sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O verão ta chegando, e com ele...

Verão ta chegando, e com ele a total impossibilidade de esconder os pneus abdominais e aquela “massa muscular” localizada estrategicamente acima da cinta apertada, sempre virada para baixo como se quisesse descer para os pés. Camisas curtas, camisetas, shorts e outros apetrechos para o clima quente, mostrando a todos aquilo que o inverno escondia sobre várias roupas quentes. Não existe outra maneira, tem que fazer dieta, exercício, caminhada, tudo para tentar eliminar (o que eu acho impossível no meu caso) essa massa adiposa, fruto de muita massa, doce, vinho, carne gorda, que acumulamos no decorrer do inverno, exatamente para nos preservar dos dias rigorosos. Isso a medicina explica cientificamente, a necessidade que nosso corpo tem de fazer reservas de gordura para o frio, é coisa intrínseca, inerente a nossa vontade, de natureza biológica. Mas em contrapartida, a medicina não explica o porquê com a chegada do verão o corpo não diminui nossos impulsos direcionados a geladeira, a cerveja gelada, as panelas no fogão. Tem coisa errada aí, com a proximidade do inverno nosso organismo biologicamente nos induz a consumirmos mais alimentos calóricos, mas com a chegada do calor ele não faz nada, nos entrega a própria sorte, nós que conscientemente teremos a árdua tarefa de emagrecermos, pois nessa hora nossa biologia informativa fica descansando até o próximo inverno. Como não sou cientista médico para explicar isso, fico por aqui, mas deixando meu protesto registrado. Mas voltando ao assunto em questão, nesses últimos dias após o banho, ao me vestir, me defronto com aquele baita espelho na frente da minha cama, situação que no inverno me parecia desapercebida, agora não, constantemente me enxergo, principalmente ao colocar as meias, pois quando me abaixo parece que minha barriga fica querendo entrar entre as meias e os pés, é dose ver esta cena, humilhante para qualquer mortal de vergonha na cara. Por causa dessas constantes cenas degradantes me matriculei numa academia!! Que chique, uma sala cheia de aparelhos, um som forte, apropriado para ginástica, ritmo corrido e tal, gente malhada, suada, uns até nem tanto, bem gordinhos, até um obeso vi na entrada, o que me ajudou muito psicologicamente. Após fazer uma avaliação músculo-adiposa, com direito a compasso cravado na barriga atrás de algum feixe de músculo que poderia e deveria existir por ali. Após esta avaliação, tive de ouvir do professor, com idade para ser meu filho, 10’ de explicação sobre os problemas para a saúde que o excesso de gordura trás para nós, dããrrr... Quem não sabe disso, me deu vontade de dizer a ele que na sua idade, eu jogava futebol, vôlei, corria alguns quilômetros , e não cansava, e que após tudo isso, no banho ainda “descontava” uma... Isso todo dia!!!!! Mas fiquei quieto, é a profissão dele, tem obrigação de dizer aquilo, de repente tem algum vivente que não sabe dos problemas que o sobre peso trás a saúde e acaba aprendendo. Voltando ao assunto, com uma ficha na mão e a prescrição de exercícios a fazer, parti para o alongamento e os vários exercícios que vieram, um após o outro, já acendendo a luzinha amarela que indica por que fui me matricular nessa porra...Terminando, após 40’ de exercícios e bicicleta ergométrica, fui para esteira, fazer meus 30’ finais a velocidade de 3 Km/h, coisinha fácil para qualquer maratonista... Tava tudo correndo bem, até que aconteceu o pior, ao meu lado entra uma “rata de academia”, toda malhada, durinha, etc. Ligou sua esteira já nos 6 km/h, isto é , 3km/h mais que a minha. Não tive dúvidas, aumentei na mesma hora mais 3 km/h , estávamos os dois caminhando na mesma velocidade, não iria ficar para trás. Depois de 5’ ela aumenta sua velocidade até os 8 km/h, o que já não é mais caminhada, é corrida, e o macho aqui não poderia deixar barato isso, aumentei a minha também para a mesma velocidade dela, estávamos os dois “correndo” na esteira. Isso tudo, pra mim, durou mais ou menos 2’, comecei a sentir que estava ficando perigosamente para trás da esteira, quase caindo fora dela, resolvi que era minha deixa, tinha que parar urgente sob pena de fazer o maior fiasco, ainda levei aproximadamente 30 segundos para conseguir chegar na frente da esteira e acertar o botão “desliga”. Quando a esteira parou, por segundos não sabia mais onde eu estava, a tontura era tanta que devo ter ficado alguns segundos agarrado na esteira para voltar para esse mundo. Voltei pra casa de carro claro, o freio, embreagem e acelerador pesando uns 30 kgs cada, me deitei e adormeci umas duas horas, com uma taquicardia dos diabos. Fica aqui mais uma questão para os cientistas médicos: por que nós machos frente a fêmea, nosso organismo nos provoca, nos induz a sermos superiores, nos mostrarmos, parecermos sempre fortes, muitas vezes não sendo nada disso??? Por que não deixa a razão ser mais forte que os hormônios? A propósito, isto tudo foi a 6 dias atrás, e até agora não me recuperei do primeiro dia de academia. Não sei quando voltarei... ou se voltarei. Até a próxima...

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