quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A dura realidade...

Prometi que não iria mais escrever sobre essa politicagem oficializada da Ilha Brasil, mas é difícil manter essa promessa. Talvez se me mudasse para uma caverna, onde não tivesse acesso á informação conseguisse levar adiante, mas, como iria morar num lugar desses sem conforto nenhum? Virar hermitão? Aí seria demais. Impossível e desumana esta hipótese, portanto tenho que conviver do lado de fora acompanhando, impotente á tudo isso.
Confesso que me dói muito, bate uma dor no peito, uma angústia grande de assistir e não poder fazer nada, e o mais triste ainda é pressentir que tudo vai piorar numa progressão geométrica, sem fim estipulado, nem freios.
Nossa crise é institucional, todas nossas instituições estão falidas, podres, corruptas. Para onde se olhe na esperança de bons exemplos só encontramos podridão sem fim.
Sabedores de nossa alienação a essa podre realidade, instintivamente temos a obrigação de saber que a semente desse câncer que corroeu a sociedade com seqüela no país todo iniciou na família, na nossa casa. Nós os pais somos os maiores responsáveis por tudo isso que se instalou na Ilha Brasil, não educamos mais nossos filhos, transferimos essa tarefa para a escola e seus professores, que na grande maioria o são, mal pagos, desinformados, sindicalizados ao partido e mal intencionados. Pagamos babá, empregadas “treinadas”, professoras particulares entre outros, para formarem nossos filhos para a vida. Nossos filhos são mal educados, alienados, incultos e desesperansosos. Vivem em seus mundinhos do Ipod, MSN, Orkuts, etc, e isso já os basta.
Que esperar dessa geração alienada? No mínimo a manutenção desse processo atual. Ao chegarem a Universidade, os raríssimos que vão chegar, nossos filhos, desprovidos do mínimo senso crítico, sem cultura e despreparados para qualquer debate mais amplo, vão se deparar com muitos “doscentes” mal intencionados, e irão se transformar numa imensa massa de manobra dessa corja sindicalizada, e por dedução: “continuísmo desenfreado dessa involução histórica”. Caos, miséria e retrocesso democrático.
(Aqui um adendo: hoje foi demitido um técnico de futebol por querer educar um jogador, jovem, malandro, mal educado e rico, típica caricatura de ídolo valorizado por essa turma no comando. Tentou o técnico ensinar respeito e deveres a um imbecil, projeto de gente, mas o sistema venceu, portanto, saí o educador fica o “exemplo”.) Nosso exemplo...
Aí, só nos restará quem sabe esperar algumas décadas,(em Cuba foram cinco), para que o povo aprenda com o sofrimento e clame pela volta dos direitos individuais.
O pequeno conforto que fica é saber que depois do caos tudo retorna, eu com certeza não assistirei, salvo chegue aos 110 anos ou mais, o que é muito difícil, pois minha saúde já mostra os desgastes naturais dos 54 anos. Explico melhor, mesmo que eduquem o povo adorando suas caricaturas de ídolos com ausência de informação democrática, privação da liberdade, e outras cositas más, vai chegar o dia que a “fome” vai ser mais forte que o medo de morrer, aí a casa cai, o sonho facista-comunista termina, e com ele o retorno do sonho democrático com os benesses da liberdade e direitos individuais. (vide Cuba, China, Russia, etc).
Uma confissão, tenho-me “pego” ultimamente relembrando minha época de Universidade, quando combatia a ditadura militar, e agora de repente tenho repensado tanta coisa. Não seria melhor que eles voltassem para acabar com essa zona toda? Eu acho que apoiaria esse retorno. Que blasfêmia essa minha, hein? Ou não?

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