quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Com uma crise aguda na coluna e divagando na Maionese...

Crise aguda na coluna, não existe uma posição possível que alivie essa dor. Retorno aos antiinflamatórios. Uma vontade de mandar o mundo a pqp.
Herança do Darião. Fico pensando com meus botões, como pode um PAI deixar de herança para um filho um problema genético como esse? É dose. Com tantas possibilidades possíveis para que ele me deixasse de legado, como por exemplo: ser bom atirador, ter habilidades manuais, não gostar muito de bebida nem de churrasco, não, ele tinha que me passar na genética os problemas na coluna, os cabelos brancos precoces e a “pequena” tendência a obesidade... Brincadeirinha dele, hein?

Fazendo uma pequena análise de consciência, faço minha “mea culpa”, pois ao receber estes problemas de coluna, repassei para meus 3 filhos. Talvez inconscientemente uma maneira que encontrei para que também eles lembrem sempre do avô e do pai. Mas nem tudo para alguns são só espinhos, Para a Mariana, junto com as hérnias, escolioses e lordoses que herdou, deixei também meu dom artístico, a dança, e isso está muito forte nela, todos sabem, graças a mim.

Com certeza, depois de desencarnar, terei uma conversa a sós com o chefão lá em cima, ao pé do ouvido tentarei dar algumas idéias, entre elas a possibilidade de, antes de nascer, escolhermos no máximo um “problema” genético do pai e um da mãe.

Se isso hoje já fosse possível, antes de ter nascido teria escolhido como problemas a carregar para o resto da vida, os cabelos brancos precoces do pai e o dom musical da mãe. Não teria pedido para herdar dela o gostinho por uma boa birita, herança que com certeza ela me passou para que nunca esquecesse seus antepassados Mércio ou Gomes. Acho que foi desse povo mesmo, mas vou perguntar a ela a origem desses gens.

Tenho vários dons espetaculares, muitos objetos de consumo de muitas pessoas, posso até humildemente revelar alguns:

· Meu bom senso e humildade para reconhecer meus erros. Salvo quando as pessoas discordam de minha opinião, é claro.

· Minha perseverança na resolução dos problemas. Quando são pequenos e fáceis de resolverem, pois ninguém é de ferro.

· Minha facilidade de me fazer entender. Principalmente quando são crianças na platéia, e eu aos gritos as deixando assustadas. (Uma técnica infalível que uso nessas horas).

· Meu QI, um dos mais altos que conheço. Vejam o do Tiririca e comparem.

· E, acima de tudo, meu espírito brincalhão. Comparem com a jogadora de vôlei MARI da seleção brasileira. Fácil, fácil.

Como é difícil viver nos nossos tempos atuais, pois além das malesas típicas dos tempos modernos, como a que carrego, tem essa vida corrida do dia-a-dia, os tributos a serem pagos ao governo, o intervalo muito grande das reuniões com churrascos, um jogo só do Inter por semana, o tempo que leva um antiinflamatório para agir, a falta de chuva, ter que cortar o cabelo todo mês, os 7' que leva uma água para ficar no ponto do mate, entre outras coisas.

Não somos habitantes de uma determinada região ou povo, somos sim “sobreviventes” dessa região e do sistema que fizemos com a intenção única de nos auto-prejudicar. Masoquistas por natureza “genética”.

Confesso a todos que “não quero” mais ser rico, não quero ter muita grana no banco, não quero pagar impostos, Unimed, luz, previdência, etc, quero somente a tranqüilidade de ter o mínimo necessário para uma vida boa com qualidade. Por isso que defendo a tese de que, todas as pessoas que pensam como eu, não deveriam mais pagar impostos, nem correr atrás de dinheiro, deveriam sim viver na contemplação, pensando somente em coisas boas para si e para ou outros. Sem ganância nem secação do sucesso alheio. No máximo uma casa confortável, um carro em boas condições, luz elétrica, Unimed, freezer cheio de carne de churrasco, estoque de cerveja, jornais e revistas de boa qualidade, um notebook, frutas e legumes á vontade, algumas pescarias, ausência total de carteiros colocando faturas ou duplicadas por baixo da porta, e muito tempo de sobra para sonhar e criar.

Tem tantas coisas que não consigo fazer como: caminhar numa mata virgem, coisa que planejo a anos e não faço, ir todos os domingos ao Beira Rio, descobrir uma fórmula mágica para fazer uma lobotomia bilateral nos adeptos do Pt, ter 2 ou mais fígados, 2 corações, mais um rim, uma coluna vertebral de reserva na gaveta do quarto, coisinhas poucas, singelas mas que me fariam muito feliz. Não as tenho como sempre desejei, e cada vez as vejo mais distantes e difíceis de conseguir.

Tenho que me conformar com essa vida, mas na próxima com certeza vou fazer um acerto prévio que o patrão lá em cima. Quero mais tranqüilidade, menos problemas para resolver, posso até seguir com pouca grana, isso não me preocupa mais, mas quero ter também pouca coisa para pagar. Os mesmos filhos, a mesma mulher (a testar meus limites diariamente), a mesma família, mas a mãe, o cunhado e a sobrinha-afilhada que venham coloradas desta vez.

Tem que sonhar, e muito, pois quem sonha seus males espanta. Até a próxima...

Um comentário:

  1. ahuahuauha sem duvidas deixou de legado ao Tomás essa sua herança do Dáriao ahuahuhauhauh

    ate o andar tortinho dos 3 é igual rs...

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