ta acontecendo lá fora, ou se é auto-proteção aos que olham, com suas críticas.
Aí vem aquele sentimento de preservação, e eles tentam esquecer que existem vidraças em casa, não chegam perto delas, pois é mais cômodo não vê-las, e não ser obrigado a limpá-las ou trocá-las. O tempo, as intempéries muitas vezes deixam marcas que nem a água e o solvente conseguem remover, então para que se preocupar com elas?
Por outro lado, eles sabem que, para limparem suas vidraças alguns riscos vão correr, podem não enxergar mais nada do outro lado ou ficarem invisíveis do lado de dentro. Quem sabe deixar a higiene delas para a chuva? Quando ela vem forte da uma frágil limpada, uma pequena melhorada e os confortam, pois acreditam, ou tentam acreditar, que não possuem mais aquele desejo de ficar olhando pela vidraça tentando ver coisa lá na frente.
Pena que existam as diferentes estações do ano pensam eles, pois seria mais fácil retirar as vidraças da casa e tudo seria cômodo, mas existe o inverno, o vento, a poeira, que os obrigam a colocar vidraças na sua casa. Com certeza seria melhor esta providência, mais cômoda e alienada também. Mas eles são assim, e pensam que as grandes maiorias o são, abdicam de limpar suas vidraças, esquecer que elas existem, e tocar a vida de uma maneira “adulta e profissional”.
Eu confesso que examinado suas vidas aqui do lado de fora, como tratam de suas vidraças, não consigo palpitar, pois os riscos e perdas se chocam de tal maneira com o comodismo e tranqüilidade, que bate uma baita sensação de que tudo isso é o que dizem ser a inclusão no “politicamente correto”. Quem sou eu para contestar isso?
Até o próximo...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Divagando na Maionese II.....

Tenho escrito algumas coisas sobre as vantagens do silêncio, do recolhimento, da introspecção e tal. Não lembro exatamente quando iniciei com essa mania, e outras mais doidas ainda, como adivinhar o que as pessoas estão pensando, quem são e o que fazem. Quando estou em determinado local, num ambiente onde estejam várias pessoas, tenho por hábito, como passatempo ou exercício (não sei de que), ficar olhando para determinada pessoa, e por seus gestos e feições, acreditar que possa descrever se é simpática, introvertida, durona, pessimista, baixo astral e tal. Algumas de minhas conclusões me dão a impressão de serem verdadeiras, com outras criaturas (meus bois de piranha), não identifico nenhuma característica, não consigo nada por mais que tente, e podem crer tendo tempo, tento muito mesmo. Pena que nunca tive coragem de descrever as minhas vítimas as conclusões que chego para saber se acertei. Mas sei que essas doidisses as tenho desde muito jovem, só que nunca acreditei ser coisa de “maluco”, e aos pouquíssimos que me atrevi a comentar esta façanha ganhei uma baita risada e cara de espanto como resposta. Tu és louco? Fumasse hoje? Ta drogado? Essas coisinhas básicas que os “normais” dizem.
Confesso e acredito acima de tudo num “dom” que seguramente tenho, e talvez todos os mortais também possuam, e não expõem a analise dos normais, que é, ao estar diante de uma pessoa de índole ruim, gananciosa, dessas que se quer distância, essa criatura me agride com sua presença, me faz mal, sinto a sua energia negativa pulsando. Acreditem ou não, esta pessoa de quem falo, não necessita nem falar comigo, basta estar num espaço muito próximo do meu que já sinto um mal estar e sua negatividade exalando. Esse tipo de sentimento que uma pessoa negativa me trás também já vem de muito tempo, nem lembro de quando.
Nem sei por que estou falado sobre isso, nem sei ao certo se é comum as pessoas sentirem a mesma coisa, se muitos conseguem esta façanha, devem agradecer por isso, pois neste mundo competitivo e de poucas amizades, pessoas negativas e interesseiras quanto mais longe melhor.
Por outro lado, dentro dessa mesma linha de pensamento, queria confessar uma coisa interessante, não sei ao certo se eu atraio esta situação pelo fato de ter a predisposição a ajudar ou é coisa de atração espiritual mesmo, mas já tive no mínimo cinco casos que lembre no momento, de pessoas que vem até mim em busca de ajuda, conforto e amizade mais precisamente, por estarem em tremendo baixo astral, por problemas familiares, financeiros ou outro qualquer. Alguns lembro perfeitamente, perderam seus amigos, se distanciaram da família e curtiam uma fossa das brabas. Nesta situação que estou expondo, com certeza nunca me senti a vontade, mas nunca deixei de mostrar minha amizade e apoio, sempre dei todo apoio e atenção possível. Muita energia negativa oriunda de seus sofrimentos tive de engolir até aprender a repeli-las, foi difícil no início, mas hoje consigo facilmente repelir essas energia negativa que exalam deles, mas também isso não significa que não tenha meus dias de negatividade. Não sou santo, nem tenho poder para manter minha vida sempre feliz. Muito pelo contrário, até por tentar sempre melhorar e achar um caminho correto para as dificuldades, que muitas vezes fico numa maré das brabas. Mas, voltando ao assunto, nos cinco casos que me refiro acima, todos que lembre foram bem resolvidos no final, não pela minha ajuda é claro, acredito somente que fui apenas um cabide a apoiar nas horas brabas, mas o que me chama a atenção, é que nunca mais me procuraram para agradecer o ombro amigo das horas brabas, não que esteja cobrando isso, pelo contrário, só o fato de terem resolvido suas pendengas, e deixarem de me encher o saco com suas negatividades, já foi uma vitória maravilhosa.
Para aqueles que tiverem saco de ler esse, ao menos fica o conforto de que, vocês não são pessoas negativas nem de baixo astral, caso contrário não as teria pro perto de mim. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
E vamos ficando com nossas vidas, nossos problemas, nossas dificuldades, mas tentando sempre melhorar e procurar saber diferenciar e separar sempre que possível aquela linha, a da compreensão e aceitação, da linha do egoísmo e falta de educação, que são tão próximas e paralelas, que se torna muito difícil identificá-las.
Fico por aqui. Até a próxima....

domingo, 5 de dezembro de 2010

Comparando N.Y a Bagé...

Ontem após assistir uma matéria na TV sobre a cidade de N.Y, sua diversidade e opções de entretenimento, os restaurantes que oferecem comidas de todos os países do mundo, uma água puríssima própria para consumo saindo das torneiras de TODAS as casas dos mortais, informações e orientações a disposição para qualquer caipira de primeira viagem, e as compras, um capítulo a parte, compra-se de tudo, do melhor e de qualidade extraordinária. Fica-se babando de desejo de aterrissar naquelas bandas.
Resolvi fazer um paralelo comparativo entre Bagé, a Rainha da Fronteira e N.Y dos sonhos de consumo de qualquer mortal. Vão me dizer, é covardia esta comparação, uma está no primeiro mundo, outra no terceiro e quase fora do país, 60Km mais adiante não pertenceria ao Brasil, eterna Ilha da Fantasia. “Por que não comparas Bagé com Hulha Negra?” As diferenças vão ser as mesmas, uma de terceiro mundo contra outra que ainda não consegue nem fazer parte desse mundo ainda. Aí seria mais certo, ainda mais que estão bem perto uma da outra e no mesmo Estado.
Eu respondo, vou fazer entre Bagé e N.Y sim, porque o dono do blog sou eu e portanto quem decide o que escrever. Quem não gostar que crie o seu espaço e compare a seu bel prazer. Portanto vamos lá:
1. Diferente de N.Y, nós por estes pagos, além da pouca quantidade e dificuldade de acesso a água, somos conscientes de que ela não é inodora, é cloro puro mesmo. Pois segundo os gestores municipais é mais fácil “atracar” cloro para matar os germes do que fazer manutenção dos encanamentos. Neste quesito água, fica difícil a comparação, primeiro porque nunca tomei a água deles, e segundo não sei de fato o gosto natural da água, pois moro em Bagé a 54 anos, já me acostumei com esta, o que de certa maneira me da uma tranqüilidade por saber que jamais terei uma doença proveniente de carência de cloro, se existir esta doença é óbvio.
2. Entretenimento? Vai ser difícil a comparação, mas vamos lá: tivemos o Ballet Bolshoi, os sábados do sertanejo universitário nas boates, os shows de forró no Comercial, os ótimos passeios ao entardecer dos finais de semana na quadra da Praça do Colégio Silveira Martins, com uma concentração enorme de jovens bebendo cerveja, aos gritos e ouvindo um som extremamente alto, um elixir para os ouvidos, perguntem a quem mora naquela redondeza e quer atravessar a Tupy Silveira de carro... impossível! Não posso esquecer-me da Feira do Livro, opção muito prestigiada, para uma população de aproximadamente 140.000 habitantes, dados do último censo, teve uma marca nos seus dias de duração de quase 1.500 pessoas conferindo os estandes. Fantásticos esses dados, pois eles nos mostram que, se todos que compareceram a Feira comprassem um livro, teríamos só nessa feira uma porcentagem 0,010 livros lidos por habitante. Bota média alta nisso, se compararmos ao tempo que perdemos assistindo novelas, jogos e outras coisas de fundamento que só a TV brasileira é capaz de oferecer, ainda conseguimos esse feito impressionante na leitura. Confesso que não sei a média per capta do consumo de livros deles, então não vou comparar, deixo em aberto este quesito. Temos o “Complexo da Santa Tereza”, local extremamente lindo e com uma variedade imensa de obras a apreciar. Lá podemos encontrar sempre algumas da figuras expoentes da cultura bageense, sempre prontas a contar a história do local a todos que por lá chegam, uma média de 8 pessoas por semana, isto quando os finais de semana são de sol claro e temperatura amena. Outro detalhe a aprender com essas criatura ligadas a Cultura que la se encontram, são os conhecimentos que nos transmitem sobre a história da cidade, e suas defesas ferrenhas em favor dos paralelepípedos de nossas ruas. Chegam a ser emocionante e prazeroso ouví-los na defesa dessas pedras maravilhosas e que tão bem fazem a nossos veículos e ao tränsito. Confesso somente não entender o porquê de cidades onde se respira cultura como a Grécia, Roma, Paris, entre outras, ainda não terem se dado conta disso e não substituírem seus asfaltos por estas pedrinhas simpáticas? Credito esta falha das cidades históricas somente ao fato de seus gestores não conhecerem Bagé e nossas ruas.
3. Trânsito? Não vou nem comparar, damos de 1.000 a zero neles. Nosso trânsito é melhor e mais emocionante, podemos até fazer apostas enquanto buscamos local para estacionar nosso carro, tipo, quantas voltas darei até achar uma vaga. Este quesito é nosso, eles que fiquem com aqueles congestionamentos enormes que nós ficamos aqui com nossa procura por vagas que é mais prazeroso.
4. Alimentação? Acho que é uma disputa acirrada, não temos aqui a variedade de restaurantes e comidas exóticas deles, mas temos nossos locais para fazer uma boa boquinha. Temos o Betemps, o Arlindo, o Mário, entre outros, nos finais de semana é claro, pois no restante da semana é reaproveitamento das sobras, aí não fica muuuito gostoso. Mas é carne do Pampa, é nossa, da Fronteira, e como somos bairristas, independente de estar dura ou macia, comemos com maior gosto. Oigalhe-te macho seu. Tem o Pastelão, mesmo que todos tenham o mesmo gosto, os pastéis são fartos, sacia a fome de qualquer peão. Pizzaria? Temos 3, a escolher e fartar qualquer vivente de bom ou duvidoso gosto. De Muzzarela, das pizzas doces, até de mondongo se encontra. Tanta variedade que deveriam escrever uma matéria como conseguem numa enorme variedade de pizza, fazê-las todas com gosto só de Muzzarela? Imaginaram o sucesso dessa matéria? Fora isso, temos os carrinhos de cachorros quentes, vários por quadra. Não sei ao certo se são bons ou são baratos, pois estão sempre cheios, e confesso que nunca li uma matéria sobre alguém ter passado mal ao comê-los. Ou, se morreu não conseguiu reclamar.
Existem muitos quesitos ainda a serem comparados, mas esse ta ficando muito extenso, vou deixar para outra oportunidade a seqüência. Mas de antemão já declaro minhas conclusões, confesso que melhor que nós os Nova Yorquinos só tem o tamanho da cidade e o número de habitantes. Há, outra diferença, eles estão na costa atlântica e nós na fronteira com o Uruguai. De resto não vejo grandes diferenças, podem até me dizerem que eles falam inglês e nós não, replico dizendo que falamos um dialeto gauchesco-hispano-portunhol, quase sempre em voz alta, que é nossa marca de registro exclusiva.
Fico por aqui, até o próximo...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Nego Mario 3, e seus ensinamentos...

Aprendi a conhecer o Nego Mario nos encontros anteriores, e confesso ser uma grata surpresa encontrá-lo sempre. Um papo com ele é muito gostoso, melhora meu dia, me deixa mais leve e de bem com a vida. Ele tem o dom de me fazer pensar e questionar minha vida, me ensina a ver no simples e pequeno a beleza que procuro nas grandes coisas.
Mesmo sendo um andarilho, sem casa nem trabalho, ele tem muita coisa a ensinar. A maioria vira a cabeça e o olha com desdém, daquela maneira que se olha um cachorro sarnento, vira-latas. Até comida algumas vezes negam a lhe oferecer, "poso" nem pensar, mas já se acostumou com isso, diz até que prefere os campos à beira da estrada, a companhia de uma boa árvore e o silêncio da noite para descansar das jornadas do dia, do que a indiferença e o desprezo daqueles que o recebem.
Mas até nisso o negão me ensina com suas palavras, “serei eu o doido mesmo”? Na minha vida não existe pobreza, riqueza, competição, herança, humilhação, estas coisas que vocês têm no dia-a-dia. No meu dia tenho paz, liberdade, tranquilidade para ir e vir, e o mais importante, tenho a natureza e o tempo suficiente para me conhecer. Tens isso tudo na tua vida? Tens a liberdade de pensar em ti e o tempo para apreciar a natureza?
Te conheces, sabes quem és? Pergunta o Nego Mario com os olhos fixos em mim. Sabes quantos sonhos não deixastes que outros a tua volta realizassem? Ou, quantos sonhos não realizastes para poderes transparecer aos outros tua lucidez? Tu viajas pela tua mente? Consegues ser livre de todos os preconceitos e amarras que a sociedade impõe para ser “politicamente correto”? E mais uma vez, como das outras vezes, ele me questiona com suas perguntas, finalizando sempre com a célebre pergunta: SOU EU O LOUCO?
Vocês estão sempre buscando o sucesso, os bens materiais e o conforto e esquecem de buscar o sucesso da alma e da paz espiritual. E quando atingem o “sucesso” necessitam se preocupar mais ainda na manutenção deste sucesso. Mais estresse e preocupações surgem para se manter neste estágio. Todos me acham insignificante e pequeno, mas pergunto, Deus não se fez pequeno também para tornar os pequenos grandes? A que leva a postura crítica, a expressão acadêmica e a cadeira de notável, se isso tudo traz a ausência de humildade e a falta de solidariedade?
Encontrei o Nego Mario esta semana, e mais uma vez saí feliz de nosso encontro, mais uma vez ele me ensinou que a felicidade está dentro de nós, em fazermos aquilo que nos dá prazer. Que posso ter um dia maravilhoso ajudando um filho, jogando bola com outro, regando uma orquídea, abraçando o do lado, do que ficar procurando coisas a comprar para me fazer feliz.
A vida é um contrato de risco, fracassar e perder faz parte deste contrato. Não podemos é nos aprisionar com medo das cláusulas para não corrermos o risco de enterrar nossa consciência. Mais um encontro com o Nego Mario, mais feliz fiquei com nossa conversa e o desejo de sempre encontrá-lo pelas estradas da vida.
Na despedida, me pergunta ele: já terminou a eleição? Ganhou teu candidato? Na mesma hora fiz cara feia e disse que não. Ganhou a outra, aquela cria do atual. - Ela? Retrucou o negão, é uma mulher? Claro, uma mulher, do mesmo partido do atual, uns ladrões e corruptos respondi. Olha doutor, disse ele, nunca subestime uma mulher, pois ela possui a sensibilidade e o feeling para ver nas pequenas coisas o poder e a grandeza, que nós acreditamos só ter nos grandes feitos. Quem sabe não dá certo hein, "dotor"?
Me calei novamente, concordei balançando a cabeça, mas por dentro minha consciência crítica, típica dos pobres de espírito, já sentenciava a presidenta culpada, mesmo antes de começar a reinar. Mais uma vez me intriga o negão, como ele consegue saber das coisas assim, de onde ele tira esses ensinamentos? Só consigo creditar ao tempo livre que possui para pensar, cuidar da mente e do espírito, e principalmente se livrar das amarras sociais as quais pertencemos. Só pode ser isso.
Mesmo não tendo as resposta, sei que gosto de encontrá-lo e conversar, mesmo que seja breve, pois ele não esquenta muito o lugar, logo se despede e cai no mundo. E, eu retorno ao “nosso mundo”, cada vez sabendo que não devo procurar mudá-lo, e sim eu tenho que mudar, e assim de alguma maneira, sem amarras possa com meu exemplo fazer minha parte.
Fica meu desejo de que, se um dia passarem pelo Nego Mario por alguma estrada, se tiverem coragem parem, converse com ele, no mínimo vai ser divertido, vão gostar.
Fico por aqui, até a próxima...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gregos e Troianos...

Como é difícil conciliar “gregos e troianos”, cada um tem seu modo de pensar e agir. Uns são mais tranqüilos, mais de boa, outros podem fazer uma tempestade num simples copo de água, outros se acham que mais azar ou sorte. Enfim, as diferenças são muitas e o convívio fica mais difícil. Dir-me-ão vocês, mas ninguém é igual, todos somos diferentes, Deus nos fez assim e devemos conviver com essa verdade, que seria do cinza se não fosse o branco, etc...
Concordo em numero gênero e grau com essa afirmativa, apenas neste, analiso as dificuldades que tenho para conviver com essas diferenças, mesmo fazendo o possível e quase impossível, em cima de meu escasso conhecimento didático-psicológico, para tentar ser o mais justo e imparcial possível no tratamento com eles. Apesar de creditar na distância a maior dificuldade para que entendam minhas atitudes, a sede e a impaciência por resultados, própria da idade dificulta muito o andamento de meus planos. Nem a história do nosso passado nestes momentos não serve para amenizar um pouco os ânimos, história essa que me ajudaria muito no sentido de mostrar meu amor, minha imparcialidade e meu eterno desejo de sucesso geral.
Aí dialogo com meus botões: analisando e reanalisando minhas atitudes não me sinto tão errado, pelo contrário, acredito estar correto no que estou fazendo, mesmo assim mudo minhas atitudes para trazer alegria, mesmo que sejam passageiras? Aborto aquilo que acredito e faço o que não acredito?
Não sou e nunca serei daqueles que dizem, OK vocês venceram, lavo minhas mãos, se é para o bem geral eu mudo. Eu não sou assim, não quando se trata de Gregos e Troianos, aí sou diferente. Ainda mais quando o amor está presente, aí me sinto muito a vontade em lutar pelo que acredito. Sei que muitos acreditam que sou intempestivo, e podem até terem suas razões, mas em se tratando de temas mais íntimos, mais de sangue, tenho meus rompantes racionais sim. Só sinto quando duvidam das minhas intenções.
Fica uma enorme dúvida, me deixar vencer, ou melhor, fazer aquilo que não acredito, assistindo de fora os acontecimentos, me sentir de fato “não estar contribuindo”, e deixar as coisas seguirem pela estrada mais difícil e tortuosa, ou lutar e lutar.
Enquanto meus botões não me respondem fico por aqui, reafirmando sempre meu grande amor e desejo de sucesso e uma vida feliz.
. Mas que é difícil isto é...
Até aproxima...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Com uma crise aguda na coluna e divagando na Maionese...

Crise aguda na coluna, não existe uma posição possível que alivie essa dor. Retorno aos antiinflamatórios. Uma vontade de mandar o mundo a pqp.
Herança do Darião. Fico pensando com meus botões, como pode um PAI deixar de herança para um filho um problema genético como esse? É dose. Com tantas possibilidades possíveis para que ele me deixasse de legado, como por exemplo: ser bom atirador, ter habilidades manuais, não gostar muito de bebida nem de churrasco, não, ele tinha que me passar na genética os problemas na coluna, os cabelos brancos precoces e a “pequena” tendência a obesidade... Brincadeirinha dele, hein?

Fazendo uma pequena análise de consciência, faço minha “mea culpa”, pois ao receber estes problemas de coluna, repassei para meus 3 filhos. Talvez inconscientemente uma maneira que encontrei para que também eles lembrem sempre do avô e do pai. Mas nem tudo para alguns são só espinhos, Para a Mariana, junto com as hérnias, escolioses e lordoses que herdou, deixei também meu dom artístico, a dança, e isso está muito forte nela, todos sabem, graças a mim.

Com certeza, depois de desencarnar, terei uma conversa a sós com o chefão lá em cima, ao pé do ouvido tentarei dar algumas idéias, entre elas a possibilidade de, antes de nascer, escolhermos no máximo um “problema” genético do pai e um da mãe.

Se isso hoje já fosse possível, antes de ter nascido teria escolhido como problemas a carregar para o resto da vida, os cabelos brancos precoces do pai e o dom musical da mãe. Não teria pedido para herdar dela o gostinho por uma boa birita, herança que com certeza ela me passou para que nunca esquecesse seus antepassados Mércio ou Gomes. Acho que foi desse povo mesmo, mas vou perguntar a ela a origem desses gens.

Tenho vários dons espetaculares, muitos objetos de consumo de muitas pessoas, posso até humildemente revelar alguns:

· Meu bom senso e humildade para reconhecer meus erros. Salvo quando as pessoas discordam de minha opinião, é claro.

· Minha perseverança na resolução dos problemas. Quando são pequenos e fáceis de resolverem, pois ninguém é de ferro.

· Minha facilidade de me fazer entender. Principalmente quando são crianças na platéia, e eu aos gritos as deixando assustadas. (Uma técnica infalível que uso nessas horas).

· Meu QI, um dos mais altos que conheço. Vejam o do Tiririca e comparem.

· E, acima de tudo, meu espírito brincalhão. Comparem com a jogadora de vôlei MARI da seleção brasileira. Fácil, fácil.

Como é difícil viver nos nossos tempos atuais, pois além das malesas típicas dos tempos modernos, como a que carrego, tem essa vida corrida do dia-a-dia, os tributos a serem pagos ao governo, o intervalo muito grande das reuniões com churrascos, um jogo só do Inter por semana, o tempo que leva um antiinflamatório para agir, a falta de chuva, ter que cortar o cabelo todo mês, os 7' que leva uma água para ficar no ponto do mate, entre outras coisas.

Não somos habitantes de uma determinada região ou povo, somos sim “sobreviventes” dessa região e do sistema que fizemos com a intenção única de nos auto-prejudicar. Masoquistas por natureza “genética”.

Confesso a todos que “não quero” mais ser rico, não quero ter muita grana no banco, não quero pagar impostos, Unimed, luz, previdência, etc, quero somente a tranqüilidade de ter o mínimo necessário para uma vida boa com qualidade. Por isso que defendo a tese de que, todas as pessoas que pensam como eu, não deveriam mais pagar impostos, nem correr atrás de dinheiro, deveriam sim viver na contemplação, pensando somente em coisas boas para si e para ou outros. Sem ganância nem secação do sucesso alheio. No máximo uma casa confortável, um carro em boas condições, luz elétrica, Unimed, freezer cheio de carne de churrasco, estoque de cerveja, jornais e revistas de boa qualidade, um notebook, frutas e legumes á vontade, algumas pescarias, ausência total de carteiros colocando faturas ou duplicadas por baixo da porta, e muito tempo de sobra para sonhar e criar.

Tem tantas coisas que não consigo fazer como: caminhar numa mata virgem, coisa que planejo a anos e não faço, ir todos os domingos ao Beira Rio, descobrir uma fórmula mágica para fazer uma lobotomia bilateral nos adeptos do Pt, ter 2 ou mais fígados, 2 corações, mais um rim, uma coluna vertebral de reserva na gaveta do quarto, coisinhas poucas, singelas mas que me fariam muito feliz. Não as tenho como sempre desejei, e cada vez as vejo mais distantes e difíceis de conseguir.

Tenho que me conformar com essa vida, mas na próxima com certeza vou fazer um acerto prévio que o patrão lá em cima. Quero mais tranqüilidade, menos problemas para resolver, posso até seguir com pouca grana, isso não me preocupa mais, mas quero ter também pouca coisa para pagar. Os mesmos filhos, a mesma mulher (a testar meus limites diariamente), a mesma família, mas a mãe, o cunhado e a sobrinha-afilhada que venham coloradas desta vez.

Tem que sonhar, e muito, pois quem sonha seus males espanta. Até a próxima...

domingo, 21 de novembro de 2010

Deixa estar Jacaré, essa lagoa vai secar...

Desisti da operação “Abu Dha: Bi”, abortei a operação por falta de patrocínio. Não vou mais viajar. As empresas e pessoas físicas das quais esperava contribuição não compareceram. É a crise, é a globalização que a espalhou rapidamente, iniciada primeiramente nos Estados Unidos, e hoje presente na grande maioria dos países, com certeza uma das piores, difíceis e demoradas de superar.
Mesmo com todos os esforços do nosso presidente e sua equipe econômica, estamos sim numa recessão. Acreditem, estamos passando por uma.
Tenho acompanhado pela imprensa através dos boletins informativos fornecidos com total credibilidade e seriedade, as viagens de negócios que Lulla e toda sua equipe tem feito ao Irã, Afeganistão, Cuba, Venezuela, Bolívia, Haiti e alguns países da África, em busca de soluções para a crise. Particularmente não culpo nunca o Presidente pelo momento difícil que passamos, pois sei que ele fez e está fazendo o máximo para a solução desta crise.
Lembro até da performance da nossa equipe econômica e diplomatas nas 2 últimas reuniões do G20, onde “Lulla” esbravejou, criticou, e em determinados momentos até ofendeu, com muita propriedade, os líderes que lá se encontravam, da Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Coréia do Sul, França, entre outros, todos sentiram a mão de ferro de nosso presidente a mostrar os caminhos a percorrer e nosso desdém para com eles. Para nosso deleite e orgulho, nosso chefe da nação enquadrou todos eles e mostrou nossa força e importância no contexto mundial. Perdão pelas palavras, mas eu quase ejaculei de alegria.
Afirmava Lulla e equipe:
Por que não buscam no Haiti exemplos de organização e saúde?
Por que não se espelham em Cuba na liberdade de expressão e informação?
Por que não visitam a Venezuela busca por melhores exemplos de empresas fortes, produtivas e geração de empregos?
Por que não copiam os bons exemplos que o Irã nos trás na resolução ultra rápida de seus conflitos? Seja nos homens bombas do Talibã, ou no apedrejamento sumário sem julgamento?
Isso só para dar pequenos exemplos de gestão.
Muitas das soluções para os problemas mundiais estão bem próximas de nós, mas o pessoal do G20 não enxerga. Até uma possível consultoria com o Lulla, já que ele esta deixando o governo em janeiro, seria uma solução viável e não tão cara para eles.
Com certeza nosso presidente não vai se oferecer para resolver os problemas dos outros países, pois é um cara de muita seriedade, sobriedade e possui aquela humildade que só os grandes líderes possuem. Mas, se convidado for, tenho certeza que saberá avaliar dentro daqueles conceitos de integridade e moral, que sempre regeram suas ações, a urgência e humanidade da situação e com certeza aceitaria.
Mas, enquanto esses “paisezinhos” da América do Norte e Europa vão penando nesse momento de viés econômico, nossa marolinha tá passando, segundo as últimas informações divulgadas pelo mestre da informação, Dr. Franklin Martins, o que nos dá maior tranqüilidade e certeza de um futuro sempre melhor.
Reforço mais minha crença na superação da “marolinha”, quando leio na imprensa as constantes reuniões de trabalho que Lulla tem feito com o Chávez, com a Cristina Kirchner, Evo Morales, e com o Fernando Lugo, na busca de soluções mais rápidas e eficazes para nossa economia.
Por causa dessa crise toda e muito mais, que vejo frustrada minha ida ao Mundial Interclubes, pois as empresas e pessoas físicas responsáveis pela minha viagem, na preocupação com a crise mundial, apertaram seus cintos, cortaram gastos e fiquei a ver navios.
“Deixa estar jacaré, essa lagoa ainda vai secar e te mato a pauladas“. Traduzindo: mais outros Mundiais virão, o Internacional com certeza estará presente, as empresas muito mais fortes e terei patrocínio fácil.
Onde arranjo tanto otimismo e certeza disso? Nela, na minha futura presidenta Dra. Dilma Rousseff, ela afirmou que vai “acabar”, “zerar”, “destruir”, “escafeder”, com a pobreza no país. E com a certeza e o otimismo de suas palavras, posso afirmar que no momento que isso acontecer, nossas empresas estarão fortes, a economia exuberante, o povo feliz e esse contexto todo vai me levar ao Mundial. Que felicidade!
Na espera, fico por aqui. Até a próxima...

sábado, 20 de novembro de 2010

Sonhei que era o Capitão Nascimento...

Sonhei que era o Capitão Nascimento, um dos melhores sonhos da minha vida. Distribuí tanta porrada em político corrupto que terminava o dia exausto e com a mão machucada. Meu sonho maravilhoso iniciou aqui pelo Rio Grande mesmo, devo ter dormido alguns minutos mais tarde, pois não lembro de ter iniciado minha peregrinação por Bagé, deixei os corruptos daqui talvez para outra noite.
Minha chegada em Brasília foi espetacular, pois muitos dos corruptos já tinham ouvido falar da minha passagem pelo Maranhão onde não deixei nenhum Sarney de pé, inclusive a filha entrou no rodo, e estavam escondidos nos banheiros e gabinetes particulares. Lembro que triunfalmente derrubava as portas e iniciava o espancamento sempre a enumerar e explicar bem alto os motivos porque estava batendo. Alguns, eu até nem sabia porque batia, mas com certeza eles sabiam por que estavam apanhando.
Foi a glória. Eu era o próprio “Exterminador dos Políticos Corruptos”. Tarefa que seria árdua, pois se tratava da maioria, e como são milhares, o serviço ia durar muito tempo. Era uma operação apoiada por quase toda população brasileira, que aos gritos, bandeiraços e frenesi geral, me pediam para participar do extermínio, mas deixava bem claro que essa tarefa era minha, eu tinha tido a idéia e deveria fazer o trabalho sozinho. Por onde passava deixava um rastro de gabinetes destruídos e parlamentares acabados de tanta porrada.
Meu êxtase particular aconteceu ao chegar num determinado local, nesse momento já tinha saído do Câmara dos Deputados e do Senado deixando um rastro de destruição, não lembro agora se era no Planalto, Alvorada ou outro local, só lembro que vi uma placa informando que ali se encontravam o José Dirceu, Roberto Jefferson, Ciro Gomes, Franklin Martins, e muitos outros companheiros, planejando o próximo governo e discutindo a divisão da grana, lembro até que ouvia gritos lá dentro dizendo que eles tinham a princípio 4 anos de governo, e que não havia necessidade de roubar tudo no primeiro ano, tinha que ter grana para aumentar um pouco a bolsa família, deveriam ser gestores eficazes, isto é, sem esmola para o povo, o roubo deles tinha data para terminar, essas coisas que nós simples mortais não entendemos muito.
Foi o ápice do meu sonho, abri a porta com o pé, e como “eles” não sabiam da destruição que eu tinha feito lá atrás, me receberam aos gritos de: Quem és? Que queres? Teu nome está na lista? Se não está coloca na lista que tua vez vai chegar também, coisas de gestão de governo que nós, também míseros mortais, não entendemos nada.
Voltando ao meu sonho, fechei a porta e comecei a executar meu trabalho, com eficiência e ardor, pois ali estavam os protagonistas do esquema, foi muita porrada, muitos choravam e pediam que não batesse mais, outros até prometiam devolver parte da grana que tinham roubado, diziam que era só mandar um navio nas Ilhas Virgens, Caymann, e outros paraísos fiscais, que enchiam o dito cujo e devolveriam tudo, mas não queriam apanhar mais. Estavam tão acostumados a machucarem os outros que não sabiam o quanto doía serem machucados, suas caras de pavor e medo me deliciavam. Eu me fazia de surdo, e seguia a porrada, um por um entrava na execução, com calma, sem pressa, pois sabia que naquele momento estava representando mais de 160.000.000 de pessoas, e não podia decepcioná-las. E vá porrada atrás de porrada. Sem dó nem remorso, era uma punição exemplar. Merecida.
Foi quando neste momento, mágico, de tão exaltado, coração batendo a mil, me acordo, desperto daquele que estavam sendo um dos mais importantes feitos da minha vida, pqp como isso aconteceu? Tinha sido um sonho? Eu não era o Capitão Nascimento? Todo aquele extermínio de corruptos não tinha acontecido?
Que decepção. Que tristeza. Ficou um sentimento de dever não cumprido. Ficou um sentimento de débito imenso com a população brasileira. Como isso tinha acontecido? Logo comigo que sempre tinha esse sonho a sonhar?
Será que eles, o povo, iria me perdoar por ter sido somente um sonho? Que será daqueles milhares que me acompanhavam no meu extermínio? Decepção sem par!
Quando sonharei este sonho novamente? Tem muitos locais que não deu tempo de visitar, não fui ao Rio de Janeiro, não fui à maioria dos Estados do Nordeste, nem no Mato Grosso do Sul passei. Faltou muito trabalho. Deixei meu serviço incompleto. Preciso voltar a sonhar em ser o Capitão Nascimento novamente, o povo clama por isso, não posso decepcioná-los.
Enquanto espero, fico por aqui. Até a próxima...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Até que ponto vai a vaidade....

O que leva pessoas concorrerem a cargo numa empresa falida? A busca pelo poder? A sede sem limites pelos holofotes cega os de visão curta e inteligência limitada. Em VIVA a ignorância "deles"...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Post Final Viagem França...

Tinha que aproveitar antes de fechar meus posts a respeito de nossa viagem a França para fazer alguns comentários que julgo interessantes, nada tão importante assim, mas que gostaria de deixar registrado, quem sabe numa outra oportunidade daqui uns anos possa voltar e conferir com as observações que deixo aqui, antes deixando claro que são observações particulares de quem tem hábito de ficar observando as pessoas, a Josi pode confirmar esse meu hábito, pois as vezes me chama a atenção por estar observando detalhes nos outros, que para a maioria das pessoas são coisas insignificantes.
1. Fiquei impressionado com a quantidade de fumantes em Paris, eu que tenho ogeriza a cigarro me saltou aos olhos e narinas principalmente este fato. Em qualquer lugar, fosse às ruas ou nos bares, (na parte externa) com certeza mais de 60% das pessoas estavam “pitando”. E cigarros mais fedorentos que os nossos, inclusive é moda entre os nativos o uso dos cigarros “por fazer”, e mais interessante ainda o fato de colocarem um tipo de filtro ou piteira na hora de enrolá-los.
2. Leitores, outra coisa que chama a atenção, no metrô ou em qualquer lugar que eles estejam parados, com certeza uma grande parte deles com seus livros abertos atentos as leituras. Não tive oportunidade de procurar o consumo per capita de livros na França, mas com certeza é muito grande. Talvez uma característica diferente da nossa, não? rsrrsr
3. Outra coisa que saltou aos olhos foi o estado físico das pessoas, apesar de consumirem muito pão, poucas frutas por causa dos preços proibitivos, e pouca verdura, raríssimos obesos perambulam pelas ruas. Estamos acostumados às notícias alarmantes de que mais de 30% dos norte-americanos estão na faixa da obesidade, e por serem também os franceses de primeiro mundo, acreditei que assim como os americanos e nós brasileiros, também eles tivessem uma taxa muito grande de obesos, muito pelo contrário, os caras são elegantes , chiques do “úrtimo”. Vou procurar saber qual a alimentação do dia a dia deles, para que sigamos por aqui, agora se não comerem churrasco nem tomarem cerveja, sigo na minha dieta que é melhor.
4. Um detalhe que achei legal demais foram os músicos que se encontramos nos metrôs, em quase todas as estações encontramos apresentações, e quase todas elas de excelente qualidade, na sua grande maioria fazendo um som que dava vontade de ficar curtindo, música francesa, americana, tango, reggae, até uma pequena orquestra sinfônica encontramos nas profundezas da terra. Além da limpeza, segurança e qualidade de informação, estar sempre ouvindo uma música legal ao transitar pelo metrô é muito prazeroso.
5. Outro detalhe que me chamou a atenção foi a quantidade de negros, marroquinos, muçulmanos, enfim, imigrantes dos países do norte da África. Com certeza, na cidade de Paris, metade deles são desses países. A princípio educados e bem comportados, somente duas Argelinas que quiseram me roubar a carteira e se deram mal.
6. E para finalizar, só um pequeno detalhe, o salário mínimo na Bélgica é de € 800,00, não sei na França, mas deve andar pro perto disso. Numa conversa com uma Belga ao ficar sabendo que nosso salário mínimo era em torno de € 200,00, ela colocou as mãos na cabeça e perguntou, como conseguem viver com esse dinheiro? Não soube explicar, somente falei que conseguem chegar vivos ao final do mês, e estão tão satisfeitos que mantiveram o mesmo governo anterior....
Até o próximo...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Retorno de viagem, no Galeão...

Estamos no Galeão, são 11hs e pegamos o vôo para POA daqui á 1 hora. Nosso retorno foi tranqüilo, conexão em Lisboa com espera de 2hs no local. Cabe aqui uma observação, mesmo que não tenha nada a ver com nossa viagem, tem a ver com nosso país, se considerarmos o Galeão como exemplo a ser comparado em termos de Aeroporto, estamos muito atrasados. Estivemos de passagem 3 vezes por aeroporto, duas em Paris e 2 em Lisboa, e posso afirmar que estamos muito aquém em organização e funcionabilidade. E a Copa do Mundo ta chegando, tenho pena dos que chegarem aqui no Brasil, vão penar muito.
Voltando ao assunto viagem, posso afirmar que foi um sucesso em todos os quesitos, aproveitamos muito, muitas fotos, muitos fatos para contar, e gastamos menos da que esperávamos, e trouxemos “pila” de volta. Quem sabe já da para ir pensando numa próxima, brincadeirinha, é muito cedo ainda.
Vou ficando por aqui, com certeza tenho várias observações a fazer, e as farei nos próximos posts. Observações sobre as pessoas, o corre-corre delas, alimentação, hotel, e outras cositas mais.
Então, fico por aqui, até o próximo...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

LA NUIT DERNIÉRE A PARIS...


Estou escrevendo este na última noite em Paris, amanhã partimos as 19h00 do aeroporto Orly. Mas vamos ao início do dia de hoje que interessa. Para variar amanheceu chovendo muito e com um vento fortíssimo. Nunca tinha visto tanto guarda-chuva voando pelas ruas, e to falando sério, vi vários voando e alguns que jogavam fora por que tinha estragado.

Como tínhamos planejado um tour pelo L’Open Tour, o bus que passa por todos os pontos turísticos da cidade, permitindo que se possa descer onde queira e subir no próximo sem pagar novamente, não mudamos nossos planos.

Hoje, segunda feira, os museus não abrem, e como tem alguns que ainda não visitamos deixamos para amanhã, até as 15h00 temos tempo suficiente para visitá-los.
Fizemos os três possíveis trajetos diferentes e a chuva, o frio e principalmente o vento cada vez pior. Paramos em alguns locais interessantes, no Museu Aquarium e no Museu Jacquemart André, os únicos abertos, foi muito legal, no final do passeio tinha um antiquário fantástico, nele resolvi abrir a guaiaca e comprar uma lembrança para o Lurdão, espero que ela goste.
Voltamos ao bus, eu segurando a mão da baixinha para que não fosse levada pelo vento, ela putiando toda geração dos filhos do Cardeal Richellieau, Napoleão Bonaparte, e Luiz XV e outros tantos, por causa do estrago que tava fazendo nos seus cabelos e roupas, e seguimos nosso tour. Depois de um tempo, resolvemos voltar na Galeria Lafayette, era um bom programa para um dia horrível. Fomos em busca de algumas lembrancinhas baratinhas, pois o pila tá curto.

Bem, agora inicio um capítulo a parte, pois trata do acontecido dentro da galeria. Caminhando de um lado ao outro, subindo escada, descendo escada, vendo coisas maravilhosas e longe do alcance de nosso bolso, etc, etc, etc, quando... quando... quando... quando................................ Chegamos no terceiro piso, ao colocarmos os pés fora da escada rolante, que acontece? Que acontece? Acende uma luz verde na nossa frente e toca uma música que nem lembro se francesa, americana, russa, da Ivete Sangalo ou Chitãozinho e Chororó, tal o cagaço que levei, no mesmo segundo uma mullher bem trajada vem até nós toda sorridente, foi nesse momento que vi que não tínhamos feito nenhuma cagada, e começou a falar, no início em Francês, depois Inglês e finalmente em Espanhol, nos parabenizando pois éramos os felizardos do momento, e teríamos direito a um CADEAU (se pronuncia cadiô). Na hora pensei que iam nos dar um cadeado, agora sei que se trata de um presente.
Abreviando, neste mês até o dia 30, 10 pessoas por dia serão sorteadas á revelia na chegada da escada rolante, em todos os pisos, com um presente de alguma loja lá de dentro. E os caipiras aqui foram um dos 10 sorteados de hoje. Hahahahahahahahhahahahahahahahahaha. Ganhamos um casaco de couro masculino Italiano muito bonito. Pena que não serve em mim, mas acho que no Tomas ou Pedro serve. Isto é ter o “butiá” virado para a lua. Hahahahahahhahahahahha Chegando aí mostro para quem quiser ver, outra coisa, fomos ver na vitrine da loja, super elegante, o preço dele, saia pela bagatela de € 300,00. Gostaram? Querem participar? Tem que vir a Paris, ficar dentro da Lafayette passeando até final do mês para conseguirem. rsrsrrsrsrsr
Bueno, fico por aqui, amanhã nosso último dia e temos de aproveitar. Acho que este é meu último post até chegar em Bagé. Talvez no Rio de Janeiro, como temos 4h00 de espera, eu poste alguma coisa.
Até a próxima....

domingo, 7 de novembro de 2010

Brugge...

Cedo da manhã, 6h00 rumamos á Gare du Nord para pegar o TGV a Brugge (Bélgica).

Resolvemos ir hoje, pois em Paris chove muito, e isso nos motivou a trocar nossa visita que seria na segunda por hoje, e valeu a pena, pois a chuva chegou por lá no final do nosso passeio, e fraca, somente uma garoa. Sempre dá uns arrepios de suspense e medo na hora que chega-se a estação Du Nord, ela é imensa com milhares de pessoas transitando apressadamente rumo a seus destinos. Os medos se fizeram mais presentes quando ficamos sabendo que não tinha trem direto ao destino, tínhamos que fazer conexão em Bruxelas. E nossos medos só não se confirmaram pois conhecemos uma Belga na estação de Bruxelas, que falava português, e também estava indo a Brugge. Acontece que deu uma pane quase geral no sistema elétrico de várias estações, e tivemos que fazer 5 baldeações dentro da cidade de Bruxelas. Se não fosse Ineke, a belga música formada, que estava com pressa de chegar, pois tinha ensaio na filarmônica de Brugge nós estaríamos até agora na volta, pois a confusão era enorme, centenas de pessoas na mesma situação, pedindo informações aos poucos funcionários exaltados, de má vontade e falando neerlandês ou flamenco, raros se importavam em dar a informação em inglês, idioma que eles também falam muito bem. No fim tudo certo, chegamos cedo, tirei uma foto da Ienke com a Josi, ela saiu as pressas para seu ensaio e nós rumamos a pé até o centro.

Não me atrevo a dizer que foi um passeio melhor que os que estamos fazendo em Paris, mas foi incrível também. Uma cidade fantástica, estilo medieval (vide fotos), onde as principais atrações, além da arquitetura das casas, bares pitorescos, igrejas, ruelas pequenas, canais d’água cortando boa parte da cidade, considerada aqui na Europa como a Veneza do Norte, tem seus chocolates maravilhosos. E bota chocolates gostosos nisso, os chocólatras com certeza sentirIam-se no paraíso, escolhi dois ao acaso e posso afirmar que nunca comi coisa tão boa na minha vida. Um aviso aqui, no Brasil não existe chocolate, comparado com os daqui é uma piada. Fora tudo isso, tem as CERVEJAS, as CERVEJAS, as CERVEJAS, as CERVEJAS, na grande maioria artesanais e deliciosas. Brugge é considerada uma das capitais mundiais da cerveja. Tomamos 2 produzidas num monastério aqui perto da cidade, infelizmente hoje não se podia visitá-lo. Servidas em copos grandes e lindos fica de beber com os olhos.

Esse foi um pequeno grande problemas que tive... Como conseguir convencer a Josi que era impossível beber todas as marcas e tipos que tinham num dia só.

No final do passeio, 30’ antes de pegarmos o TGV, a muito custo consegui colocá-la nas costas e ela aos prantos gritando que queria morar para sempre em Brugges, levei-a até a estação.
Em Brugges fizemos nossa primeira refeição durante o dia, coisa que até então não havíamos feito. Um almoço digno dos Deus, delicioso, num local romântico, como todos que lá existem, uma garoa fina dando um toque mais romântico ao momento, e claro, CERVEJA...

Chegamos a pouco, ta chovendo forte, é tarde e pela primeira vez estamos sentindo frio, muito frio, acredito que hoje fez 0 grau, com certeza amanhã ele vai se fazer presente com força total.
Finalizando, pois tenho que dar uns agradinhos na Josi, pois ainda esta braba e de cara amarrada por ter voltado a Paris, não se conforma em ter deixado todas aquelas CERVEJAS para trás. No final sei que vou animá-la, pois amanhã temos muitos passeios a fazer, é nosso penúltimo dia aqui.
Fico por aqui, até o próximo.
P.S.: Um pedido particular, aquele que primeiro ler este Blog ligue para a Rosana, nossa pneumologista particular e avise que a Josi estará chegando com uma cepa do vírus influenza parisiense ou bruggense para que a Dra. a cure.

sábado, 6 de novembro de 2010

Paris amanheceu com chuva daquelas do tempo antigo. Já tínhamos programado ir ao Chatêau du Versailles (Palácio de Versailles), não tinha como mudar os planos, mesmo sabendo que é um dos programas que não se deve fazer com chuva. Que fazer? Ás 7:00hs com guarda-chuva, galochas, capas “permeáveis”, pegamos o RER (métro que anda mais rápido e vai a distâncias maiores que o métro urbano), e lá fomos nós.



Versailles é o melhor programa para quem quer realmente tentar entender como viviam os nobres a quatro séculos atrás. Mesmo percorrendo 20% de todo castelo, os outros 80% são proibidos, levamos 6 horas percorrendo salas, quartos, salões de festa, bibliotecas, e mais outros tantos locais onde os nobres moravam. Vidinha das boas mesmo. Quadros, pinturas, móveis de uma beleza e imponência difícil de explicar, vide fotos. São quase 400 os aposentos liberados a visita, em cada um que se entra o espanto e surpresa pelas obras que se encontra é de tal maneira, que o queixo bate na barbela.(vide algumas fotos).

















Os jardins também são um capítulo a parte, apesar de nesta época não apresentarem flores, apresenta um colorido maravilhoso nas folhas dos Plátanos. Não tenho idéia de quantos hectares de jardim são, mas que o trem é grande isso é.

No retorno a Paris, por volta das 5hs da tarde descemos na estação da Champs Elisée, molhados que nem 2 pintos, descemos toda a avenida até o Obelisco. Entramos num Museu de arte moderna, onde tinham quadros sendo observados por várias pessoas, que pensei que tinham sido feitos pelo Fikiko. Mas que fazer, os caras gostam assim mesmo.
Depois andamos, andamos (visitas, fotos), andamos(visita, fotos) e andamos (visita, fotos). Chegamos ao hotel a pouco, devem ser 23h00hs. Tão cansados para tomar só um vinho sem vontade de fazer a primeira refeição do dia, depois do café da manhã.
Desta vez não teve nenhum fato pitoresco, fora a segurança ter chamado a atenção da Josi para não se encostar na lareira do Luis XV no Chatêau Du Versailles. Coitada, tava tão cansada e com dor no ciático, que acredito eu, ela ia se deitar um pouco na cama do “cara”. kkkkkkkkkkkkkkkk
Outro fato comentável foi no nosso retorno a pouco para o hotel, na última estação que estávamos, ao entrar no métro, 2 meninas (16 anos no máximo), estavam a me empurrar, demorei alguns segundos para entender que estavam querendo me roubar o dinheiro. Quando me dei conta minha bolsinha com a grana, que estava atada dentro do bolso já se encontrava para fora, foi quando dei um tapa na mão de uma delas e putiei até a oitava geração dela e sua família. Ela levantou as mãos e disse que não estava fazendo nada... Saiu correndo na primeira estação... Graças a Deus não conseguiram me roubar.
Tem mais outras visitas, mas deixo para contar quando chegar aí. Fico por aqui, porque o cansaço hoje é grande.
Até a próxima...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais um dia... Ou menos um dia em Paris?

Acho que não devo dizer: “mais” um dia em Paris, o correto é dizer “menos” um dia em Paris, desde ontem nosso primeiro dia, já começou a contagem regressiva para nosso retorno. Prefiro dizer assim por que dá mais vontade de aproveitar o dia.
Hoje o dia foi mais corrido que ontem, o mais interessante é que cansamos menos, o corpo já vai acostumando ao entra sai do métro, sobe e desce escada, pose para fotos, muita (mas muita, mas muita caminhada), que dá vontade de ter um Odômetro para que pudesse no final do dia saber quantos Km se anda.
Na primeira hora fomos ao Sacré Coeur, talvez as fotos possam falar pro mim, pois é lindo demais.



Neste local cabe um adendo pitoresco, estávamos dentro da igreja, belíssima, imponente, entrei numa lojinha de souvenir, alguns segundos depois entra minha querida baixinha, toda serelepe como sempre, mostrei a ela uns anéis que seria interessante levar de lembrança para os do sul. Pedi a minha querida que escolhesse a bitola mais provável para as mulheres, foi quando ela espichou o braço a fim de pegá-los e neste ato ela involuntariamente tocou com o cotovelo em algum botão da caixa registradora que automaticamente se abriu. A proprietária deu um grito e saltou em cima da caixa achando que a Josi havia feito aquilo propositalmente, após o grito da francesa, a baixinha branca que nem um papel, levantou os braços exclamando “pardon, excuse moá, pardon, excuse moá, tal a confusão que se formou que quando me dei conta estava no chão, pois tinha medo que corresse bala dentro da igreja. Graças a Deus, e ele com certeza lá dentro estava mais presente que nunca, tudo foi esclarecido e não houve necessidade de algemas, prisões, advogados, essas coisas que provocam “pequenos” transtorno.
O grande momento no bairro de Montmatre foi sentarmos num bistrô-restaurante e pedirmos 2 taças de vinho Chardonnay e curtirmos o momento.


Pois parece mentira, mas a cada momento, raros momentos de tranqüilidade que se tem, uma das primeiras coisas que vem a cabeça é o fato de sabermos que estamos nesta cidade maravilhosa e só temos de agradecer a Deus. Foi lindo, degustar uma taça de vinho, assistindo aquela população cosmopolita passando a nossas frentes felizes quem nem nós, a coloração das árvores nesta época de um amarelo-ouro indescritível, os vários bistrôs com seus letreiros e iluminação ímpar, e curtindo um passarinho em cima da nossa mesa comendo migalhas de pão que a Josi oferecia. Fica gravado para toda a vida.


Outra interessante foi durante a noite, estávamos saindo da Exposição Nacional de Monet, todos os principais quadros deste Pintor se encontravam na exposição. Pena que não deixaram tirar fotos, só fotos da entrada do Grand Palais, local da exposição. Como já era tarde, após sairmos da exposição, estávamos contornando este monumento maravilhoso, e nos deparamos do outro lado, no mesmo local, com o Campeonato Mundial de Esgrima. Sem pensarmos 2 vezes, entramos direto, assistimos a inauguração, com dança de Ballet, Ópera, Mágica e depois a 2 lutas preliminares. Muito interessante.


Tivemos outros passeios durante o dia, como o monumento da Bastilha, a Ópera (tinha uma apresentação de ballet – Paquita), Place de los Vogues, entre outros tantos, deixo para contar pessoalmente.
Vou ficar por aqui, amanhã tem outro dia corrido. Até o próximo. Beijão

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Primeiro Dia inteiro em Paris...

Nosso dia começou super interessante, ao descermos para o café, chegando lá um funcionário me fez uma pergunta, e consegui “adivinhar” que ele queria o numero de nosso quarto, respondi da mesma maneira que o recepcionista nigeriano me falou no dia anterior, ao chegarmos no hotel, isto é, “four-tu-tu”, que era 422. Ele agradeceu com um “merci” e entrei no restaurante. Um pouco mais atrás vinha a Josi e sabiamente observou meu breve contato com o nativo, e ficou toda empolgada. Mais adiante um pouco antes de sentarmos, uma outra recepcionista perguntou para a Josi algo que não ouvi, olhei para trás e a coitada tava com uma expressão de pavor, consegui captar que a mulher queria perguntar algo, achei que era mostrar o local dos sucos, não entendi muito bem, na mesma hora minha querida mulher responde entusiasticamente: four-tu-tu. Quando ia tentar dizer para a Josi o que a mulher tava dizendo, a simpática recepcionista largou mais assunto, consegui entender que ela queria perguntar algo, numa réplica muita rápida minha mulher já respondeu: four-tu-tu. Com isso a francesa, educadamente falou um merci e deu meia volta. Esta cena só poderei repetir num churrasco na casa do Darião.
Hoje foi “puxado” nosso passeio, saímos as 8:30hs do hotel, pegamos o métro e rumamos até o Louvre. Ficamos até as 15:30hs, mais de 5 horas la dentro. E foi pouco, o “trem” é muito grande. De chegada, observando as primeiras obras gregas, sem ter visto nada ainda, já pude tirar a primeira conclusão, era melhor que o Museu Dom Diogo de Bagé. Mais tarde tive certeza de minhas conclusões. É fantástico, uma viagem na cultura da civilização.




Um breve comentário dos outros itinerários pós Louvre, pegamos a Quai de la Megisserie, que margeia o Sena e caminhamos muito vendo beleza de ambos os lados, até Panthéon, Palais Du Luxembourg, e outras mais que não lembro agora. Lembrei, fomos até Notre-Dame, eta igreja linda, neste local foi uma hora com certeza.






Já noite, pegamos novamente o métro e atravessamos a cidade e fomos até a Galeria Lafayette. Eta trem grande e lindo...


A propósito, Josi gostou de um anelzinho de € 21.450,00 quase desmaiei na mesma hora.
Voltamos ao hotel, são quase 11h00, passamos no super para fazer compras para a primeira refeição do dia, vinho DAUVERGNE RANVIER – Côtes de Rhônes (branco), JAMON Crudo Espangnol, queijo Camembert LANQUETOT e salada mista. “vai que é tua Tafarelll”.... Que nojo, hein?
Agora é dormir, amanhã acordar cedo, tomar um Voltaren e cair no mundo novamente. Beijos e até a próxima...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Paris Finalmente!!!

São 23hs, terminou o primeiro round em Paris. Conseguimos sobreviver tranquilos. Vamos às notícias do dia:
Após o banho merecido, pós 38hs no seco, saímos para nosso primeiro passeio, isto mais ou menos às 16hs. Resolvemos neste restante de dia que nos resta não fazer grandes aventuras, pois estávamos muito cansados. Pegamos o “métro” a aproximadamente 300 mts do hotel, e rumamos direto a Champs Elisée, apeamos bem na frente, tivemos nosso primeiro contato com a civilização do primeiro mundo, sua cultura e arquitetura. Ali na frente daquele monumento, onde Napoleão Bonaparte saudava suas tropas, sonhei que era o local ideal para o time do Internacional ser reverenciado por sua torcida. Grande cidade, grandes sonhos...
Depois de um tempo, muitas fotos e contemplação, fomos caminhando até o Trocadero, acho que um quiilômetro de caminhada. Chegando perto já consegue-se avistar a Torre Eiffel, lindíssima, maravilhosa. Muitas fotos, vistas por todos os lados, um pequeno lanche (baguette), e a espera pela sua iluminação, que não demorou muito. Com a chegada da noite e “ela” toda iluminada, fica uma cena difícil de descrever...


Aí começou a bater o cansaço, chegamos de viagem de quase 2 dias, e passear de tarde até a noite deu fadiga mesmo. Na volta passamos no supermercado e compramos Salmão defumado, queijo Camembert e 2 garrafas de vinho. Fizemos um banquete dos Deuses, e baratinho, baratinho...


Só um adendo aqui, quando cheguei no caixa do super, no carrinho tinha 2 comprinhas da Josi, sou obrigado e colocar aqui suas compras, e os comentários deixo a critério de vocês. Ela comprou 2 vidrinhos de temperos, Estragão e Pimenta Vermelha, com certeza temperos que na América do Sul ela não encontraria NUNCA. Pausa para uma respiração profunda... quando vi aqueles temperos no carrinho fui tentar pedir uma explicação para tamanha criatividade, mas não tive coragem, ela tava me olhando com uma cara de dar medo, só eu conheço essa.
Bueno, fico por aqui, pois amanhã sim o dia vai ser puxado. Não podemos parar nenhum minuto.
Até o próximo.. Beijos...

Checkin em Porto Alegre - Por Josy...

Bom, nem bem começamos a nossa viagem e o Flávio já "aprontou" das dele, coisa que eu tenho absoluta certeza, ele faz por gosto, só para a gente rir depois... Estávamos na fila do chekin e ele entrou num guichê diferente do meu. Cabe aqui um parêntese, para evitarmos ao máximo os imprevistos, deixamos os assentos marcados desde Bagé. Tudo certo, terminamos o chekin (eu no meu guichê e ele no dele) e nos encontramos para dar uma volta antes de embarcarmos... Foi quando ele me disse: o cara da Gol te perguntou se tu querias janela ou corredor? Eu respondi: Claro que não, nossos assentos já estavam marcados, pq ele iria perguntar? Ele disse: Mas pra mim ele perguntou... Aí resolvi olhar a passagem do Flávio... ... ... O meu amorzinho conseguiu desmarcar o assento que já estava marcado e marcou outro!!!!!! Bom, pra resumir a história, voltamos correndo ao checkin e conseguimos reverter a situação e fomos bonitinhos um ao lado do outro até o Rio de Janeiro... Ufaaaaaaaa.
Ah, depois me lembrem de contar a história do Arco do Triunfo...
Beijoooooo

Chegada a Lisboa, rumo a Paris...

Chegamos em Lisboa ás 06h30min da manhã, depois de 10h00 de viagem agradabilíssima, sentados em assentos que recostam aos “absurdos” 92 graus de inclinação. Explicando melhor, atravessamos o Atlântico da seguinte maneira: imaginem um esquadro com 90 graus, isso mesmo, viajamos todo tempo com uma inclinação de 2 graus a mais que o ângulo reto. Meus pés lembram quando jogava bola e torcia o tornozelo, estão tão inchados que não consigo identificar onde fica os “garrão”. Os joelhos estão tão vermelhos por estarem prensados pela poltrona da frente que estou preocupado com uma possível gangrena. Fora isso, tudo beleza, sem problemas, meu Inglês funcionou a contento, principalmente em Lisboa (onde não foi necessário falar nada na língua do Paul Mc Cartney). hahahahahhahaha

São 13hs, chegamos no Hotel Ibis, Paris, França, “êta louco seu”. Nosso projeto era deixar as malas e cair no mundo, mas o cheiro que estava exalando das minhas cuecas era tal, que já tava preocupado com as pessoas a volta. Acabei de tomar banho, e to escrevendo enquanto a Josi toma seu banho merecido.
Finalizando, cheguei a conclusão que mais importante que as malas, que a reserva do Hotel, dos passeios é ter em mãos um bom estoque de Diclofenaco de Potássio, pois a viagem é horrível, não tem vivente que não chegue com seqüelas físicas ao destino. Com certeza posso afirmar que daqui mais uns anos esta viagem vai ser feita com os passageiros de pé, tal a diminuição do espaço entre as poltronas.
O importante é que estamos aqui e pretendemos aproveitar muito, desde que o Darião não me ligue toda hora. Já foram 3 ligações em 18hs, acabei de desligar meu celular, contatos só por email.
Beijões. Até a próxima. A propósito, acabei de tomar meu segundo Voltaren, e a Josy o terceiro Dorflex.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Primeira parada... Rio de Janeiro...



Neste momento são 11:42 hs, estamos no Galeão, nosso avião sai as 19hs, e to aproveitando este breve momento que não estou tomando água, por causa do churrasco salgado que comi ontem no Richard para escrever um pouco. Nas últimas 3hs só fiquei tomando ágüa e fazendo xixi na tentativa de limpar um pouco meu organismo, rins principalmente, que neste momento ainda possui uma das maiores taxas de NaCl que um ser humano pode agüentar. Fora esse pequeno detalhe, a carne, oriunda do frigorífico PUL do Uruguai estava maravilhosa (isto naqueles momentos em que consegui distinguir algum outro sabor que não fosse sal). Indico esta carne, maravilhosa.
A Josi tirou mais ou menos 320 fotos “das nuvens “ isto que ainda estamos no Brasil, imagino como vai ser depois, do meu lado um cara dormiu a viagem toda com a cabeça no meu ombro e na minha frente uma chinesa com pânico de avião, chorou copiosamente 1:50’, não consigo entender por que essa vivente entra num avião se tem pavooorrrrr. Não vem ao caso, é apenas um detalhe.
De resto, tudo tranqüilo, tomamos 2 chopps, paguei 25,00, quase armei um escândalo, mas como não tava em Bagé, resolvi ficar quieto. Mas, convenhamos, 12,50/chopp é demais.
Fico por aqui, vamos comer alguma coisa, com o preço que me cobraram por 2 chopps, tenho medo de perguntar o preço de um lanche. Que fazer?
A Josi acabou de chegar, tinha ido ao banheiro, e voltou com uma cerveja na mão, com certeza não foi dentro do banheiro que ela encontrou essa garrafa.
Beijão a todos, até a próxima...
Josy escrevendo... No próximo post ou em Paris eu conto sobre o checkin dele q ele propositalmente omitiu...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Day After da Eleição de 2010

Acabou a eleição, “ela” foi eleita por mais da metade da população brasileira, assim como lutei para que isso não acontecesse, “os motivos para minha luta estão visíveis na sociedade, no governo e no dia-a-dia”, reconheço que ainda estamos numa Democracia, portanto ela é a Presidenta eleita. Esse é um fato e aceito a vontade do povo (nordestino).
Parto então para uma nova fase, a fiscalização “ativa” do cumprimento de suas propostas de governo. Não vou ficar chorando mágoas pela não eleição do meu candidato, até por que ontem na sua fala a seus eleitores, Serra mostrou mais uma vez a perfomance digna de um verdadeiro homem público, sem mágoas, sem rancores, (comuns aos gestores atuais que vêem nos seus opositores o inimigo a ser abatido), ao contrário, meu candidato reconheceu sua derrota nesta eleição desejando que sua opositora consiga comandar o país dando direitos e condições de prosperidade a todos e não somente a correligionários. Falou Serra da verdadeira responsabilidade que “ela” tem a partir de agora, pois imensos problemas vêm pela frente, dentre eles destacaria a Educação, em especial do povo Nordestino, para que deixem de ser massa de manobra de políticos corruptos e mal intencionados.
Confesso que amanheci tranqüilo, talvez por ter participado a minha maneira e possibilidades, ativamente desta eleição, achei que hoje estaria puto com o resultado, mas não, as palavras do meu candidato ontem foram ensinamentos especiais, aprendi que na política também não existe somente a vitória do correto, existe o outro lado, e nele devemos tirar ensinamentos e coisas boas. Nas suas palavras vi a verdadeira Democracia, pois até então estava de corpo e alma no combate para retirar do governo a corja atual.
Outro governo vai começar, e tenho a obrigação de acreditar que a Cria “dele” vai governar diferente, até porque não acredito que alguém possa ser pior que um analfabeto deslumbrado inculto e muitas vezes mal intencionado como “ele”. Sempre disse que sou otimista de nascença, portanto a partir de sua eleição vou recebê-la sem escudos nem rancores.
Finalizo esta, pedindo a todos aqueles que acreditam na Democracia, vamos iniciar uma nova luta, a luta pela fiscalização e cumprimento de suas propostas, e denúncia ativa de todos os desmandos, corrupções e não cumprimento daquilo que atestou na sua campanha.
Acredito que se fizermos nossa parte no dia-a-dia, sem rancores nem mágoas, pois “eu não considero eles um inimigo a ser abatido”, e sim políticos opositores que venceram a eleição e prometeram melhorar nossa Democracia, mas que não tem o direito ao continuísmo do retrocesso. Poderemos ajudar nosso país sim na fiscalização honesta e democrática, pois se ficarmos somente na crítica e na oposição cega, acabaremos nos igualando a “eles”, e isso é contra tudo que defendemos.
Tô de olho em ti Dilma. Até a próxima...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Faltam só 2 dias...

Faltam 2 dias para nos orgulharmos que fizemos parte da mudança ou teremos de dormir mais 4 anos com peso na consciência (para os poucos que tem), e assistir o aumento da corrupção e retrocesso econômico do nosso país.
Nunca imaginei que teríamos que sair a luta em busca de votos para tentar vencer uma eleição contra um bando de bandidos. Isso ficará na história desse país, ao ponto que chega a alienação e falta de comprometimento. Não to aqui me referindo ao povão, este é burro e desinformado, me refiro aos “outros”, os que sabem ler e podem tomar informações sobre a realidade do país. Estes deveriam ter o dever de abrir os olhos, informarem-se, e possuírem um mínimo de dignidade e respeito com todo o sofrimento do povo e terem vergonha na cara por estarem compactuando com toda essa baixaria.
Confesso que sinto um misto de fracasso e vergonha de ser brasileiro. Fracasso por não poder fazer mais do que faço na busca de mostrar as pessoas o que esta prestes a acontecer caso essa corja vença, e vergonha por conhecer tantas pessoas que deveriam ter o dever de enxergar toda essa máfia oficializada que tomou conta do Brasil, e alienadamente ou compromissada com essa vergonha, defendem esses bandidos.
A angustia maior é ter acompanhado nestes últimos 8 anos o retrocesso democrático, presenciando “eles” colocarem seus tentáculos cancerígenos de corrupção em todos os segmentos da nosso sociedade, e se tiverem mais 4 anos, conseguirão solidificar mais esse poder, que dificilmente nossa ou a próxima geração conseguirá visualizar uma democracia plena.
Ainda tenho esperança, até o último momento vou à busca de votos para a Democracia. Mas, caso continue essa quadrilha no poder, com certeza, quando as coisas piorarem ainda, quando a imprensa estiver controlada, quando somente sindicalista ou militante do partido deles tiverem acesso a empregos, quando a produção de alimentos diminuírem, quando os direitos do povo forem cerceados, quando tiverem que bater palmas sempre e “nunca” expressar opinião pessoal, eu poderia dormir tranqüilo e olhar nos olhos deles, e dizer não compactuei com nada disso, muito pelo contrario, lutei contra, fiz o que pude.
Só tenho pena dos meus netos e bisnetos, que viverão nestes tempos, rezarão na escola pela cartilha deles, e somente poderão sonhar com liberdade e democracia em suas casas a portas fechadas, casos contrários passarão por um estágio de readaptação ideológica sem fim.
Vou ser livre sempre, não me vendo e tenho vergonha na cara. Até a Próxima...