domingo, 19 de dezembro de 2010

Pausa nas postagens... Reflexões de Fim-de-ano

Não ando com muita vontade de escrever, hoje fazem sete dias do último post, e continuo não encontrando a motivação. Este meu domingo começou com uma pequena mudança, esta induzida pela trágica manhã do domingo passado. Fiz meu mate, escovei os dentes, tomei o remédio da pressão, tirei água do joelho e ainda “não li a Zero dominical”. Minha grande estratégia para me manter tranqüilo, deixarei para lê-la mais tarde. Noticias ruins logo cedo não fazem bem à saúde, adverte o Ministério...
A grande motivação de ter todos meus filhos comigo neste Natal e Ano Novo já são motivos suficientes para desviar minha atenção e não conseguir escrever. Uma observação pertinente, quando digo meus filhos, já incluí noras e genros no bolo. Todos são alegres e muito queridos da mesma forma, enquanto não os machucarem é claro (brincadeirinha, rsrsrs).
Esta época nos “imbita” a reflexão do que passou, o que fizemos de bom, deixamos de fazer, poderíamos ter feito fácil-fácil, mas a preguiça e o comodismo não deixaram. Confesso que destes últimos cinco anos, este não foi o melhor de nenhum deles. Classificá-lo como pior não faz parte do meu dicionário, pois só o fato de estarmos todos relativamente bem de saúde já é uma benção e só tenho a agradecer. Mas bem que podia ter sido um pouquinho melhor, isso podia. Mas não vou me queixar deste 2010.
O que interessa realmente é a reflexão, aquela parada para pensar no que fizemos e nossas projeções para o novo que vem aí. De antemão já vou deixando meus desejos, muita saúde e paz no coração de todos. Coragem para mudar aquilo que deve ser mudado e para aceitar as pessoas como elas são (como é difícil para mim isso), manter a união da família acima de tudo, rir muito, chorar muito (de alegria é claro), mais sucesso para os que já têm e para os que estão chegando lá. Menos obsessão pelo material e mais pelo espiritual. Muito abraço, beijo (não to falando só de sexo aqui, hein??), feeling para descobrir onde estamos dando menos e poder compensar rapidamente.
Enfim, temos o Natal, Ano Novo e casamento do Pedro pela frente, vamos ser felizes ao máximo, rir ao máximo e nos manter unidos. Vai ser estas reuniões e comunhões em família que nos darão suporte e força para seguir em frente nossas vidas. Um grande beijão a todos.
E, aos meus imensos leitores desejosos pelos meus escritos, estejam em Torrinhas, terceiro distrito de Candiota, Rincão do Inferno, Água Boa, Vichadero, terceiro distrito de Piratini, segundo de Lavras, Morro da Cebola, entre outros, não teria como enumerá-los, meus desejos de saúde e paz. Mantenham a tranqüilidade, que logo minha motivação volte e continue a escrever normalmente.
Fico por aqui, até o próximo...

domingo, 12 de dezembro de 2010

DOMINGO... Que dia maravilhoso!!!

Quando estou na cidade o domingo cedo é maravilhoso. Acordar “temprano”, antes de escovar os dentes a chaleira já vai ao fogo e a erva para dentro da cuia. Dentes escovados, “joelhos esvaziados”, o passo seguinte é o remédio da pressão, mais que uma rotina é uma operação robotizada. Como não ser assim, a 5 anos que tomo este medicamento diariamente, não tem como não fazer parte da rotina matinal, o ato de tomá-lo tornou-se igual ao da higiene bucal. Este tempo, é o necessário para que a água na chaleira esteja no ponto ideal para o primeiro mergulho na erva na temperatura em que não a queime, nem tão fria de maneira que não traga nenhum benefício ao inchaço da dita cuja.
O estado de espírito é o melhor possível, todos dormindo, silêncio total em casa, nova previsão de chuva, as previsões anteriores não se concretizaram, mas como sou brasileiro, tenho o otimismo de nascença. Todos meus movimentos são acompanhados, a cada cruzada pelo sofá da sala, de um olhar de desejo a Zero Hora dominical. Seria um capítulo a parte falar sobre a edição de domingo, grossa, pesada, cheirosa e com tanta coisa a descobrir, mas deixamos isso de lado no momento, continuemos na minha prazerosa peregrinação matinal até poder sentar no sofá e colocá-la no colo, não sem antes sorver umas três cuiadas bem espumosas.
O silêncio continua total, o mate muito amargo e na temperatura certa, até os gatos estão dormindo, não miaram pedindo comida, com isso menos incomodo tenho. O tempo começa a ficar mais escuro la fora, noto daqui de dentro que a chuva desta vez deve vir mesmo, mais prazer sinto. Que dia maravilhoso, e isso que são só 6:30hs da matina. Promete ser fantástico.
Abro o jornal, mais que um jornal, uma baita fonte de informação para todos os gostos e assuntos. Retiro o caderno de empregos, o de veículos, o caderno dois e uma transformação daquelas que muitos mortais dariam quase suas vidas para conseguir surge na minha frente, com um peso inicial de aproximadamente 500 gramas, meu objeto de consumo se transforma num peso mais ou menos de 120 gramas. Mas venhamos, é 120 gramas de desejo, informação fresquinha, num local tranqüilo com a chuva quase chegando, maravilhosooooo.
Nas primeiras paginas uma matéria sobre professores que fazem os trabalhos dos alunos a pedido de seus pais, e bem pagos por sinal para isso. Já concluo, e fico puto com minha conclusão, como podem os pais pagar a professores para que façam aquilo que seus filhos deveriam fazer? É crime isso, relata um promotor. Reforço dizendo que existem dois criminosos, os pais e os professores e uma futura ameba, o aluno, que acha maravilhoso esse exemplo de seus pais, e de antemão já vão formando a sua base ética nestes exemplos maravilhosos.
Passo pra frente e me deparo com a matéria das inúmeras promessas que o Lulla fez para o Rio Grande e vai deixar de herança para a Dilma (não fazer é claro). Os atrasos nas obras federais, que só se mantiveram num pique digno dos grandes países, (Canteiro de Obras mesmo) antes das eleições. Me deu um aperto no coração, lembrei dos dias pré-eleição, quando tentava alertar as pessoas do mal que seria a continuação do governo PT. Aperto no coração não, to ficando puto mesmo, com raiva. E a chuva não vem, noto que o tempo ta começando a clarear.
Fui em frente, passei para a próxima página, me deparo com “as negociatas e fraudes” que acontecem nos repasses do nosso Orçamento Federal. Milhões e milhões de reais destinados a nada e lugar nenhum. Pqp, nesse momento lembrei que ontem recebi o IPVA do meu carro, 765,00, que loucura, toda essa grana que pago em impostos a partir de agora, até o sexto mês do ano que vem, vão ser desviados, roubados, até para ONGS que não existem meu dinheirinho vai. Vão para as Pts Q os Parius coruuptos de merda. To quase em estado raivoso, e o tempo lá fora ta esfriando, sinal que talvez não chova mais, a erva da cuia esfriou, pois desde a primeira página que não tomei nenhum mate. Caralh............
Mais uma chance te dou jornal de merda, virei a pagina tão rápida que rasguei algumas páginas, ufa, cheguei ao Editorial. O PAÍS DOS TIRIRICAS! Não acredito, milhões de analfabetos funcionais e não funcionais (sei lá o que é isso), muitos deles no Congresso Nacional. Pelo Pisa (órgão internacional que classifica a educação) somos quase os lanternas, ganhamos do Quirguistão (onde fica isso meu Deus), no que diz respeito a proficiência de nossos alunos em leitura, ciências e matemática, aqueles mesmos alunos que os professores da matéria da primeira página que eu me referi anteriormente, estão “ajudando”. Chega, é o fim, joguei o jornal longe, quase derrubo a árvore de Natal, era só o que faltava estragá-la depois de todo trabalho que a Josi teve. Acordei os gatos com meu gesto raivoso, estão miando aqui do lado pedindo ração, o mate esfriou, a chuva não veio, eu to puto, angustiando e raivoso. Que merda de Domingo, por que não fiquei na cama, por que tanta expectativa em cima de um dia simplesinho desses?
Que faço? Tava com vontade de trabalhar com madeira depois de ler o jornal e tomar um mate gostoso no silêncio da casa e ouvindo o som da chuva caindo. Mas, agora nem me atrevo a ligar a serra circular, pois neste estado raivoso que me encontro, sem a concentração necessária sou capaz de decepar a mão (e nem notar), ou antes de chegar na churrasqueira ter uma síncope cardíaca tal o estresse que estou. Vou dar uma caminhada, acompanhada por respirações de grávida, aquelas rápidas, contínuas e intermitentes para me acalmar, caso contrário explodo. Mas antes, prometo que vou ao banheiro e me limpo com esse jornal.
Fico por aqui, enquanto posso. Até o próximo e “Bom Domingo” a todos...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Divagando na Maionese IV

O que leva os indivíduos a cometerem atos insanos contra seus semelhantes? Temos acompanhado a endemia nacional que se tornaram os atos de agressão a homossexuais e às outras minorias, as cenas são diárias, muitas ao vivo apresentando requintes de crueldade. Não sou um “expert” no assunto nem pretendo debater idéias sobre esses acontecimentos, simplesmente colocar meu desprezo sobre os rumos que a sociedade, principalmente às de terceiro mundo para baixo, seguem atualmente.
Não me refiro somente da violência física, mas das outras violências também, como a corrupção, a inversão de valores sociais, a má fé, a falta de educação e vontade de ensinar dos educadores, e saliento principalmente, a ausência do pensamento positivo e crescimento do povo. Nossa matéria prima “povo” já nasce corrupta, sem-vergonha, aprende que ganhar sempre e sozinho é o objetivo maior de vida. Transgredir passou a ser entretenimento, passar o sinal vermelho é ganho de tempo, não devolver o troco recebido indevidamente são sinais de tendências fortes de empresário competitivo, corromper alguém então é a glória, diploma de esperto e bom negociador. Ao sair da boate, em bandos e covardemente bater num mendigo ou homossexual é demonstração firme de juiz, aquele que determina quem deve ser eliminado ou não, sensação enorme de conduta social.
Como é fácil atribuir culpas e responsáveis pelas nossas mazelas, nos lava a alma e nos coloca à margem de tudo. A corrupção é culpa dos políticos e empresários, a falta de educação é culpa das escolas e professores que nada ensinam, transgressão é culpa do sistema que nos mostram os transgressores ricos e felizes. Enfim, a culpa é deles não minha, meus filhos em casa tem uma educação exemplar, nos seus quartos TVs enormes e de última geração, computador mais moderno possível, celular com todas as funções possíveis, Ipod recém saído do forno, entre outros “benefícios” que uso para mantê-los fora do convívio desses marginais. Portanto eu faço a minha parte na educação deles, o problema são os outros pais, deixam seus filhos na rua até tarde, sem cobrança de seus direitos e deveres. Portanto, eu to fora, não me cobrem responsabilidades.
Já me disseram outro dia que tenho que parar de ficar tentando mudar o mundo, que devo mudar sim é minha vida, me disseram que não vivo mais no tempo do Woodstock, do paz e amor, da liberdade de não competir e sim de compartilhar. Os tempos são outros, nosso mundo é extremamente competitivo, temos de matar um leão por dia para nos mantermos nele, essas coisas dos que sabem e podem nos ensinar. Na verdade eu até concordo com muita coisa, a competição é muito grande, temos sim de matar um leão por dia para nos mantermos vivos, temos de ser competitivos e competentes profissionalmente, estar entre os melhores é nosso objetivo, nunca fui contrário a isso. Se é assim que temos de ser, que sejamos os melhores nesse sistema, mas que consigamos na “luta”, manter a dignidade e a moralidade como filosofia de negociação.
Podemos sim ter sucesso de outra maneira, muitos exemplos existem de pessoas que estão por cima e nunca necessitaram do uso dos artifícios modernos para chegarem lá. Eu só contesto as regras modernas de sucesso a qualquer custo, independente dos meios para alcançá-lo. Luto pelo desprendimento da alma, pela aposentadoria dos escudos e das regras imorais na negociação. Não pela volta do Woodstock, pois não existe mais clima nem pessoas para isso, mas quem sabe um meio termo, onde não exista imposição de idéias nem conceitos, mas o sucesso compartilhado com o sócio do lado. Se começarmos em casa esta “revolução”, quem sabe daqui uns séculos voltemos ao paz e amor.
Até o próximo...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Divagando na Mionese III. As Vidraças...

Eles começaram suas vidas mantendo as vidraças de casa sempre limpas. As lavavam e limpavam periodicamente, com isso podiam ver tudo claramente de dentro, e também para aqueles que se atrevessem a olhá-los, os enxergassem como são.
Acontece que o tempo passa, e muito rapidamente cobra no seu percurso a exposição verdadeira de suas vidas. A cobrança do verdadeiro vem a galope, as máscaras caem, os impulsos arrefecem, e por fim a amizade força a compreensão e doação. Acompanha esta fase o desleixo com a limpeza das vidraças, não sabem eles ao certo se é para que não enxerguem o que ta acontecendo lá fora, ou se é auto-proteção aos que olham, com suas críticas.
Aí vem aquele sentimento de preservação, e eles tentam esquecer que existem vidraças em casa, não chegam perto delas, pois é mais cômodo não vê-las, e não ser obrigado a limpá-las ou trocá-las. O tempo, as intempéries muitas vezes deixam marcas que nem a água e o solvente conseguem remover, então para que se preocupar com elas?
Por outro lado, eles sabem que, para limparem suas vidraças alguns riscos vão correr, podem não enxergar mais nada do outro lado ou ficarem invisíveis do lado de dentro. Quem sabe deixar a higiene delas para a chuva? Quando ela vem forte da uma frágil limpada, uma pequena melhorada e os confortam, pois acreditam, ou tentam acreditar, que não possuem mais aquele desejo de ficar olhando pela vidraça tentando ver coisa lá na frente.
Pena que existam as diferentes estações do ano pensam eles, pois seria mais fácil retirar as vidraças da casa e tudo seria cômodo, mas existe o inverno, o vento, a poeira, que os obrigam a colocar vidraças na sua casa. Com certeza seria melhor esta providência, mais cômoda e alienada também. Mas eles são assim, e pensam que as grandes maiorias o são, abdicam de limpar suas vidraças, esquecer que elas existem, e tocar a vida de uma maneira “adulta e profissional”.
Eu confesso que examinado suas vidas aqui do lado de fora, como tratam de suas vidraças, não consigo palpitar, pois os riscos e perdas se chocam de tal maneira com o comodismo e tranqüilidade, que bate uma baita sensação de que tudo isso é o que dizem ser a inclusão no “politicamente correto”. Quem sou eu para contestar isso?
Até o próximo...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Divagando na Maionese II.....

Tenho escrito algumas coisas sobre as vantagens do silêncio, do recolhimento, da introspecção e tal. Não lembro exatamente quando iniciei com essa mania, e outras mais doidas ainda, como adivinhar o que as pessoas estão pensando, quem são e o que fazem. Quando estou em determinado local, num ambiente onde estejam várias pessoas, tenho por hábito, como passatempo ou exercício (não sei de que), ficar olhando para determinada pessoa, e por seus gestos e feições, acreditar que possa descrever se é simpática, introvertida, durona, pessimista, baixo astral e tal. Algumas de minhas conclusões me dão a impressão de serem verdadeiras, com outras criaturas (meus bois de piranha), não identifico nenhuma característica, não consigo nada por mais que tente, e podem crer tendo tempo, tento muito mesmo. Pena que nunca tive coragem de descrever as minhas vítimas as conclusões que chego para saber se acertei. Mas sei que essas doidisses as tenho desde muito jovem, só que nunca acreditei ser coisa de “maluco”, e aos pouquíssimos que me atrevi a comentar esta façanha ganhei uma baita risada e cara de espanto como resposta. Tu és louco? Fumasse hoje? Ta drogado? Essas coisinhas básicas que os “normais” dizem.
Confesso e acredito acima de tudo num “dom” que seguramente tenho, e talvez todos os mortais também possuam, e não expõem a analise dos normais, que é, ao estar diante de uma pessoa de índole ruim, gananciosa, dessas que se quer distância, essa criatura me agride com sua presença, me faz mal, sinto a sua energia negativa pulsando. Acreditem ou não, esta pessoa de quem falo, não necessita nem falar comigo, basta estar num espaço muito próximo do meu que já sinto um mal estar e sua negatividade exalando. Esse tipo de sentimento que uma pessoa negativa me trás também já vem de muito tempo, nem lembro de quando.
Nem sei por que estou falado sobre isso, nem sei ao certo se é comum as pessoas sentirem a mesma coisa, se muitos conseguem esta façanha, devem agradecer por isso, pois neste mundo competitivo e de poucas amizades, pessoas negativas e interesseiras quanto mais longe melhor.
Por outro lado, dentro dessa mesma linha de pensamento, queria confessar uma coisa interessante, não sei ao certo se eu atraio esta situação pelo fato de ter a predisposição a ajudar ou é coisa de atração espiritual mesmo, mas já tive no mínimo cinco casos que lembre no momento, de pessoas que vem até mim em busca de ajuda, conforto e amizade mais precisamente, por estarem em tremendo baixo astral, por problemas familiares, financeiros ou outro qualquer. Alguns lembro perfeitamente, perderam seus amigos, se distanciaram da família e curtiam uma fossa das brabas. Nesta situação que estou expondo, com certeza nunca me senti a vontade, mas nunca deixei de mostrar minha amizade e apoio, sempre dei todo apoio e atenção possível. Muita energia negativa oriunda de seus sofrimentos tive de engolir até aprender a repeli-las, foi difícil no início, mas hoje consigo facilmente repelir essas energia negativa que exalam deles, mas também isso não significa que não tenha meus dias de negatividade. Não sou santo, nem tenho poder para manter minha vida sempre feliz. Muito pelo contrário, até por tentar sempre melhorar e achar um caminho correto para as dificuldades, que muitas vezes fico numa maré das brabas. Mas, voltando ao assunto, nos cinco casos que me refiro acima, todos que lembre foram bem resolvidos no final, não pela minha ajuda é claro, acredito somente que fui apenas um cabide a apoiar nas horas brabas, mas o que me chama a atenção, é que nunca mais me procuraram para agradecer o ombro amigo das horas brabas, não que esteja cobrando isso, pelo contrário, só o fato de terem resolvido suas pendengas, e deixarem de me encher o saco com suas negatividades, já foi uma vitória maravilhosa.
Para aqueles que tiverem saco de ler esse, ao menos fica o conforto de que, vocês não são pessoas negativas nem de baixo astral, caso contrário não as teria pro perto de mim. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
E vamos ficando com nossas vidas, nossos problemas, nossas dificuldades, mas tentando sempre melhorar e procurar saber diferenciar e separar sempre que possível aquela linha, a da compreensão e aceitação, da linha do egoísmo e falta de educação, que são tão próximas e paralelas, que se torna muito difícil identificá-las.
Fico por aqui. Até a próxima....

domingo, 5 de dezembro de 2010

Comparando N.Y a Bagé...

Ontem após assistir uma matéria na TV sobre a cidade de N.Y, sua diversidade e opções de entretenimento, os restaurantes que oferecem comidas de todos os países do mundo, uma água puríssima própria para consumo saindo das torneiras de TODAS as casas dos mortais, informações e orientações a disposição para qualquer caipira de primeira viagem, e as compras, um capítulo a parte, compra-se de tudo, do melhor e de qualidade extraordinária. Fica-se babando de desejo de aterrissar naquelas bandas.
Resolvi fazer um paralelo comparativo entre Bagé, a Rainha da Fronteira e N.Y dos sonhos de consumo de qualquer mortal. Vão me dizer, é covardia esta comparação, uma está no primeiro mundo, outra no terceiro e quase fora do país, 60Km mais adiante não pertenceria ao Brasil, eterna Ilha da Fantasia. “Por que não comparas Bagé com Hulha Negra?” As diferenças vão ser as mesmas, uma de terceiro mundo contra outra que ainda não consegue nem fazer parte desse mundo ainda. Aí seria mais certo, ainda mais que estão bem perto uma da outra e no mesmo Estado.
Eu respondo, vou fazer entre Bagé e N.Y sim, porque o dono do blog sou eu e portanto quem decide o que escrever. Quem não gostar que crie o seu espaço e compare a seu bel prazer. Portanto vamos lá:
1. Diferente de N.Y, nós por estes pagos, além da pouca quantidade e dificuldade de acesso a água, somos conscientes de que ela não é inodora, é cloro puro mesmo. Pois segundo os gestores municipais é mais fácil “atracar” cloro para matar os germes do que fazer manutenção dos encanamentos. Neste quesito água, fica difícil a comparação, primeiro porque nunca tomei a água deles, e segundo não sei de fato o gosto natural da água, pois moro em Bagé a 54 anos, já me acostumei com esta, o que de certa maneira me da uma tranqüilidade por saber que jamais terei uma doença proveniente de carência de cloro, se existir esta doença é óbvio.
2. Entretenimento? Vai ser difícil a comparação, mas vamos lá: tivemos o Ballet Bolshoi, os sábados do sertanejo universitário nas boates, os shows de forró no Comercial, os ótimos passeios ao entardecer dos finais de semana na quadra da Praça do Colégio Silveira Martins, com uma concentração enorme de jovens bebendo cerveja, aos gritos e ouvindo um som extremamente alto, um elixir para os ouvidos, perguntem a quem mora naquela redondeza e quer atravessar a Tupy Silveira de carro... impossível! Não posso esquecer-me da Feira do Livro, opção muito prestigiada, para uma população de aproximadamente 140.000 habitantes, dados do último censo, teve uma marca nos seus dias de duração de quase 1.500 pessoas conferindo os estandes. Fantásticos esses dados, pois eles nos mostram que, se todos que compareceram a Feira comprassem um livro, teríamos só nessa feira uma porcentagem 0,010 livros lidos por habitante. Bota média alta nisso, se compararmos ao tempo que perdemos assistindo novelas, jogos e outras coisas de fundamento que só a TV brasileira é capaz de oferecer, ainda conseguimos esse feito impressionante na leitura. Confesso que não sei a média per capta do consumo de livros deles, então não vou comparar, deixo em aberto este quesito. Temos o “Complexo da Santa Tereza”, local extremamente lindo e com uma variedade imensa de obras a apreciar. Lá podemos encontrar sempre algumas da figuras expoentes da cultura bageense, sempre prontas a contar a história do local a todos que por lá chegam, uma média de 8 pessoas por semana, isto quando os finais de semana são de sol claro e temperatura amena. Outro detalhe a aprender com essas criatura ligadas a Cultura que la se encontram, são os conhecimentos que nos transmitem sobre a história da cidade, e suas defesas ferrenhas em favor dos paralelepípedos de nossas ruas. Chegam a ser emocionante e prazeroso ouví-los na defesa dessas pedras maravilhosas e que tão bem fazem a nossos veículos e ao tränsito. Confesso somente não entender o porquê de cidades onde se respira cultura como a Grécia, Roma, Paris, entre outras, ainda não terem se dado conta disso e não substituírem seus asfaltos por estas pedrinhas simpáticas? Credito esta falha das cidades históricas somente ao fato de seus gestores não conhecerem Bagé e nossas ruas.
3. Trânsito? Não vou nem comparar, damos de 1.000 a zero neles. Nosso trânsito é melhor e mais emocionante, podemos até fazer apostas enquanto buscamos local para estacionar nosso carro, tipo, quantas voltas darei até achar uma vaga. Este quesito é nosso, eles que fiquem com aqueles congestionamentos enormes que nós ficamos aqui com nossa procura por vagas que é mais prazeroso.
4. Alimentação? Acho que é uma disputa acirrada, não temos aqui a variedade de restaurantes e comidas exóticas deles, mas temos nossos locais para fazer uma boa boquinha. Temos o Betemps, o Arlindo, o Mário, entre outros, nos finais de semana é claro, pois no restante da semana é reaproveitamento das sobras, aí não fica muuuito gostoso. Mas é carne do Pampa, é nossa, da Fronteira, e como somos bairristas, independente de estar dura ou macia, comemos com maior gosto. Oigalhe-te macho seu. Tem o Pastelão, mesmo que todos tenham o mesmo gosto, os pastéis são fartos, sacia a fome de qualquer peão. Pizzaria? Temos 3, a escolher e fartar qualquer vivente de bom ou duvidoso gosto. De Muzzarela, das pizzas doces, até de mondongo se encontra. Tanta variedade que deveriam escrever uma matéria como conseguem numa enorme variedade de pizza, fazê-las todas com gosto só de Muzzarela? Imaginaram o sucesso dessa matéria? Fora isso, temos os carrinhos de cachorros quentes, vários por quadra. Não sei ao certo se são bons ou são baratos, pois estão sempre cheios, e confesso que nunca li uma matéria sobre alguém ter passado mal ao comê-los. Ou, se morreu não conseguiu reclamar.
Existem muitos quesitos ainda a serem comparados, mas esse ta ficando muito extenso, vou deixar para outra oportunidade a seqüência. Mas de antemão já declaro minhas conclusões, confesso que melhor que nós os Nova Yorquinos só tem o tamanho da cidade e o número de habitantes. Há, outra diferença, eles estão na costa atlântica e nós na fronteira com o Uruguai. De resto não vejo grandes diferenças, podem até me dizerem que eles falam inglês e nós não, replico dizendo que falamos um dialeto gauchesco-hispano-portunhol, quase sempre em voz alta, que é nossa marca de registro exclusiva.
Fico por aqui, até o próximo...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Nego Mario 3, e seus ensinamentos...

Aprendi a conhecer o Nego Mario nos encontros anteriores, e confesso ser uma grata surpresa encontrá-lo sempre. Um papo com ele é muito gostoso, melhora meu dia, me deixa mais leve e de bem com a vida. Ele tem o dom de me fazer pensar e questionar minha vida, me ensina a ver no simples e pequeno a beleza que procuro nas grandes coisas.
Mesmo sendo um andarilho, sem casa nem trabalho, ele tem muita coisa a ensinar. A maioria vira a cabeça e o olha com desdém, daquela maneira que se olha um cachorro sarnento, vira-latas. Até comida algumas vezes negam a lhe oferecer, "poso" nem pensar, mas já se acostumou com isso, diz até que prefere os campos à beira da estrada, a companhia de uma boa árvore e o silêncio da noite para descansar das jornadas do dia, do que a indiferença e o desprezo daqueles que o recebem.
Mas até nisso o negão me ensina com suas palavras, “serei eu o doido mesmo”? Na minha vida não existe pobreza, riqueza, competição, herança, humilhação, estas coisas que vocês têm no dia-a-dia. No meu dia tenho paz, liberdade, tranquilidade para ir e vir, e o mais importante, tenho a natureza e o tempo suficiente para me conhecer. Tens isso tudo na tua vida? Tens a liberdade de pensar em ti e o tempo para apreciar a natureza?
Te conheces, sabes quem és? Pergunta o Nego Mario com os olhos fixos em mim. Sabes quantos sonhos não deixastes que outros a tua volta realizassem? Ou, quantos sonhos não realizastes para poderes transparecer aos outros tua lucidez? Tu viajas pela tua mente? Consegues ser livre de todos os preconceitos e amarras que a sociedade impõe para ser “politicamente correto”? E mais uma vez, como das outras vezes, ele me questiona com suas perguntas, finalizando sempre com a célebre pergunta: SOU EU O LOUCO?
Vocês estão sempre buscando o sucesso, os bens materiais e o conforto e esquecem de buscar o sucesso da alma e da paz espiritual. E quando atingem o “sucesso” necessitam se preocupar mais ainda na manutenção deste sucesso. Mais estresse e preocupações surgem para se manter neste estágio. Todos me acham insignificante e pequeno, mas pergunto, Deus não se fez pequeno também para tornar os pequenos grandes? A que leva a postura crítica, a expressão acadêmica e a cadeira de notável, se isso tudo traz a ausência de humildade e a falta de solidariedade?
Encontrei o Nego Mario esta semana, e mais uma vez saí feliz de nosso encontro, mais uma vez ele me ensinou que a felicidade está dentro de nós, em fazermos aquilo que nos dá prazer. Que posso ter um dia maravilhoso ajudando um filho, jogando bola com outro, regando uma orquídea, abraçando o do lado, do que ficar procurando coisas a comprar para me fazer feliz.
A vida é um contrato de risco, fracassar e perder faz parte deste contrato. Não podemos é nos aprisionar com medo das cláusulas para não corrermos o risco de enterrar nossa consciência. Mais um encontro com o Nego Mario, mais feliz fiquei com nossa conversa e o desejo de sempre encontrá-lo pelas estradas da vida.
Na despedida, me pergunta ele: já terminou a eleição? Ganhou teu candidato? Na mesma hora fiz cara feia e disse que não. Ganhou a outra, aquela cria do atual. - Ela? Retrucou o negão, é uma mulher? Claro, uma mulher, do mesmo partido do atual, uns ladrões e corruptos respondi. Olha doutor, disse ele, nunca subestime uma mulher, pois ela possui a sensibilidade e o feeling para ver nas pequenas coisas o poder e a grandeza, que nós acreditamos só ter nos grandes feitos. Quem sabe não dá certo hein, "dotor"?
Me calei novamente, concordei balançando a cabeça, mas por dentro minha consciência crítica, típica dos pobres de espírito, já sentenciava a presidenta culpada, mesmo antes de começar a reinar. Mais uma vez me intriga o negão, como ele consegue saber das coisas assim, de onde ele tira esses ensinamentos? Só consigo creditar ao tempo livre que possui para pensar, cuidar da mente e do espírito, e principalmente se livrar das amarras sociais as quais pertencemos. Só pode ser isso.
Mesmo não tendo as resposta, sei que gosto de encontrá-lo e conversar, mesmo que seja breve, pois ele não esquenta muito o lugar, logo se despede e cai no mundo. E, eu retorno ao “nosso mundo”, cada vez sabendo que não devo procurar mudá-lo, e sim eu tenho que mudar, e assim de alguma maneira, sem amarras possa com meu exemplo fazer minha parte.
Fica meu desejo de que, se um dia passarem pelo Nego Mario por alguma estrada, se tiverem coragem parem, converse com ele, no mínimo vai ser divertido, vão gostar.
Fico por aqui, até a próxima...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gregos e Troianos...

Como é difícil conciliar “gregos e troianos”, cada um tem seu modo de pensar e agir. Uns são mais tranqüilos, mais de boa, outros podem fazer uma tempestade num simples copo de água, outros se acham que mais azar ou sorte. Enfim, as diferenças são muitas e o convívio fica mais difícil. Dir-me-ão vocês, mas ninguém é igual, todos somos diferentes, Deus nos fez assim e devemos conviver com essa verdade, que seria do cinza se não fosse o branco, etc...
Concordo em numero gênero e grau com essa afirmativa, apenas neste, analiso as dificuldades que tenho para conviver com essas diferenças, mesmo fazendo o possível e quase impossível, em cima de meu escasso conhecimento didático-psicológico, para tentar ser o mais justo e imparcial possível no tratamento com eles. Apesar de creditar na distância a maior dificuldade para que entendam minhas atitudes, a sede e a impaciência por resultados, própria da idade dificulta muito o andamento de meus planos. Nem a história do nosso passado nestes momentos não serve para amenizar um pouco os ânimos, história essa que me ajudaria muito no sentido de mostrar meu amor, minha imparcialidade e meu eterno desejo de sucesso geral.
Aí dialogo com meus botões: analisando e reanalisando minhas atitudes não me sinto tão errado, pelo contrário, acredito estar correto no que estou fazendo, mesmo assim mudo minhas atitudes para trazer alegria, mesmo que sejam passageiras? Aborto aquilo que acredito e faço o que não acredito?
Não sou e nunca serei daqueles que dizem, OK vocês venceram, lavo minhas mãos, se é para o bem geral eu mudo. Eu não sou assim, não quando se trata de Gregos e Troianos, aí sou diferente. Ainda mais quando o amor está presente, aí me sinto muito a vontade em lutar pelo que acredito. Sei que muitos acreditam que sou intempestivo, e podem até terem suas razões, mas em se tratando de temas mais íntimos, mais de sangue, tenho meus rompantes racionais sim. Só sinto quando duvidam das minhas intenções.
Fica uma enorme dúvida, me deixar vencer, ou melhor, fazer aquilo que não acredito, assistindo de fora os acontecimentos, me sentir de fato “não estar contribuindo”, e deixar as coisas seguirem pela estrada mais difícil e tortuosa, ou lutar e lutar.
Enquanto meus botões não me respondem fico por aqui, reafirmando sempre meu grande amor e desejo de sucesso e uma vida feliz.
. Mas que é difícil isto é...
Até aproxima...