sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Salve-se como puder...

As últimas da mídia dão conta dos flagras de corrupção em Brasília, jornais, rádios e TVs só falam disso. Mês passado e os demais anteriores foram denuncias contra empreiteiras, empresários, governo, bandidos do morro, etc. Alguém se surpreende com isso? Acredito que não, talvez possamos nos surpreender caso passe uma temporada sem notícias do gênero. Essas notícias diárias de corrupção, roubos, assaltos e mortes já fazem parte de nossa rotina, e nos deixam insensíveis frentes aos fatos, primeiro pela impossibilidade de combatermos o sistema, eles ( o Estado) são poderosos e seus métodos de represália são duros e implacáveis, nos deixam com medo de agir, segundo essa rotina de notícias ruins nos torna alienados e passivos frente a dor dos outros. É na verdade um “salve-se como puder”, neste sistema somos apenas mais um e não o que faz parte e contribui. Se analisarmos bem, a melhor maneira de ser feliz é ser alienado, apolítico, baixar a cabeça e dizer amém, não saber o que acontece lá na latrina principal em Brasilia, nem nas empresas nem no vizinho do lado. Cuidemos de nós e nossa família, paguemos nossos impostos, independente do que fazem com ele, não leiamos revistas e jornais sérios, não assistamos telejornais competentes, nada que possa nos conscientizar dessa merda toda que está por aí.
Ouvi uma vez de um empresário que tudo na vida a ser construído depende de alguns componentes para se chegar a um produto final bom, perfeito e sem problemas. Peguemos somente um exemplo: já imaginaram produzir um sapato fantástico tendo: o melhor sapateiro, o melhor designer, as melhores máquinas, e o pior couro? Impossível, com matéria prima de baixa qualidade nunca teremos um produto final bom. Transportemos isso para nosso Brasil, de que adianta lutarmos por melhores leis, defendermos os agredidos, lutarmos por nossos direitos, combatermos toda a corrupção, etc, etc, se a matéria prima POVO BRASILEIRO é de péssima qualidade? Dificilmente vamos conseguir a curto e médio prazo alguma coisa boa, necessitamos talvez de alguns séculos, para que os genes de levar vantagens sempre, os genes de ficar rico acima de qualquer coisa, os genes do gosto pela propina, os genes da sede do poder sem limites, etc, sejam vencidos por genes melhores. A genética ensina que os genes mais fortes acabam vencendo os mais fracos, esperemos que no nosso caso, os que formam a sociedade brasileira sejam os mais fracos e quem sabe algum dia os da honestidade, da razão, vençam os atuais.
Olhemos para o “topo” do comando desse país: a presidência, os políticos, os juízes, etc, todos sem exceção fazem parte da matéria prima de péssima qualidade, então o que esperar? Por que lutar? Os exemplos e as condutas corretas que deveriam vir de cima para baixo inexistem, como poderemos julgar o restante do povo que quer levar vantagens, roubar para sobreviver? Eu estou pessimista demais, me da dó dessa geração que esta se formando sem a mínima instrução para combater as mazelas do país. Salve-se como puder... Eu vou fazer isso... Até a próxima...

Um comentário:

  1. Se os exemplos são bons para a educação, nada melhor que nosso Presidente. É o lobo cuidando das ovelhas.

    Ainda não vi o filme, mas me contaram que é assim mesmo. Lula, já disse alguém, é um grande ator. Em entrevista recente, parte do trabalho hagiográfico de seus amigos, falando sobre o período que sucede à morte de sua mulher, o homem chorou e contou:
    “Foram três anos de muito [sofrimento]… Eu comecei a ficar um cara chato porque, no Natal, eu começava a jogar a culpa em todo mundo. Então, na minha casa era assim: todo mundo alegre, Natal, Ano Novo, e, de repente, eu fica lembrando e me sentia vítima da humanidade (…) Eu ia no cemitério todo domingo. Todo santo domingo, DURANTE TRÊS ANOS, eu ia no cemitério levar flores.

    É vida privada, certo? Certo! E por que está num programa de televisão? A versão que vai acima é aquela talhada para um filme que é peça inequívoca de propaganda política. MAS QUAL É A MEMÓRIA QUE LULA TINHA DO MESMO EVENTO EM 1979? ESTA, QUE ELE RELATA NA FAMOSA ENTREVISTA À PLAYBOY:

    “Eu gostava muito da Maria de Lurdes. Vivi com ela só dois anos, de 1969 a 1971. Ela morreu de parto, e eu fiquei muito chocado. Perdi a vontade de tudo. Fiquei UNS SEIS MESES bem fodido na vida. Então percebi que estava vivo, não estava morto, não, porra! Aí comecei a cair na gandaia. Meu Deus do céu! Antes de conhecer a Marisa, FORAM TRÊS ANOS DE GANDAIA. Eu queria sair com mulher de segunda a domingo.”

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