domingo, 13 de março de 2011

Colocando os pés pelas mãos...

Sabe aqueles dias em que se acorda com a sensação que vais meter os pés pelas mãos, fazer algo que não deveria e te arrepender por algum tempo? Pois bem, amanheci com esse pressentimento e como sou daqueles que paga para ver o estrago não fugirei à regra, darei margem que minha intuição siga o curso normal. Resolvi fugir um pouco a regra geral dos escritos e colocar aqui um assunto deveras polêmico, “a culpa da mulher no arrefecimento e stress de uma relação”.
É muito difícil iniciar um assunto desses sem que deixe transparecer que as culpe pelo fim de um relacionamento conjugal, pois não é essa minha intenção nem o que acredito. Simplesmente gostaria de colocar a mulher como um ser muito complexo e de difícil compressão, qualidade elas tem inúmeras vezes mais e melhores que nós, desqualidades (gostaria de usar esse termo mesmo ele não existindo) elas tem poucas, mas intensas.
Não vou colocar aqui as virtudes das mulheres, pois são muitas, e tão importantes ao ponto de não conseguirmos viver sem elas. Queria me ater a um “pequeno” detalhe, mas tão importante e determinante que chama a atenção a olhos vistos, que é o fato da mulher NUNCA estar em estado de relaxamento e paz de espírito durante uma relação. Explico melhor, elas estão sempre em constante “campana”, como se não descansassem nunca, e com espírito crítico exacerbado, vigiando os mínimos detalhes e com respostas sempre prontas, como se durante a noite, enquanto dormimos, as estudassem e treinassem para nos mostrar sua posição “data venia” na relação. Apostaria alguns trocados se houver algum casal onde sua parceira passasse um dia inteiro sem criticar, mesmo que levemente, alguma ação ou palavra mal colocada do parceiro! Não me refiro aqui somente a críticas de ciúmes ou olhares a outras mulheres, mas a inúmeras outras situações do dia-a-dia.
Colocar os pés em cima do sofá, deixar um prato sujo na pia, trocar de canal a TV, aquele futebol das quartas, a grama que ainda não foi cortada e outros tantos exemplos nos obrigam a constante policiamento de nossas ações e palavras, aquele sempre alerta companheiro. E como é difícil a nós homens sermos obrigados a pensar sempre antes de qualquer passo ou revisar as palavras antes de falá-las, somos ingênuos por natureza, salvos exceções é claro, falamos e agimos conforme nossos instintos e externamos nossa “troglodisse” ao natural. É muito difícil, por exemplo, ao ver um filme meloso daqueles açucarados com cenas de beijos, sofrimentos e encontros amorosos só no final, falarmos a parceira que foi lindo e emocionante, se foi um saco e maçante. É quase impossível concordarmos com aquele convite para um aniversário de ano da filha da colega de trabalho, que nunca vimos nem por fotografia. É impossível entender porque ficam emburradas ao programarmos a única pescaria do ano com os amigos, num feriado onde todos os amigos (homens) poderão se encontrar e aproveitar ao máximo colocando para fora tudo aquilo que reprimimos em casa, falar de futebol várias horas seguida, contar piada e rir quantas vezes quiser, deixar o prato sujo na mesa até a hora da janta para limpá-lo, não estender a cama nem por decreto, essas coisinhas básicas.
Não quero me estender muito, apesar do estrago já estar consumado na primeira frase acima, mas antes queria deixar para análise uma das muitas teses que defendo, aqueles meus conhecidos sabem das inúmeras que tenho, típicas de que tem o hábito de prestar atenção a detalhes insignificantes a maioria dos mortais, e que no caso deste tema tem tudo a ver: com certeza devem existir casais na face da terra que passem sua existência praticamente sem brigas numa harmonia daquelas igual aos outros casais normais quando estão dormindo, isto se o parceiro não estiver roncando é óbvio, neste caso até durante a noite a confusão está armada, nestes casos raros com certeza, duas situações ocorreram para tal feito, ou o parceiro homem tem concentração de hormônios femininos acima do normal para sua espécie , ou a mulher está com sua Testosterona lá em cima. Em ambos os casos com certeza a convivência deverá ser mais harmônica, pois as visões das situações do dia-a-dia são mais parecidas. Fica aqui um adendo, as concentrações aumentadas dos hormônios de um ou outro lado devem ser de uma maneira equilibrada, caso contrário, quando o homem tiver muito estrogênio poderá haver muita confusão por excesso de competição de mando em casa, e no contrário, quando a mulher estiver com muita testosterona vai haver muita encrenca também, pois falar só de futebol, pescaria, tarbalho e bobagens o dia inteiro é um saco.
Finalizo pedindo escusas as nossas parceiras, mas para a grande maioria das mulheres que são intuitivas e perspicazes, nas entrelinhas fica nossa importância em tê-las ao nosso lado. E só peço a Deus que não me faça mais acordar dessa maneira, pois posso me encrencar mais ainda. Até o próximo...

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